domingo, 17 de julho de 2011

Análise de um cético sobre um caso de possessão demoníaca

por Cleiton Heredia


Na postagem anterior abordei o tema da Falsa Memória, pois foi a primeira coisa que me veio à mente quando ouvi de um pastor o curioso e intrigante relato sobre possessão demoníaca, o qual passa agora a lhes contar:

Este pastor contou que estava em uma igreja se preparando para o culto, juntamente com outros dois colegas pastores, quando uma mulher possessa por demônios (diagnóstico feito pela ótica espiritual deles, é óbvio) apareceu na entrada da igreja e começou gatinhar para dentro do recinto.

Até aí, a minha mente racional não tinha visto nada de sobrenatural, pois aquilo que os religiosos muitas vezes interpretam como uma possessão demoníaca, pode ser explicado pela ciência como auto-sugestionamento, indução hipnótica ou mesmo algum tipo de problema mental.

O relato prosseguiu de forma a começar a me interessar. O pastor disse que presenciou juntamente com seus colegas a mulher gatinhando para dentro da igreja, sendo que à medida que avançava, as cadeiras à frente dela eram movidas de forma sobrenatural sem ela precisar ter que encostar nelas ou empurrá-las.

Arrepiante, não é mesmo? Mas os eventos sobrenaturais não param aí.

Ele ainda contou que no momento em que o demônio foi expulso corpo daquela mulher mediante a oração dos pastores, um grande estrondo parecido com o som de uma explosão foi ouvido na rua do lado de fora da igreja. Mais tarde eles constaram que havia sido o transformador de energia do poste localizado logo à frente que havia estourado.

Bem, a esta altura do relato, eu estava tão intrigado com as cadeiras se movendo "sozinhas" que pensei rapidamente comigo mesmo sobre o tal estouro: "Mera coincidência!". Como podem ver, minha mente cética não me dá sossego.

Como se não bastasse as cadeiras a me preocupar, o pastor relata que, muito embora o estouro do transformador tenha deixado todas as casas da rua sem energia elétrica, a igreja continuava misteriosamente com luz. Ele ainda disse que a reunião naquela noite aconteceu normalmente e todos os que ali chegavam perguntavam como era possível eles estarem com luz quando todos em volta estavam sem.

Agora não era só o testemunho de três pastores, mas a constatação de um provável evento sobrenatural testemunhado por centenas de pessoas: as que moravam na rua, as que compareceram na reunião e a do funcionário da Eletropaulo que compareceu no local no dia seguinte para fazer os devidos reparos e que, segundo uma vizinha da igreja, havia comentado que não acreditava que a igreja pudesse ter tido energia após das avarias ocorridas.

Confesso que tudo isto está fazendo com que eu reflita muito sobre algumas coisas. Entre elas, como eu gostaria de ter estado ali naquele dia para constatar por mim mesmo toda esta sucessão de eventos. Acho lamentável ninguém ter filmado as cadeiras movendo-se sozinhas ou não terem chamado um técnico para elaborar um laudo oficial constatando que a energia elétrica que alimentou a igreja naquela noite era de origem sobrenatural.

Sim, porque só assim para acreditar em algo tão incrível. Mas como ninguém teve esta preocupação científica, eu sou obrigado a ponderar racionalmente considerando outras possibilidades antes de aceitar os eventos como verdadeiramente sobrenaturais (princípio da Navalha de Occam).

Sendo assim, para o relato das cadeiras movendo-se sozinhas existe a possibilidade de estarmos diante daquilo que chamamos de "falsa memória", para o estouro do transformador a possibilidade de ter sido mera coincidência, e para a luz na igreja fica a possibilidade das avarias na rede não terem acontecido da forma relatada, bem como o relato da vizinha sobre o comentário do funcionário da Eletropaulo ser apenas um testemunho sensacionalista de uma mulher que apenas queria chamar a atenção do pastor.

Só me resta concluir apelando para qualquer um que testemunhe um provável evento sobrenatural, que tenha o cuidado de documentá-lo de forma científica para que céticos como eu possam finalmente ter que "dar as mãos à palmatória", reconhecendo de forma irrefutável a existência do sobrenatural.

Enquanto isto continuarei esperando por melhores evidências para finalmente poder acreditar.

