sábado, 17 de outubro de 2009

Houdini contra a Bruxa Loira da Rua Lime (13)

por Massimo Polidoro

(Continuação)

MALCOM BIRD CONFESSA


O que tinha acontecido a Bird? Depois de 1931 seu nome desapareceu da lista de contribuintes da ASPR (American Society for Psychical Research). Desapareceu e nada jamais foi ouvido dele. As hipóteses sobre seu destino variaram de ciúme pessoal dentro da Sociedade a sua aceitação a uma tentativa de uma oferta de trabalho.

Há muito pouco tempo com a descoberta de alguns documentos inéditos, tem alguns novos fatos concernentes ao relacionamento entre Bird e Margery sido divulgados. Prince, em cujos arquivos os documentos foram achados, sugeriu sobre isto em 1933 num artigo em que ele escreveu para a Scientific American:


"Há cerca de dois anos (…) ele (Bird) entregou a seus empregadores um longo artigo alegando a descoberta de um ato de fraude e reconstruiu sua visão do caso para admitir um fator de fraude bem desde o início. Este artigo não foi impresso e muito poucos dos crentes na Europa ou América sabem de sua existência" (Príncipe, 1933).

Aqui estão alguns trechos desta relatório/confissão por Bird à Board of Trustees da ASPR (Maio de 1930):


"Desde maio de 1924 quando eu primeiramente concluí que o caso era um de mediunidade genuína, minhas observações nunca foram dirigidas em qualquer sentido largo em direção à descoberta de fraude, e mesmo menos em direção a sua demonstração. Como fui junto com minhas sessões espíritas, aqui e ali eu fiz, como uma questão de rotina, observações que algum episódio particular fosse normal em sua causação. Todo que o relatório presente aponta fazer é familiarizar à Board com os dados sobre quais é baseada minha própria mente, a declaração que eu fiz sempre que qualquer ocasião surgisse para fazê-lo: que os fenômenos de Margery não são cem por cento supernormais. Não é agora possível eu declarar positivamente se o episódio ocorreu em julho ou em agosto de 1924… A ocasião foi uma de visitas de Houdini a Boston para sessão. … Ela procurou uma entrevista privada comigo e tentou me levar a concordar, em caso os fenômenos não ocorressem, que eu mesmo tocaria a caixa-sino, ou produzisse algo mais que talvez passasse como atividade por ‘Walter’. Esta proposta era claramente o resultado de estado mental forjado de Margery. Não obstante parece a mim de importância superior, em que mostra que ela, plenamente ciente e normal, numa situação onde ela pensou que talvez tivesse de escolher entre fraude e uma sessão espírita vazia; e estava disposta a escolher fraude" (Tietze, p. 137).

Continua...

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