quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Espiritismo Moderno ou Ilusionismo Antigo – Parte 12 (Última Parte)


Como pudemos perceber nas postagens desta série, os verdadeiros mágicos ilusionistas sempre souberam separar seus atos de espetáculo das crendices místicas, superstições populares e ensinamentos espiritualistas com os quais eram (e ainda são) enganados um número cada vez mais crescente de pessoas.

Os mágicos, assim como os atores, atuam no palco representando os personagens que foram especialmente criados para alcançar da melhor forma seus objetivos de entreter, surpreender e maravilhar. Porém, apesar de assumirem a caracterização de um feiticeiro, guru, necromante, bruxo, paranormal, médium, vidente, sensitivo ou mestre em ciências ocultas, sabem agir como ilusionistas honestos declarando publicamente, sempre que confundidos por esta casta de enganadores, que apenas simulam as maravilhas ocultas por meios naturais.

Atualmente a filosofia espiritualista com suas milhares de ramificações possui milhões de adeptos pelo mundo todo. Mais especificamente referindo-se ao espiritismo moderno, muitos daqueles que nele acreditam e o praticam, querem pretender um status mais científico ou essencialmente mais racional para os seus ensinamentos ou doutrinas quando comparado às demais religiões.


Porém, deve-se deixar bem claro que nada existe de comprovadamente científico em suas proposições, e mesmo a suposta racionalidade que alegam, não é nem mais ou menos do que aquela que pode ser encontrada em qualquer outra filosofia religiosa cuja base é a lógica da fé.

Podem perceber que com o avanço da tecnologia, cessaram as pretensões dos espiritualistas de querer provar cientificamente suas teorias de fé. Um espírita que crê na imortalidade da alma, na possibilidade de contato dos vivos com o espírito desencarnado dos mortos, na reencarnação ou na condição especial de algumas pessoas “iluminadas”, precisa admitir que suas crenças estão fundamentadas exclusivamente na fé (assim como qualquer outro segmento religioso), pois, até o momento, toda e qualquer tentativa de comprovação verdadeiramente científica, acabou se frustrando.

Não estou negando a existência de mistérios insondáveis para a ciência, mas apenas dizendo que se os mesmos existem, devem-se mais a limitação da ciência atual em decifrá-los, do que a uma suposta comprovação de que o mundo dos espíritos seja uma realidade.


Dê tempo suficiente para a ciência avançar e verás estes mistérios acabarem sendo explicados de modo lógico e natural, assim como aconteceu com as pretensões dos “bruxos” da idade média que se valiam dos conhecimentos secretos da alquimia.

Portanto, encerro esta série parafraseando o grande Houdini:

“Não estou afirmando categoricamente que não há nada dessas coisas espiritualistas, mas apenas dizendo que até o momento nunca tive conhecimento que qualquer pretensão espiritualista foi atestada como comprovadamente genuína”.

Final da série, mas não da discussão...

2 comentários:

  1. Muito boa e esclarecedora essa série. É pena que tenha chegado ao fim.
    Parabéns.

    ResponderExcluir