25 comentários:

  1. Rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs!!!!

    POOWWWWWWW!!!!

    O transformador explodir é mesmo bem terrível... Aqui no Rio andam estourando os que ficam debaixo das ruas. O Centro e principalmente a Zona Sul carioca estão em polvorosa com esse descuido da Light (empresa de energia que serve à área metropolitana do RJ)...

    Mas deixando de lado o estouro dos bueiros, é bem interessante... E se for verdade o que contaram, então teriam que chamar a Neuza Itioka ou o Pe. Quevedo pra constatarem... Aliás, a gente já sabe o que ele iria dizer disso: "Isto non ecziste!"

    Ou seja: tudo tem explicação conforme o viés de quem ouve. É isso ^^v

    ResponderExcluir
  2. É o tipo de fato que só mesmo vendo. Eu, como agnóstico teísta, não fecho as portas para qualquer tipo de possibilidade, incluindo fraude e fatos cientificamente comprováveis.

    Enéias

    ResponderExcluir
  3. Dizem que uma maneira simples de desmascarar uma possível possessão é falar com o suposto espírito em qualquer outro idioma que o possuído desconhece. Se este não responder, está descartada a possibilidade de ser possessão, visto que não haveria problema para um demônio falar em qualquer outro idioma, inclusive aramaico, latim e por aí vai!

    ResponderExcluir
  4. Alexandre,

    Esta tática é muito boa!
    Vou tentar com o próximo endemoniado que encontrar pela frente.

    Abs.

    ResponderExcluir
  5. Garanto que funciona!
    Só que corre o risco do endemoniado e dos pastores picaretas partirem pra cima de vc por ter revelado o teatro deles. hahahaha

    ResponderExcluir
  6. "...ponderar racionalmente considerando outras possibilidades antes de aceitar os eventos como verdadeiramente sobrenaturais."

    Não acho que está ponderando, pois qual a possibilidade que existe para que você de créditos e que não seja o sobrenatural? Sendo que ponderar ao meu ver, é considerar também o lado oposto, quando só existe dois lados que é o lado da ciência e do sobrenatural. Mas sim, acredito também, que se deve procurar descartar todas as possibilidades antes de comprovar algo, quando não houver mais nada que se possa retirar de um ou de outro.

    ResponderExcluir
  7. Felipe,

    De acordo com o princípio lógico da Navalha de Occam a explicação para qualquer fenômeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do fenômeno e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria.

    Recomendo a leitura da postagem abaixo:

    http://saudesabervirtude.blogspot.com/2009/02/mantenha-isso-simples-estupido.html

    Um Abraço e obrigado pela participação,

    Cleiton

    ResponderExcluir
  8. Bem,
    Eu já havia lido um pouco antes de você mostrar seu link de postagem sobre essa ferramenta usada pela ciência. Enfim, compreendi que é o estudo usado para se chegar num raciocínio lógico ou mais perto dessa lógica, como o exemplo da caixa de sapato. Mas olhar para uma caixa de sapato que derrepente você encontra e de todas as opções escritas, o mais óbvio é a n°1, é claro. Embora muitas pessoas iriam ter varios tipos de esperança, não pensar em encontrar nada e encontrar ao menos um par de sapatos, pois é uma caixa de sapatos, seria o mínimo no que pensar. Quero dizer que, chegar cético a um obstaculo sobrenatural, não é ponderar nada, pois mesmo que seja mínima a chance de haver algo numa caixa de sapatos ou num ser humano, a possíbilidade existe.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  9. Felipe,

    Considero um grande equívoco de sua parte afirmar que "chegar cético a um obstáculo sobrenatural não é ponderar nada", pois o ceticismo é vital para a ciência e não existe ciência sem uma postura basicamente ceticista.
    A ciência só consegue avançar gradativamente rumo a verdade por causa do seu contínuo ceticismo.

    Recomendo a leitura do livro "O Mundo Assombrado por Demônios - A Ciência vista como uma Vela na Escuridão" do físico Carl Sagan para que você entenda melhor o que quero dizer.

    Abs.

