quarta-feira, 13 de julho de 2011

Aceite a Jesus hoje porque amanhã você pode estar morto!

por Cleiton Heredia


Ontem à noite, depois de um bom tempo longe dos centros de difusão da fé, tomei a decisão de assistir a um culto. Havia recebido um convite e, após um pouco de insistência de minha esposa, resolvi conferir. Porém o fiz no conforto do meu lar, acessando o site da Comunidade Adventista do Morumbi (pertencente à IASD) que fica bem perto de onde eu moro.

A qualidade de imagem e som estava muito boa e então pacientemente aguardei terminar toda aquela parte inicial de boas vindas e cantoria para ouvir a mensagem que, segundo as informações que tinha, seria proferida por um pregador muito bom. Minha esposa havia me dito que ele poderia convencer qualquer um com os argumentos que usava. Nem preciso dizer que a minha expectativa era grande.

O nome do jovem pregador é Rafael Rossi e ele começou sua mensagem de uma forma que sinceramente me deu vontade de desligar o micro e ir assistir TV. Ele contou a história de um senhor com o qual havia estudado a Bíblia e que era uma pessoa muito inteligente e perspicaz. Em pouco tempo eles fizeram grandes avanços chegando num ponto em que o pastor sentiu que aquele senhor já tinha conhecimento suficiente para tomar uma decisão. O pastor fez o apelo, mas o senhor achou que ainda era cedo demais para uma decisão e disse que gostaria de esperar um pouco mais. Alguns dias depois este pastor recebeu um telefonema convidando-o para fazer o funeral deste senhor que acabara de falecer num trágico acidente de trânsito.

Sempre repudiei estas mensagens de terrorismo psicológico do tipo, aceite a Jesus hoje porque amanhã pode ser tarde demais. Cada vez que ouço isto eu fico pensando no tipo de Deus incompetente que não consegue preservar com vida um futuro herdeiro de seu reino até o momento em que este esteja preparado para aceitá-lo. O pastor não disse que o senhor morreu perdido (se o fizesse teria desligado o micro), mas na mente dos ouvintes sempre fica a mensagem subliminar de temor e insegurança em face de um futuro desconhecido com a possível perda da vida eterna devido à procrastinação.

Por outro lado, vejo a total contradição que existe neste tipo de história quando comparada a aquela outra da esposa que orou 50 anos pela conversão do marido incrédulo até o dia em que ele finalmente aceitou a Jesus como seu salvador. Não consigo entender como o mesmo Deus consegue contornar e ajustar as circunstâncias da vida de forma a esperar 50 anos pela decisão de um ser humano, enquanto no caso do outro, não conseguiu conceder mais que dois dias de período de graça.

Se Deus é todo poderoso e soberano ao ponto de nenhum pardal cair do céu sem que Ele saiba ou permita, e se o Diabo já foi derrotado na cruz, então como entender este disparate?

Bem, continuei ouvindo a mensagem e na sequência o pastor fez uma explanação teológica de Apocalipse 5, que foi até que interessante, e me fez esquecer momentaneamente aquele infeliz início.

Porém, o pior estava ainda por vir.

Continuo na próxima postagem.

2 comentários:

  1. Não concordo com voce,Sou convicto de que jesus morreu por mim, sinto isto em minha vida, mas e preciso que voce permita em saber quem e jesus em sua vida e não alienação. Sei onde estou,e para onde vou.Sou feliz mesmo quando tudo parece impossivel,porque conheço quando ele fala comigo, estou atenta a sua voz a me disser.

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