quarta-feira, 31 de março de 2010

Exercícios Educativos para Corredores

por Cleiton Heredia


Já se foi o tempo em que eu pensava que treino de corrida era simplesmente sair correndo por aí fazendo rodagens de volume (foco na distância percorrida).

Somente depois de anos e mais anos simplesmente correndo é que eu estou aprendendo na prática o quão importantes e valiosos são os exercícios educativos para se correr bem e melhor (antes eu achava que era uma frescura dispensável ao atleta amador).

O prof. Luís Tavares e sua competente equipe de treinadores fizeram por mim em dois meses de treino aquilo que eu não consegui em anos de treino solitário, ou seja, me ensinaram a correr com técnica.

Os exercícios educativos compreendem basicamente em exercício de coordenação e força que corrigem a postura do atleta para que este aprenda a correr de forma econômica e ajudam a evitar lesões devido a erros de postura ou falta de fortalecimento de um grupo específico de músculos.

Cada treinador adota um conjunto específico de exercícios educativos, mas de forma bem básica você poderá ter uma noção deles no vídeo a seguir:


Porém, muito cuidado se for tentar executar estes exercícios sem ter um profissional habilitado para lhe orientar. A razão é por que se executa-los da forma errada, eles não somente poderão ser ineficazes, mas podem acabar gerando uma lesão (o joelho é a principal vítima).

terça-feira, 30 de março de 2010

Avatar - Criando e Pensando

por Cleiton Heredia


A idéia desta postagem surgiu ao ler o blog de uma amiga que resolveu criar o seu Avatar.

Curioso, eu resolvi construir o meu próprio Avatar, conforme a minha imagem e semelhança, e deu no que deu! (foto acima)

Caso queira também criar o seu para ver como ficaria, acesse: http://www.avatarizeyourself.com/


O termo Avatar é atualmente relacionado à informática significando figuras ou personagens virtuais que são criados à imagem e semelhança do usuário, ou ainda conforme à sua própria vontade criativa.

Historicamente falando, a palavra "Avatar" vem do sânscrito Aval, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Segundo a religião hindu, Avatar é uma manifestação corporal de um ser imortal (uma divindade).

Este conceito não é exclusivo do Hinduísmo, mas também é partilhado pelo Cristianismo que tem na pessoa de Jesus, o Filho de Deus encarnado ou o Deus que se fez carne. Usando a terminologia hindu, Jesus é um Avatar.

É claro que muito embora o conceito de uma divindade que encarna seja partilhado por ambas as religiões, existe uma diferença gritante do Hinduísmo, com seus 33 milhões de divindades diferentes, para o Cristianismo com apenas um, às vezes dois, ou no máximo três deuses distintos.

Enquanto que o hinduísmo moderno, que é a terceira maior religião do planeta (segundo Gordon Conwell Theological Seminary), cresceu a partir dos Vedas, dos quais o mais antigo é o Rig Veda, que data de 1700-1100 a.C., o Cristianismo data aproximadamente do ano 30 d.C..

Porém, como o Cristianismo surgiu a partir do Judaísmo, que tem suas origens escriturísticas em Moisés por volta do ano 1500 a.C., surge naturalmente uma pergunta:

Não poderia o conceito cristão do Deus encarnado ter se originado do conceito hindu do Avatar?

domingo, 28 de março de 2010

Copa Paulista de Corridas de Montanha - 1ª Etapa - Paranapiacaba

Texto: Cleiton Heredia
Fotos: Marcelo Heredia


Diferente da última vez que estive em Paranapiacaba , quando o sol brilhava em um majestoso céu azul proporcionando uma delumbrante tarde outonal, desta vez o cenário era outro bem diferente...


... em meio de tarde com muita neblina e garoa .


Mas como se trata de uma prova de montanha, tais condições não são consideradas impeditivas, mas sim bônus extras de desafios que motivam ainda mais o corredor.


Como de praxe, a chegada é sempre momento de rever os amigos...


... e pegar o kit.


Depois, já devidamente paramentado, é só ficar aguardando o início da prova prevista para às 16 horas.


A seguir você poderá ver alguns trechos iniciais da prova por onde os corredores passaram.


Foram mais ou menos uns 3 km de estrada.



E agora, já trilha a dentro, ...