    ResponderExcluir
  10. Muito obrigado pela recomendação, não deixarei de ler, contudo, novamente compreendo sobre a ciência ter essa postura ceticista, sei que é padrão essa forma de estudo da mesma, porém não acredito ser um grande equívoco discordar dessa ponderação que diz ter. Até mesmo Einstein diz que a ciência não andaria sem religião e a religião não existiria sem a ciência. Ao que se entende por ponderação, este pensamento segue o exemplo exato da palavra. E quando você comenta sobre a ciência e o avanço, a verdade é sim um um avanço, mas não só para a ciência. Sendo assim, o ceticismo é mais uma forma de pensar e de estudo para se conseguir chegar na verdade que todos procuram. Mas pra mim, ser somente cético é fechar os olhos para outras possíveis realidades.
    Nada contra em quem tem esse raciocínio, so a favor desse diálogo por diferentes motivos que não vem ao caso comentar.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  11. Felipe,

    Você poderia me dar a fonte onde se encontra a declaração de Einstein dizendo que a ciência não andaria sem a religião?

    Einstein, como se sabe, falava o tempo todo em Deus - até o dia em que o encostaram na parede e perguntaram se ele acreditava em um Deus pessoal: "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela na harmonia e na ordem da natureza, não em um Deus que se preocupa com os destinos e as ações dos seres humanos", respondeu o criador da teoria da relatividade, citando o filósofo holandês do século XVII para quem Deus e o Universo seriam a mesma "substância" (panteísmo).

    Einstein era declaradamente um agnóstico. Veja o que ele escreveu em uma carta enviada para Morton Berkowitz:

    "Estimado Senhor Berkowitz:
    Sinto-me muito agradecido ao receber uma carta tão agradável como a do 24 de outubro. Tais palavras são a melhor recompensa para um autor.
    Minha posição em relação a Deus é a de um agnóstico. Estou convencido de que essa viva consciência da importância primária dos princípios morais para a melhoria e o enobrecimento da vida não precisa da ideia de um doador de leis, especialmente um legislador que trabalha sobre a base da recompensa e castigo.
    Estou enviando a parte dois livros que contêm escritos ocasionais, onde encontrará mais informação sobre este tema.
    Sinceramente seu,
    Albert Einstein."

    O original desta carta foi leiloado por 60 mil dólares.

    Voltando ao ceticismo, acredito nossa divergência está relacionada ao conceito ou definição desta palavra. Para mim, uma postura cética é aquela que não aceita algo como verdade sem antes questionar e pesquisar. Um cético, não é um bitolado, mas alguém que questiona a veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método científico.

    Abs.

    ResponderExcluir
  12. Cleiton,

    Essa frase é possível encontrar em vários sites à respeito de seus pensamentos (por exemplo), mas o que importa é o significado da frase, quando você separa a frase percebe-se o quão cético é, pois a frase só tera sentido lida inteira, quer dizer, ninguém consegue chegar tão longe sozinho. Sempre houve e sempre haverá momentos em que um precisará do outro. A ciência só existe pelo fato de existir o que descobrir, e se pensando em religião perceberá que há acontecimentos a serem comprovados dentro desse segmento. Então, isso é o que leva a ciência não andar se a religião não existisse.
    E também, veja o quão equivocado foi com a última frase da sua resposta para o meu comentário.

    "Um cético, não é um bitolado, mas alguém que questiona a veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método científico."

    Agora leia atentamente a uma parte do meu comentário.


    "E quando você comenta sobre a ciência e o avanço, a verdade é sim um avanço, mas não só para a ciência. Sendo assim, o ceticismo é mais uma forma de PENSAR E DE ESTUDO para se conseguir chegar na verdade que todos procuram."

    Veja que não havia necessidade do que escreveu.

    Sobre a frase, não posso dizer exatamente de onde tirei, pois não me recordo muito bem, mas assim que descobrir (pretendo o mais rápido possível) a fonte mais confiável, passarei para você. Mas você pode me oferecer a fonte sobre a carta?

    Abraços.

    ResponderExcluir
  13. Felipe,

    Sim, esta frase é possível encontrar em vários sites, assim como muita besteira que pretende-se colocar na boca de Einstein com a intensão de torná-lo um teísta convicto.

    Por outro lado, acho que isto poderá servir de exemplo sobre o que eu entendo como uma postura legitimamente cética. Eu te digo que sou cético quanto a esta frase que disse ser de Einstein até que eu encontre (ou alguém me mostre) uma fonte autêntica ou confiável. Veja bem, não estou desconsiderando a possibilidade dela ser autêntica, mas meu ceticismo em relação a ela permanecerá até que eu seja convencido do contrário. Ocasião em que eu prontamente passarei a reconhece-la como autêntica.

