sexta-feira, 30 de maio de 2008
Uma simples questão de lógica
Imagine que alguém se proponha a escrever um livro contando a história de uma pessoa que durante toda sua vida foi funcionária em uma empresa cuja matriz estava sediada em um dos prédios do World Trade Center em Nova Iorque. O livro menciona que foi lá que ela conseguiu seu primeiro emprego como office-boy, e foi lá que progrediu de cargo até tornar-se um dos diretores da empresa.
O livro conta também que esta pessoa certa vez recebeu uma carta de alguém que dizia poder prever o futuro e implorava para que ela mudasse de emprego, pois em breve uma grande tragédia iria acontecer naquele local. Porém, ao concluir o livro, o autor nada mencione sobre a completa destruição destes edifícios em um atentado terrorista que vitimou cerca de 3 mil pessoas.
Qual seria a conclusão mais lógica?
Que este livro foi escrito e concluído antes do dia 11 de setembro de 2001.
Agora vamos imaginar que você é um judeu que nasceu em Jerusalém no ano 5 d.C. e cresceu tendo como centro de sua vida social, econômica e religiosa o magnífico templo de Herodes. Quando você está com cerca de 25 anos de idade ouve a pregação de um homem que prediz que aquele suntuoso e imponente templo seria em breve destruído por completo. Esta mensagem lhe escandaliza de tal forma que você passa a acompanhar com mais atenção à vida deste homem peculiar.
Alguns meses depois você fica sabendo que este homem foi acusado de blasfêmia pelos líderes de sua nação e condenado a morrer numa cruz romana. Passados 40 anos, você, agora com cerca de 65 anos de idade, assiste à sua cidade sendo invadida pelos romanos e o seu templo sendo destruído num terrível incêndio, exatamente como havia predito aquele homem.
Caso você fosse escrever um livro contando a história daquele pregador depois de ter presenciado a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., você não acharia imprescindível fazer menção a esta tragédia, especialmente pela predição feita tanto tempo antes?
A resposta mais lógica seria: SIM.
Aqui está o grande problema enfrentado por aqueles que afirmam que os relatos dos evangelhos sinóticos foram escritos depois do ano 70 d.C.
Como podem ter sido escritos depois e não existir absolutamente nenhuma menção do cumprimento dessa tragédia predita nestes documentos?
A conclusão mais lógica é que estes documentos foram escritos antes do ano 70 d.C., ou seja, não muito distante dos fatos ali relatados, e desta forma podendo ser facilmente refutados caso não passassem de pura invencionice motivada por fanatismo popular.
Mais uma PROVA da historicidade de Jesus.
A idéia geral da argumentação acima foi originalmente formulada por Norman Geisler e Frank Turek.
Postado por
Cleiton Heredia
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Questão de etapas:
ResponderExcluir(1) o Cristo histórico pode ser comprovado?
(2) havendo comprovação podemos dizer que Ele era ressuscitou?
(3) tendo ressurgido voltou aos céus?
(4) é um Deus pessoal?
O Cristo histórico só terá valor prático se as respostas às perguntas acima forem "sim".
SDS
Pô, Cleiton!
ResponderExcluirAgora você pegou pesado.
Vou precisar de um tempinho para me posicionar, a favor ou contra essa sua lógica.
Mas a principio essa argumentação faz sentido.
Cleiton,
ResponderExcluirvocê abordou um tema que muito me interessa - o estudo do texto - e sobre o qual converso freqüentemente com minha esposa. No último século houve significativo avanço no campo da lingüística, proporcionando-nos novas perspectivas quanto ao estudo da língua falada e escrita. Dentro desse campo, sinto-me particularmente atraído pela filologia (estudo de textos e línguas antigas) e pela semântica (estudo do sentido das palavras e frases).
Ao estudarem o texto, os especialistas propuseram a categorização em "tipos textuais", tais como: informativo, argumentativo, narrativo, etc. Esses tipos se materializam na forma de "gêneros textuais". Como exemplos de gênero, posso citar: blog, carta, romance, história, profecia, entre outros.
Ao ler o seu texto, tive a impressão de que a linha argumentativa foi construída com base na suposição de que, nos exemplos citados, não há distinção de gênero ou que essa distinção, caso exista, seja pouco significativa.
Permita-me tecer um comentário sobre o que entendo como gênero "histórico" e gênero "profético".