... a passagem do pelotão de elite por um dos trechos mais técnicos e desafiadores da competição.




Bem, depois de algum tempo (é claro), chegou a vez da minha passagem.




Uma rápida paradinha para um "oi"...


... e vamos em frente porque ainda faltam 8 km.


E foram 8 km muito complicados para mim, mas que não impediram que eu me encontrasse com a alegria da chegada.




Mais alguns momentos daquela gostosa confraternização antes da despedida...



... desta simpática cidadezinha que sempre deixa saudades.

sábado, 27 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 5)

por Cleiton Heredia


Estivemos aqui trazendo algumas informações sobre as corridas de montanha como uma preliminar para o início da Temporada 2010 que inicia-se hoje com a Corrida de Montanha de Paranapiacaba válida pela Copa Paulista.

A Copa Paulista de Corridas de Montanha 2010 é formada por seis etapas:

1- Paranapiacaba (27/03)
2- São Sebastião (17/04)
3- São Bento do Sapucaí (29/05)
4- São Francisco Xavier (26/06)
5- Santo Antônio do Pinhal (04/07)
6- Atibaia (31/07)


Os atletas terão a opção de competir em duas categorias distintas:

1-Expert (12 km)

2-Iniciantes (6 km)

O tempo limite para se completar as distâncias acima será de três horas.

Amanhã trarei minhas impressões da primeira etapa acompanhada de muitas fotos feitas pelo meu irmão Marcelo.

Aguarde!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 4)

por Cleiton Heredia


No Brasil as corridas de montanha iniciaram oficialmente no ano de 2004 com a primeira corrida acontecendo no dia 30 de maio na cidade de Extrema em Minas Gerais.

Infelizmente eu perdi esta estréia, pois só fui tomar contato com as corridas de montanha no ano seguinte (2005) quando participei da 1ª Meia Maratona Noturna de Montanha em Extrema/MG.

Acostumado a participar de provas de rua desde 1996, quando eu me deparei com a possibilidade de correr uma distância desafiadora no meio do mato por entre as montanhas e durante a noite, pirei geral!






Isto era exatamente aquilo pelo qual minha alma de corredor, já entediada de participar das previsíveis e monótonas provas urbanas, ansiava: A aventura de correr rumo ao desconhecido deparando-se com o inesperado e o inusitado a cada curva (ainda me lembro como se fosse hoje de toda a euforia e adrenalina que esta corrida me proporcionou).

O nome do pioneiro por trás das corridas de montanha no Brasil é o engenheiro mecatrônico Fábio Galvão. Sua coragem, determinação e amor por este esporte, bem como também pela natureza chamaram-me atenção. Com tempo nos tornamos amigos e em 2008 tive o privilégio de fazer parte da equipe "Corridas de Montanha"® (nome da empresa que ele fundou para estruturar as corridas no Brasil) auxiliando como voluntário na atualização do ranking após cada corrida.








Atualmente a "Corridas de Montanha"® do Fábio é a responsável pela organização de um campeonato estadual (Copa Paulista de Corridas de Montanha) e dois nacionais (Circuito Brasileiro de Corridas de Montanha e o Campeonato Brasileiro de Corridas de Montanha que é a seletiva nacional para o Sul-Americano anual).

Ele também, sempre que possível, organiza parcerias de sucesso com outros dois pólos de corridas de montanha no país: Paraná (Circuito Paranaense) e Minas Gerais (Circuito Mineiro, recém criado em 2009). Já tive a oportunidade de correr uma prova no Paraná (Morretes) em 2007 graças a estas parcerias.

Muito embora não se tenha os números exatos para o Brasil, sabe-se que as corridas de montanha têm crescido em popularidade e em número de participantes a cada ano que passa, haja visto que para a primeira corrida de 2010 que acontecerá amanhã (27/03/10) em Paranapiacaba as inscrições se esgotaram há quase duas semanas (são mais de 300 participantes).

Continua...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 3)

por Cleiton Heredia


Se eu contasse numa rodinha de corredores que um atleta de elite venceu uma corrida de 12 km com o tempo de 54 minutos, com certeza todos achariam isto muito estranho, pois todos sabem que um atleta de elite, que roda na média de 3 min/km, poderia facilmente completar esta distância com um tempo bem inferior a 45 minutos.

