quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Espiritismo Moderno ou Ilusionismo Antigo – Parte 8

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Observe os seguintes cartazes e estilo visual de alguns famosos mágicos do século passado:

Harry Kellar

Howard Thurston

Harry Houdini

Agora compare com os atuais:

Criss Angel

David Blaine

Derren Brown

Max Maven

Perceberam a semelhança?

Achou sinistro? Assustador? Místico? Sobrenatural? Diabólico?

Não precisa ficar com medo. Na verdade é tudo "gente boa"!

Mágicos são assim mesmo! Gostam de passar a idéia que são pessoas exóticas e que estão envolvidas com o místico e o sobrenatural. Tudo isto faz parte de uma “performance” cuidadosamente planejada com a finalidade de criar um “clima” adequado para surpreender e encantar o público.

Porém, quando confundidos com médiuns, gurus, feiticeiros ou bruxos, os verdadeiros mágicos sempre fizeram questão de deixar bem claro que seus efeitos são resultado de mecanismos de truque, técnicas ilusionistas, bem como trabalho de palco.

A negação do status de “oculto” por parte dos mágicos proporciona duas grandes vantagens:

Primeira vantagem para eles mesmos, pois evita serem confundidos com charlatões que abusam da boa fé do povo, bem como afasta o preconceito e conseqüente perseguição daqueles que vêem no sobrenatural algo potencialmente mau ou diabólico (mesmo assim tem muita gente que acredita simploriamente que todo mágico bom fez algum tipo de pacto com o capeta).

Segunda vantagem para a população de forma geral, pois desvia a atenção do público crédulo do espiritualismo, uma vez que estabelece uma contraparte honesta em relação às fraudes que acompanham praticamente todas as manifestações sobrenaturais ou espirituais.

Os grandes mágicos sempre se posicionaram como aliados da ciência, ajudando a livrar o público da superstição do mundo religioso ou oculto. O Grande Houdini, por exemplo, sempre se posicionou como seguidor de um tipo simples e positivista de ciência onde os verdadeiros “magos” da época eram cientistas e pensadores tais como Thomas Edison, Luther Burbank, Nicola Tesla e Marie Curie.

Como vimos nesta série, o espiritualismo moderno foi lançado em 1948 com as Irmãs Fox alegando fazer contato com o mundo dos mortos por meios de batidas em forma de sinais inteligíveis. Rapidamente um modismo espiritualista se instaurou na sociedade americana e “fantasmas”, bem como pessoas que com eles se comunicavam, começaram a “pipocar” em diversos lugares.

Sociedades espiritualistas foram criadas e inúmeras sessões foram realizadas como uma forma de filosofia religiosa para alguns e uma forma de lucro financeiro para outros. A possibilidade alegada pelos médiuns de fazer contato com o espírito dos mortos no além, ganhou um novo impulso com a guerra civil americana que produziu milhares de vítimas.

Onde houvesse alguém sofrendo por causa da morte de um ente querido, lá estaria um médium oferecendo “alívio” através de um contato que lhes alimentasse a esperança de que a morte não significa um fim definitivo.

Na seqüência desta série irei mostrar mais detalhes de como a coisa debandou geral para o lado da superstição e da mentira, e como os mágicos ajudaram a desmascarar as fraudes fazendo prevalecer a verdade.

Continua...

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