Na narrativa histórica, o ponto de vista é sempre de alguém (autor) que lança o olhar para trás e se esforça para colocar no texto a verdade dos fatos já ocorridos. É natural supor que, em não citando um fato tão importante quanto a queda das Torres Gêmeas, o texto tenha sido redigido antes desse incidente. Contudo, não devemos nos esquecer que o autor pode, se assim desejar, esconder propositadamente esse ou outro fato (ele tem essa liberdade). Essa atitude, contudo, poderá ser denunciada pela presença sutil, camuflada, de referências anacrônicas, afinal, um evento dessa magnitude (a queda das torres) é tão forte que pode induzir o autor a cometer pequenos deslizes, inconscientemente.
Se considerarmos, porém, que o texto bíblico em questão não é do gênero histórico, e sim profético, então a linha argumentativa proposta em seu artigo pode perder a eficácia. Ao passo que o historiador olha para trás, o profeta se volta para frente, para o futuro. O texto profético, portanto, tenta capturar esse ângulo de visão, não sendo, por conseguinte, conclusivo, como o histórico (se assim o fosse, não seria profético). Ele se caracteriza pela descrição de um cenário com desfecho ainda aberto, dando origem a um "suspense", criando uma expectativa de que o final poderá (ou deverá) ser conforme predito (ou supostamente predito). A conclusão a favor da veracidade da narrativa profética fica por conta do leitor e se fundamenta, quase sempre, na autoridade do próprio profeta (se o profeta é verdadeiro, logo o que ele diz - a profecia - também é).
É importante salientar que um texto do gênero "profético" pode ser escrito tanto antes quanto depois da ocorrência do fato em discussão. Suponho que as cartas do "vidente" Jucelino da Luz, que você conhece, sirvam de exemplo para o segundo caso. (observe que estou falando em "gênero textual" e não questionando a autenticidade de uma profecia ou a autoridade de um profeta).
Permita-me citar Othon Garcia: "Ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico, duas maneiras de errar: raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos". Particularmente, concordo com sua linha argumentativa, mas não se me sinto confortável com os "dados" (exemplos) apresentados.
Como já dei a entender anteriormente, parece-me que a argumentação está ancorada na premissa (questionável) de que ambos os textos pertencem ao mesmo gênero, o "histórico", o que, para mim, não é verdade. De fato, se os evangelhos fossem relatos do "gênero" histórico então seria de se estranhar a ausência da confirmação da destruição de Jerusalém.
Afinal, qual é o objetivo dos evangelhos? De modo simplório eu diria que é alimentar a fé em Jesus e, em matéria de fé, profecias são mais eficientes que história, daí a escolha de um gênero textual em detrimento do outro.
Reitero que o "gênero" de um texto independe do momento no tempo em que tal texto foi escrito.
Ademais, no caso dos evangelhos sinóticos, há vários indícios no próprio texto que, à luz dos estudos lingüísticos atuais, sugerem uma datação posterior à destruição de Jerusalém, mas esse é outro assunto polêmico, para uma longa conversa em outra ocasião.
Ebenézer,
ResponderExcluirAcredito que tais conceitos e classificações essencialmente técnicas criadas pelos acadêmicos deveriam, antes de mais nada, não interferir na lógica simples, nem na coerência do óbvio.
Tecnicamente falando, você pode até querer separar os dois exemplos por mim citados, mas tal separação me parece mais um pretexto racionalista para fugir daquilo que é naturalmente evidente.
Acredito que simplesmente afirmar que os evangelhos são do gênero profético, e depois querer interpretá-los dentro das características básicas deste gênero, é desprezar suas características também históricas.
Note como o autor do evangelho de Lucas faz a introdução de sua obra:
"Tendo muitos empreendido uma narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra, pareceu-me também conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio." Lucas 1:1-3.
"Narração dos fatos", "Testemunhas oculares", descrição ordenada, levantamento minucioso das informações, são características de um documento que tenta relatar os fatos de acordo com uma perspectiva histórica. Por isto questiono uma classificação simplista que define a Bíblia como um livro meramente do gênero profético.
O autor de Lucas está olhando para trás como um historiador ou para frente como um profeta?
Sinceramente não entendo como os autores dos evangelhos sinóticos, que queriam basicamente relatar os acontecimentos relacionados à vida de Jesus com a intenção de provar que Ele era o Messias, o Filho de Deus, o Salvador do mundo, podem ter deixado de fora um cumprimento profético tão preciso que os ajudaria em seus propósitos de mostrar que Jesus era de fato quem dizia ser que era.