Agora se eu explicasse que se tratava de uma corrida de montanha, quem conhece esta modalidade, não estranharia nem um pouco.


Esta é outra significativa diferença entre uma prova de rua e uma prova realizada nas montanhas. Enquanto que na primeira se pode estabelecer um tempo padrão por quilômetro rodado, já nas corridas de montanha este padrão inexiste, pois tudo dependerá do nível de dificuldade enfrentado em cada trecho específico.

Um atleta pode em uma mesma prova rodar a 3 min/km em um trecho plano de estrada e ao se defrontar com a travessia de um rio ou uma subida muito íngreme em meio a rochas escorregadias de uma cachoeira demorar 3 minutos para percorrer apenas 300 metros.


Cada corrida de montanha possui os seus trechos de dificuldades únicos impossibilitando estabelecer um tempo padrão para provas realizadas em circuitos diferentes. Cada circuito tem o seu tempo específico por competidor, ou seja, o tempo de um atleta para completar os 12 km da prova de Paranapiacaba é um, e o tempo do mesmo atleta para completar os mesmos 12 km da prova de São Sebastião será outro.


A única forma de o corredor avaliar se está melhorando ou piorando seu desempenho seria comparando seu tempo de prova dentro de um mesmo circuito (exemplo: tempo em que fez Paranapiacaba o ano passado com o tempo deste ano). Porém, mesmo assim basta os organizadores modificarem o trajeto ou chover para nossa comparação ir por água abaixo.

Continua...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 2)

por Cleiton Heredia


A Corrida de Montanha é basicamente uma corrida de velocidade e resistência disputada em um ambiente montanhoso.

Esta corrida se caracteriza pelo acentuado desnível acumulado (muitas subidas e descidas), terreno bem variado (estradas de terra, trilhas, riachos, córregos, cachoeira, pedregulhos e rochas) e inúmeros obstáculos naturais dos mais variados níveis de dificuldade.

O percurso é previamente todo sinalizado com placas, fitas e outros sinais indicativos, não sendo necessário ao competidor conhecimento de orientação e navegação (mesmo assim alguns conseguem errar o caminho e se perder).


Também não são necessários equipamentos muito complicados, mas basicamente um recipiente com água para hidratação (para as provas onde os postos de controle e apoio são muito afastados um do outro) e uma lanterna (para as provas noturnas). Caso a prova seja de dia e tenha postos de água a cada 3 ou 4 quilômetros de distância um do outro, nenhum equipamento é necessário.

Como as provas acontecem em terrenos dos mais variados e bastante acidentados é aconselhável o uso de um calçado próprio para se correr trilhas. Eles possuem um solado especial bem aderente, antiderrapante e com drenagem instantânea. Devem ser também fáceis de limpar uma vez que ao final de uma prova se encontram num estado deplorável.

Continua...

terça-feira, 23 de março de 2010

Corrida de Montanha (Parte 1)

por Cleiton Heredia


Neste próximo sábado, dia 27 de março, às 16 horas terá início à temporada de Corridas de Montanha 2010 com a 1ª Etapa acontecendo na Vila de Paranapiacaba, válida pela Copa Paulista de Corridas de Montanha.

A corrida de montanha é um esporte relativamente novo no Brasil e originou-se na Europa nas regiões alpinas.

Como muitos confundem uma corrida de montanha com as corridas de Cross Country, as Corridas de Aventura ou mesmo as Competições de Escalada, segue um breve resumo explicativo de cada uma destas atividades esportivas:

Corrida Cross Country:

É também conhecida como Corrida Corta-Mato e caracteriza-se basicamente por ser realizada em terreno aberto e/ou levemente acidentado podendo incluir no percurso vegetação rasteira (relva, grama), lama, mata ou água. Pode ter alguns pequenos desníveis (subidas e descidas), mas nada significativo.

Corrida de Aventura:

É também conhecida como Corrida Multi Esportiva e caracteriza-se por envolver vários esportes de aventura (Trekking, Mountain Bike, Canoagem e Atividades Verticais como tiroleza, ascenção ou rapel). É realizada em ambientes naturais remotos e exige uma complicada logística de equipes de apoio, uma grande quantidade de equipamentos obrigatórios e conhecimentos de orientação e navegação.