    Achei esta sua conclusão muito estranha: "isso é o que leva a ciência não andar se a religião não existisse". Meu amigo você pensou bem na besteira que disse? Como assim a ciência não andaria se a religião não existisse? O mundo e o universo físico, principais alvos de estudo da ciência, existem independente da religião. A ciência pode ser utilizada para pesquisar as afirmações da religião (como a arqueologia, por exemplo), mas se não existisse religião, com certeza existiria a ciência.

    Quando eu lhe disse que um cético não é um bitolado, foi com base naquela sua afirmação: "chegar cético a um obstáculo sobrenatural não é ponderar nada". Como não? Esta é a forma que a ciência se aproxima de qualquer coisa para ponderá-la adequadamente. Se alguém afirma, por exemplo, que existem seres sobrenaturais chamados demônios, a ciência sempre iniciará suas investigações com uma postura cética, ou seja, o sobrenatural não existe até que ele seja cientificamente reconhecido e atestado pela comunidade científica como uma verdade incontestável.

    E mais, ceticismo não é apenas "uma forma de pensar e de estudo". Ceticismo é a base de toda a verdadeira ciência. Sem ele qual seria a outra "forma" de pensar e de estudar. A crendice?

    Portanto, havia necessidade de eu escrever o que escrevi, porque não concordo com a sua visão do ceticismo.

    Uma das fontes da carta que mencionei: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=11892.

    Abs.

    ResponderExcluir
  14. Veja bem,
    Perceba que quando você acaba escrevendo muito, você acaba sendo desnecessário com as palavras ou com a forma de pensar usando a ciência como base para sustentar o que diz. Eu, sinceramente, aceito um pouco do que diz, mas a maioria fica sem sentido ou desnecessário como já disse.

    Também sua fonte é de um site, em vista que dentro de um site tudo pode acontecer.

    Einstein desenvolveu (segundo algumas biografias) uma fervente fé judaica, apesar de ter se tornado agnóstico futuramente. O que pode levar ele a ter escrito essa carta realmente, mas descartar a hipótese(pois não mostrei ainda uma fonte tão confiável quanto a sua)dele ter dito a frase que mencionei pelo fato de ter se tornado agnóstico, é desconsiderar uma parte da vida dele. Ninguém deixa de lado algo que fez parte da vida, não acredita em tudo e não desacredita de tudo (agnóstico). Queria poder entender a surpresa que fez ser para você sobre a frase, baseado no que você sabe sobre agnóstico e sabendo que Einstein foi também um agnóstico!?
    Me desculpe, mas as vezes pelo seu ceticismo, você distorce algumas coisas que escrevo e não entende outras.

    Ponderar é mesmo que considerar ou também aceitar. Não é possível considerar algo de um pensamento único, se basear num único estudo e pensamento. Ponderar adequadamente, é não ser radical nas conclusões antes mesmo de se chegar a mesma. A postura cética é necessária, e não lembro de ter dito alguma vez ao contrário disso. Mas a forma radical como se avalia algo, não é possível perpetuar por muito tempo. Se você acredita que a ciência existe e sempre andará sozinha, que a verdade é tão única quanto a ciência, qual o sentido da vida para você?

    Abraços.

    ResponderExcluir
  15. Felipe,

    Confesso que este assunto já está me cansando, pois tenho a impressão que estamos chovendo no molhado e isto não vai acabar dando em lugar nenhum. Mas vamos lá.

    1) Não entendi seu primeiro parágrafo. Cada um se comunica da melhor maneira que sabe. Se para você eu estou escrevendo muito, me desculpe, mas esta é a minha forma de tentar deixar as coisas bem claras. Se nem assim estou conseguindo, lamento.

    2) A fonte que eu lhe passei é apenas uma entre muitas. Se não confia nela ou se acha que o documento ali digitalizado é falsificado, então corre atrás da verdade e encontrando-a, denuncie a fraude (eu no seu lugar faria isto).