Mateus teve a preocupação de comparar os principais eventos da vida de Jesus com profecias do Velho Testamento dizendo "para que tudo se cumprisse conforme as escrituras", mas quando tem a oportunidade de mostrar de forma impressionante que Jesus foi um profeta verdadeiro, é inadmissível crer que ele simplesmente mencione tão chocante profecia sem nada falar de seu estupendo cumprimento.
Acreditar que os evangelistas não mencionaram a destruição de Jerusalém, pois queriam gerar um suspense deixando para o leitor as conclusões, não condiz com seus esforços em provar que Jesus era singular.
Portanto, questionável me parece ser sua premissa de querer que os evangelhos sinóticos se enquadrem exclusivamente no gênero profético, ignorando por completo que seus autores poderiam também ter propósitos significativamente históricos em seus relatos.
E mais, quem disse que em matéria de fé a profecia é mais eficiente que a história? Uma profecia não cumprida na história pode, ao longo do tempo, enfraquecer a fé, ao passo que um fato histórico que confirme uma profecia pode fortalecê-la.
Finalizo com uma pergunta: Se no meu primeiro exemplo, o personagem do World Trade Center fosse ou viesse a ser um fundador de uma grande religião com milhões de fiéis (entre eles o próprio autor), então aí você reclassificaria o texto de sua história como sendo do gênero profético?
Muito convenientemente subjetiva esta classificação, não acha?
Porque só Mateus relata a ressurreição em massa logo após a morte de Jesus? Não consigo imaginar nenhum evento histórico mais contundente do que este quanto a historicidade e divindade de Cristo. Quem sabe o motivo tenha sido o absurdo dessa invencionice, então deixada de lado pelos demais escritores.
ResponderExcluirQuanto ao eclipse citado nos três primeiros evangelhos, difícil acreditar que um evento dessa magnitude, três horas de duração, não conte com nenhum outro registro histórico além dos evangelhos.
A Bíblia é uma grande confusão. É quase como uma sopa de letras onde cada um lê o que quer. É uma mistura de registros históricos com contos de cunho religiosos capazes de confundir qualquer um.
Cleiton,
ResponderExcluiruma das características do gênero textual aplicado em blogs, como este, é a liberdade a nós concedida para expressar idéias sem o rigor exigido, por exemplo, em textos acadêmicos. Talvez devido a isso eu tenha lhe passado a idéia generalista de que todo o conteúdo dos evangelhos sinóticos seja profético. Desculpe-me por não ter sido claro.
Quando disse no post anterior que "Se considerarmos, porém, que o texto bíblico em questão não é do gênero histórico, e sim profético, então...", assumi que "o texto em questão" era apenas a profecia sobre a destruição do templo, citada em seu segundo exemplo. (Eu estava questionando os exemplos e não os evangelhos sinóticos). Pensei que estava sendo claro (até mesmo óbvio) e incorri em um erro. Como dizia Leo Buscáglia, "a linguagem é uma fonte de maus entendidos".
Usei a propósito a palavra "óbvio" no parágrafo acima, não para ser agressivo e sim para chamar a atenção para algo que você colocou em sua resposta. Algo que lhe parece óbvio, mas que não o é para mim. Cito o segundo parágrafo de sua resposta: "Tecnicamente falando, você pode até querer separar os dois exemplos por mim citados, mas tal separação me parece mais um pretexto racionalista para fugir daquilo que é naturalmente evidente".
Talvez você esteja certo. Talvez seja puro pretexto racionalista. Mas, e se você não estiver certo?
Para o grande reformador Lutero, a Terra não se movia. Era o Sol que girava em torno dela. Para ele, isso era naturalmente evidente e os argumentos de Copérnico (hoje aceitos até mesmo pela igreja) lhe soavam como pretextos racionalistas. Veja o que ele chegou a dizer: "Este tolo (Copérnico) deseja reverter toda a ciência da astronomia; mas as Sagradas Escrituras nos dizem que Josué comandou o Sol de maneira que ele parasse, não a terra."
A Critica textual tem feito enorme avanço e contribuído significativamente para o entendimento da linguagem humana (escrita e falada). Como toda ciência, ela é falha, mas aprende e cresce com os próprios erros. As vezes, a verdade não está tão explicita no texto, como supomos. No caso dos evangelhos sinóticos, o texto a que temos acesso hoje reflete o ponto de vista da corrente vencedora (havia várias corrente e vários evangelhos).
Sobre o texto bíblico que lemos e estudamos hoje e que foram preservados pela corrente vencedora, a quantidade de variações (diferenças entre as fontes mais confiáveis) é tão grande que, quando somadas, chegam a um número bem maior que o total de palavras contidas em todo o Novo Testamento. Você sabia disso? A lingüística (com esses supostos pretextos racionalistas de categorização de textos em tipos, gêneros,etc.) tem sido fundamental na busca do texto mais confiável para que nós, ao usá-lo, não incorramos na falácia de raciocinar bem com dados falsos.