Competição de Escalada:

É também conhecida como Escalada Esportiva e caracteriza-se por serem realizadas em estruturas verticais naturais ou artificiais. Não tem nada haver com uma corrida, pois a técnica utilizada é exclusivamente de escalada onde o vencedor é aquele que chegar primeiro ao topo da via ou completá-la em menor tempo.


Já as Corridas de Montanha...

Continua.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Mágico sofre... (2)

por Cleiton Heredia

Desta vez a vítima da jurada Mara em sua implacável cruzada contra a mágica foi o Mágico Marcelo Beltrim.


Imagine você uma pessoa que vá ao teatro e fique gritando lá da platéia:

- "Olha ele não está chorando de verdade! Isto tudo é combinado! Ele nem está triste! Ele está mentindo! É tudo enganação!"

Além de estragar o espetáculo, tal atitude é completamente desnecessária, não é mesmo? Todos os que ali estão são inteligentes o suficiente para entender que no palco está apenas um ator representando um papel.

Será que seria necessário alguém ficar dizendo que por trás de uma apresentação de um mágico existem truques? Acusar um ilusionista de estar iludindo sua platéia é o mesmo que acusar um ator de estar apenas representando (eles estão ali exatamente para isto).

Respeito o papel da Mara como uma artista fazendo um papel de jurada dura e inflexível, mas só acho que ela precisa se concentrar na performance do candidato e não ficar atrapalhando as apresentações repetindo o óbvio.

domingo, 21 de março de 2010

Mágico sofre...

por Cleiton Heredia


Não é raro o mágico se deparar em suas apresentações com pessoas que não gostam de mágica.

Algumas vezes os motivos são religiosos (mágica é coisa do Diabo) e outras vezes surge de uma má compreensão do trabalho do mágico (ele está ali para enganar e fazer os outros de bobo).

Quanto ao primeiro motivo, não irei tentar argumentar no sentido contrário, pois se uma pessoa quer realmente acreditar nisso, não há muito que se fazer (a não ser lamentar).

Já quanto aqueles que vêem no mágico um trapaceiro, seria interessante entender que o mágico é apenas um artista que domina algumas técnicas de ilusão com o objetivo de entreter as pessoas (nunca enganar no sentido de trazer prejuízo a quem quer que seja).

A situação enfrentada pelo Mágico Renner perante a jurada Mara no programa dominical da Record (Programa do Gugu) exemplifica um pouco as situações constrangedoras que muitas vezes o mágico é obrigado a passar.




Tudo bem que nestes tipos de juri de programas de auditório sempre tem aquele que faz o papel do "malvado", mas só acho que ela exagerou um pouco na dose.

Fazer mágica naquelas condições é muito complicado, mas até que o Mágico Renner se saiu muito bem.

sábado, 20 de março de 2010

E viva o outono!

por Cleiton Heredia


Hoje às 14:32h começou oficialmente a estação do ano que eu mais gosto: o outono!

O calor sufocante que enfrentamos em alguns dias deste verão dará lugar a um clima mais ameno com belas manhãs ensolaradas, tardes de céu azul de brigadeiro e noites com uma suave brisa gelada. Assim espero...

Lidiane Araújo Mejozebate, que eu não faço a mínima idéia de quem seja, escreveu algo que conseguiu resumir muito bem o motivo do meu encantamento com o outono:

"Gosto do outono porque ele é frio suficiente para refrescar o calor, e é quente o suficiente para aquecer o frio".

Desejo a todos nós que este outono nos faça lembrar mais uma vez de que nesta vida nada é permanente, pois as folhas sempre precisam cair para a árvore poder se renovar.

Portanto, não chore pelas folhas que caem, mas alegre-se por elas um dia terem proporcionado sombra ao viajor cançado, e encha-se de esperança por outras novas que certamente virão.


Um feliz outono!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ouvir ou não ouvir música durante a corrida - Eis a questão! (Parte 3)

por Cleiton Heredia


Para se montar um play list é necessário primeiramente ter um conhecimento básico de como baixar músicas pela internet, mas não irei gastar tempo com isto, pois basta você digitar no Google: "Como baixar músicas na internet" e encontrará várias maneiras de se baixar músicas legalmente com um custo relativamente baixo. Porém, caso decida por "outros caminhos" é recomendável seu antivírus estar atualizado e bem ativo.