    3) Quanto à frase que disse ter sido dita por Einstein, recuso-me a voltar neste assunto a menos que me apresente uma fonte confiável. A questão aqui não é se ele poderia ter dito aquilo em alguma fase da sua vida, mas sim se realmente ele disse. E mais, mesmo que fique comprovado que ele disse o que não disse, eu lhe pergunto: E daí? Isto não anula o fato de que Einstein se tornou e se manteve um agnóstico.

    4) Esta sua frase é uma falácia: "Ponderar é mesmo que considerar ou também aceitar". Ponderamos e consideramos as possibilidades para, após as devidas considerações, aceitá-las ou não como verdade. O fato de se ponderar algo não significa aceitação.

    5) Da onde você tirou esta ideia de que ser cético é ser unilateral, ou como disse, "se basear num único estudo e pensamento"? Toda nossa conversa começou por causa disto. Você acha que o meu ceticismo me torna uma pessoa "radical" que sabe ver apenas um lado da moeda, mas eu lhe digo que isto não condiz com a verdade (pelo menos no meu caso). Tenho a mente aberta e estou disposto a ponderar todas as possibilidades, porém só aceitarei como verdade aquilo que for comprovado de forma irrefutável como a verdade.

    6) Que tal sermos mais práticos e menos teóricos? Se você acredita que as possessões demoníacas podem ser provenientes de alguma fonte sobrenatural (espíritos ou demônios), então tudo bem! Eu te digo que estou muito disposto a considerar esta possibilidade. Apresente-me um único caso estudado pela comunidade científica onde esta possibilidade ficou atestada de forma irrefutável como a única possível que eu aceito e ponto final.

    7) O sentido da vida para mim é viver de acordo com os ditames da minha consciência respeitando o meu próximo que também procura viver em harmonia com sua. É procurar ser feliz sem atrapalhar ou impedir a felicidade dos outros.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  16. Lendo sua discussão(discussão sim, isso já deixou de ser diálogo amigável) com esse cabeça dura do Felipe eu entendo por que vc cansou de se considerar ateu...se bem que pra mim vc vai continuar sendo..somente não vai demonstrar tanto... Mas que piada: "A ciência não vive sem religião"... melhor deixar pra lá... esses agentes da Matrix não dão sossego !!! rsrsr

    ResponderExcluir
  17. Cleiton,

    Realmente é um assunto cansativo, isso eu concordo bastante, por não sermos estudiosos da área (você não é um físico ou cientista, como também não sou físico ou cientista ou teólogo) para ao menos poder vivenciar os ocorridos que um e outro vem sempre tentando nos provar, que seria a ciência sempre tentar mostrar que o sobrenatural não existe e a religião tentar provar que existe. Mas acho que deve saber que, mesmo a psicologia (a qual é regida pelas mesmas leis do método científico) antigamente estudava mente e corpo, no entanto atualmente estuda mente corpo e espírito, assim como a religião busca primeiro respostas científicas para depois chegar no sobrenatural com convícção. Isto é o ato de ponderar, que é quando há aceitação de estudar outras possibilidades diferentes do que se acredita. Quando o foco é muito grande, a visão fica limitada a um lado e não percebe outros fatos.

    Quando digo que você usa palavras desnecessárias, não é o fato de escrever muito ou pouco, pois cada um se expressa como consegue (concordo com você), mas por você me dizer coisas que são óbvias ou que você ache que tenho uma visão errado do ceticismo.

    Se você diz que é cético, porém está disposto a ponderar TODAS as possibilidades, mas só aceitar se comprovado trazendo a verdade, então está dizendo o que eu penso. Mesmo eu não sendo cético, acredito que as respostas científicas as vezes podem ser as únicas, deixando de existir em alguns momentos atos sobrenaturais.

    Enfim, não disse que ser cético é ser unilateral, pois pelo seu pensamento e de acordo com o que você escrevia, eu entendia que você tinha essa visão unilateral, além de estar tentando explicar para você que eu não concordava com essa forma como via as coisas ou escrevia, e nisso houve explicação dos dois lados.

    E sobre provar ou não, é uma coisa que gostaria de prensenciar se for verdade, mas não acho que faria diferença para mim provar. Alguns adorariam expor, contudo, acredito que a maioria das pessoas estão buscando a verdade para provar a elas mesmas, sobre o que existe ou não existe.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  18. Adinan,

    Você é o reforço?

    Em que momento eu disse que um não vive sem o outro? Esse é o verdadeiro problema da maioria das pessoas, distorcer pensamentos, palavras e etc. Só não entendi a piada "... esses agentes da Matrix não dão sossego !!! rsrsr

    ??????

    ResponderExcluir
  19. Felipe,

    Na verdade não é bem o assunto que é cansativo. Gosto de dialogar, mas só não gosto de ficar dando voltas em torno de um mesmo assunto, transformando o diálogo em um verdadeiro braço de ferro mental.

    Amigo, pelo visto você não está entendendo nada do que falamos até o momento. Quem disse que eu quero provar alguma coisa para você? Eu não quero te provar nada! Você acredita naquilo que quiser. Minha única pretensão até o momento foi apresentar o meu ponto de vista e deixar bem claro para você o que eu entendo por ceticismo.

    Olhas as coisas que você escreve:

    1) "que seria a ciência sempre tentar mostrar que o sobrenatural não existe e a religião tentar provar que existe". A ciência não tenta provar que o sobrenatural não existe, ela simplesmente constata isto. A religião não tenta provar que o sobrenatural existe, ela simplesmente aceita isto pela fé. Percebeu a diferença?

    2) "a religião busca primeiro respostas científicas para depois chegar no sobrenatural com convicção". Errado, mais uma vez! A religião não busca primeiro as respostas científicas. A religião busca primeiramente crer (exercer a fé), e só depois ela vai até a ciência para verificar em que esta pode lhe ajudar a fortalecer a fé inicialmente exercida. Exemplo: a religião aceita pela fé a criação do homem por Deus, e depois ela recorre aos conceitos do "design divino" para ter a sua fé fortalecida (ou confirmada) pela ciência (na verdade pseudociência).

    3) "Se você diz que é cético, porém está disposto a ponderar TODAS as possibilidades, mas só aceitar se comprovado trazendo a verdade, então está dizendo o que eu penso. Mesmo eu não sendo cético, acredito que as respostas científicas as vezes podem ser as únicas, deixando de existir em alguns momentos atos sobrenaturais". Hã?!? Desculpe, mas não entendi nada daquilo que escreveu neste parágrafo. Pensei que o problema de interpretação do texto fosse somente meu, e por isso pedi que alguns amigos lessem este parágrafo, mas lamento, ninguém entendeu!

    4) "Enfim, não disse que ser cético é ser unilateral". Disse sim. Toda nossa conversa iniciou aí. Leia você mesmo o que escreveu no seu primeiro comentário: "Não acho que está ponderando, pois qual a possibilidade que existe para que você de créditos e que não seja o sobrenatural? Sendo que ponderar ao meu ver, é considerar também o lado oposto, quando só existe dois lados que é o lado da ciência e do sobrenatural". E depois você ainda acrescentou: "Quero dizer que, chegar cético a um obstáculo sobrenatural, não é ponderar nada". Ainda bem que você depois acabou entendendo. Infelizmente não posso dizer o mesmo.

    5) "E sobre provar ou não, é uma coisa que gostaria de prensenciar se for verdade, mas não acho que faria diferença para mim provar". Para você não faz diferença porque você tem a fé para se apegar, e contra a fé não existem argumentos. Se você diz para mim que aceita pela fé a possibilidade das possessões demoníacas poderem ser originadas por entidades sobrenaturais, eu me calo em respeito a sua fé. Porém, no meu caso, eu não tenho esta fé. Por isso é que recorro à ciência para tentar entender este fenômeno.

    6) Para entender a piada da Matrix leia a postagem: "Deus, Alice e a Matrix" (http://saudesabervirtude.blogspot.com/2011/01/deus-alice-e-matrix.html).

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  20. http://www.memorial.rs.gov.br/cadernos/einstein.pdf

    Na página 16, não é 100% confiável pois vem da internet, mas é de um trabalho que não parece carecer de fontes. Ele cita a religião e ciência como duas coisas que andam praticamente juntas. Algo mais confiável q sua carta e este arquivo em pdf, só escutando da boca de Einstein ou o original em nossas mãos.

    ResponderExcluir
  21. Felipe,

    Entendo que a frase "A ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega" é amplamente aceita como sendo de Einstein, mas que bom seria se no trabalho que você apresentou tivesse um pequeno número de referência no final apontando para a fonte original desta frase. Mas isto não existe.