Quanto às músicas, nem precisa dizer que quem decide é o gosto pessoal de cada um. Dentro de suas preferências pessoais escolha aquelas músicas que são mais empolgantes e com um ritmo bem cadenciado (não dá muito certo correr escutando música muito melosa).


Alguns gostam de escolher suas músicas de acordo com o ritmo que pretendem correr. Por exemplo, aqueles que querem treinar num ritmo (pace) de 5 min/km pode escolher as músicas cujas batidas se encaixem na sua passada. Para aqueles que buscam sincronizar a música (batidas por minuto - bpm) com a passada (passadas por minuto - ppm) o site Run to the Beat tem algumas informações bem interessantes.


No meu caso, como tenho um gosto musical bem eclético, já gosto de variar bem os estilos e os ritmos. Enquanto você estava lendo esta postagem, caso esteja com a caixa de som ligada, você esteve ouvindo uma seleção musical* que acabei de montar para se correr aproximadamente por 1 hora e 45 minutos.

* Esta seleção esteve disponível somente no dia em que a postagem foi publicada. Caso não a tenha ouvido, aqui está a relação das músicas:

1- Eye of the Tiger (Survivor)
2- She is a Maniac (Flashdance)
3- Another Brick in the Wall (Pink Floyd)
4- Pump it (Black Eye Peas)
5- Hooked on Classics
6- Footloose (kenny Loggins)
7- A Hard Day's Night (Beatles)
8- Help (Beatles)
9- Money for Nothing (Dire Straits)
10- Revolution (Beatles)
11- Hound Dog (Elvis Presley)
12- Fear of the Dark (Iron Maden)
13- Hung up (Madonna)
14- Surfin' Bird (The Trashmen)
15- California Dreamin (Mamas and the Papas)
16- Symptom of the Universe (Black Sabbath)
17- Let's Twist Again (Chuck Berry)
18- The Devil went down to Georgia (Charlie Daniels Band)
19- Vivaldi Tribute (Jean Michael Jarre)
20- The Rising Fighting Spirit (Naruto)
21- We are the Champions (Queen)

Fim da série

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ouvir ou não ouvir música durante a corrida - Eis a questão! (Parte 2)

por Cleiton Heredia



A minha experiência pessoal como um praticante das corridas é que a música pode ajudar em algumas situações e atrapalhar em outras.

No começo de uma prova de rua gosto de estar bem sintonizado no clima do momento, portanto dispenso qualquer tipo de música. Lá pelo quilômetro três, quando tudo começa a ficar mais calmo, uma “musiquinha” sempre é bem vinda. Porém, no quilômetro final sempre desligo o aparelho para curtir melhor a emoção da chegada.


Particularmente em uma maratona a música se torna indispensável para aqueles trechos onde você já passou do quilômetro 25 e se vê praticamente sozinho correndo por ruas quase desertas (tipo o trecho da USP na Maratona de São Paulo). Neste momento a vontade de desistir é muito grande e por isto uma música bem estimulante sempre ajuda a me distrair, bem como injeta uma dose extra de adrenalina.

Mas o que eu disse acima se refere exclusivamente às provas urbanas, pois quando se trata de uma corrida na natureza como as corridas de montanha, por exemplo, esqueça a música!


Por quê?

Os dois principais motivos são:

1) Quando você está correndo no meio do mato todos seus sentidos (especialmente visão e audição) precisam estar super alertas. Tem muitas coisas que os olhos não percebem de imediato, mas a audição te alerta: som de água corrente (riacho ou cachoeira adiante), som de animais (seria uma cobra?), som de trovões (aperte o passo que vem chuva), insetos (quem mandou não usar repelente), passos e vozes (importantíssimo para quem acha que perdeu a trilha);


2) Corrida na natureza é para se curtir a natureza: o som do vento nas árvores e nos arbustos, os mais variados sons dos pássaros, o som riacho, o som da cachoeira, o som dos sapos na beira da lagoa, o som dos grilos e cigarras sob a luz do luar. Quando percebemos tudo isto se unir numa magistral sinfonia natural, já temos toda a música de que necessitamos para continuar seguindo em frente. O único som de origem humana que é admissível em uma corrida deste tipo é o som dos nossos passos em meio ao silêncio dos nossos pensamentos.

Na próxima postagem vou dar algumas dicas de como montar um play list para correr.

Continua...