    Portanto, continuo querendo conhecer a fonte, embora isto não fará a menor diferença para mim. E sabe por quê?

    Porque na carta que Einstein escreveu em 1954, ano anterior ao de sua morte, a seu amigo filósofo Eric Gutkind, lemos:

    "A palavra Deus é para mim nada mais do que expressão e produto da fraqueza humana, uma coleção de lendas honoráveis, ainda que primitivas".

    Na carta a Gutkind, Einstein classifica a crença em Deus como "produto da fraqueza humana", e não poupa nem a religião do povo ao qual pertencia:

    "A religião judaica, como todas as outras religiões, é uma encarnação das superstições mais infantis."

    Está bem claro que se Einstein escreveu aquilo sobre ciência e religião, seguramente se arrependeu mais tarde e mudou ideia.

    A carta original de Einstein para Eric Gutkind foi leiloada em 2008. A casa de leilões Bloomsbury, onde o manuscrito original foi vendido, diz estar "100% certa" da autenticidade do documento.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  22. Eu mandei a msg para o Cleiton que deve ter entendido muito bem a que me referia.
    e acho que ele não precisa de reforço, pois suas palavras já são fortes o bastante pra rebater as críticas ou discutir idéias. Mas como já o acompanho esse blog a algum tempo, foi inevitável a lembrança do texto "Deus, Alice e a Matrix" (http://saudesabervirtude.blogspot.com/2011/01/deus-alice-e-matrix.html).
    Outra coisa, qdo vc diz "reforço" até me parece que temos uma "Equipe Secular, Cética e Ateísta" pronta pra agir caso um membro venha a sofrer um ataque!!! kkkk...
    Vou te dar um site bem legal pra questionamentos (sem reforços, ok)?
    "O Ateu responde" (http://www.formspring.me/oateuresponde)
    Entre, pergunte e divirta-se !!
    ________________________________________________
    "Por simples bom senso, não acredito em Deus. Em nenhum."
    Charles Chaplin
    ________________________________________________

    ResponderExcluir
  23. Cleiton,

    Se eu discordei alguma vez do fato de Einstein ser agnóstico (o que acredito não ser o caso), mostre-me em que momento foi isso!? Até onde se sabe, segundo fontes da internet, é que ele sempre teve sua fé. Mas sobre Deus, é algo indiscutível, pois está além da nossa compreensão.

    E deixando de lado um pouca da arrogância de ambas as partes, irá perceber que não só eu afirmei coisas que deveriam ser analisadas antes de escrever sobre um pensamento ou teoria, como você também. Por exemplo, a respeito do que Einstein teria dito, como não tenho provas verídicas, deveria ter mencionado segundo uma fonte antes de comentar sobre a frase.(concordo)
    Li novamente tudo o que foi comentado por mim e respondido por você, para entender melhor. Não sei se fez o mesmo, mas acho que deve também prestar atenção que, o que fez chegar ao ponto que chegamos foi o fato de ter sido um pouco político a respeito de alguns comentários, ou seja, contorno o que eu disse respondendo o que você queria a respeito do que era a discussão desde o começo. Ponderar e ceticismo, essas duas palavras estavam sendo mal interpretadas, e até que me prove ao contrário (se quizer), não acho que seria eu que não estava compreendendo essas duas palavras.

    Para terminar (espero eu), uma das coisas que mais acredito é que nada é perdido. Esse diálogo ou discussão (que acabou sendo por falta de provas que não sejam contestadas), valeu para analisarmos primeiramente o que nós escrevemos ao invés de pontuar ou enumerar o que outros escrevem, para que os erros sejam mínimos e a "moral" seja maior. E também ter descobrido um pouco mais sobre o assunto, e pessoas com diferentes idéias.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  24. *quiser

    Nunca é tarde para consertar erros errados, pois errar é errôneo ^^
    E que ninguém discorde disso!

    Att,
    Felipe P.

    Obs: eu posso assinar, mas você, não teria necessidade!
    Rarraraarra..

    Sem Abraços desta vez.

    ResponderExcluir
  25. Felipe,

    Sem mais comentários!

    Quem ler (e compreender) as suas últimas explicações irá entender o porque me recuso a prosseguir com este diálogo.

    Um abraço.

    ResponderExcluir