Reitero o que disse anteriormente: No que diz respeito à destruição do templo, trata-se de um texto profético. Se o desfecho fosse contado, ficaria evidente para o leitor/ouvinte que se tratava de uma profecia anacrônica (contada após o ocorrido) e, portanto, ficaria sob suspeição a capacidade de Jesus (o filho de Deus) de prever o futuro.
Ricardo,
ResponderExcluirCalma lá!
Estamos aqui discutindo razões para se crer ou não no Cristo histórico. A questão básica é: Jesus realmente existiu como um personagem histórico ou não passa de uma lenda?
Agora, se os episódios de Sua vida relatados nos evangelhos expressam uma realidade histórica ou se estão permeados de exageros, imprecissões, invenções e contos provenientes da imaginação popular, já é uma outra coisa bem diferente.
Ebenézer,
ResponderExcluirEntendo seu ponto de vista, mas tenho dificuldade de aceitá-lo. Veja bem, não estou dizendo que você está errado e eu certo, mas apenas que é uma argumentação discutível.
Você defende a idéia de os evangelistas não relataram o cumprimento da predição de Jesus em relação à destruição do templo, para não sugerir a idéia de uma profecia anacrônica.
Minha dificuldade de aceitar plenamente tal raciocínio encontra-se na desconfiança que tenho de que os autores dos evangelhos teriam tal perspicácia estratégica ao escreverem seus relatos.
Estamos falando de homens simples, porém profundamente comprometidos com a crença de que aquele homem chamado Jesus era o Filho de Deus, e que aproveitariam toda e qualquer oportunidade para convencer seus leitores de que esta crença era irrefutável.
Caso seus escritos sejam posteriores à destruição do templo, não vejo nada mais convincente do que comentar como este cumprimento foi preciso:
"Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela." Luc.21:20-21.
Como fugir de uma cidade sitiada? Este conselho não fazia qualquer sentido para aqueles que não sabiam como os fatos iriam se desencadear no futuro.
Porém, a peculiaridade da história da destruição de Jerusalém com os Romanos a cercando num primeiro momento, mas depois abandonando o cerco para somente num momento posterior fazer o cerco que resultaria em sua destruição, me parece um argumento mais que imperdível.
Será que os autores dos evangelhos iriam perder está fantástica oportunidade de confirmar a precisão das palavras de Cristo, correndo o risco de seus leitores não captarem os detalhes por desconhecimento de todos os fatos envolvidos na destruição de Jerusalém?
Cleiton,
ResponderExcluireu também sempre desconfiei dessa perspicácia dos autores do Novo Testamento, principalmente nas aulas de exegese bíblica com o professor Pedro Apolinário. Às vezes justificávamos uma determinada interpretação com base na presença (ou ausência) de uma conjunção, preposição ou artigo. Será que esse apóstolos, na maioria simples e iletrados, seriam capazes da proeza de escreverem de modo coerente com a norma culta? Parecia-me que não. É certo que uns poucos (lembro-me de Lucas, Paulo, e do autor de Hebreus) dominavam muito bem o idioma escrito e essa competência ficou registrada na estrutura do texto, nos períodos longos, nas frases bem elaboradas, na complexidade de algumas idéias, na riqueza do vocabulário empregado, etc. Mas esses são, de fato, exceções.
Também acredito na honestidade e sinceridade dos primeiros apóstolos. E é por crer nisso que tento me aproximar, o quanto possível, daquilo que eles possam ter dito e escrito dois mil anos atrás (quanto tempo!!!). O que se passava na cabeça deles? Qual era a mensagem que queriam transmitir? Teriam eles escrito esses evangelhos ou ensinado por via oral e outros, posteriormente, organizaram esses relatos em livros? Por que alguns evangelhos são canônicos e outros apócrifos? Posso confiar no texto bíblico que tenho em mãos? Com base em quê?
Se minha confiança no texto bíblico se sustenta apenas nos braços da fé ou na âncora da tradição, então, por uma questão de coerência, não posso colocar-me acima daqueles que, apoiados em semelhante fé e tradição análoga, acreditam nos Vedas, no Alcorão, nos versos de Nostradamus ou em outro texto "especial" ou "sagrado". Particularmente, preciso de algo mais que tradição milenar ou fé pueril para acreditar. Sou meio "Tomé".
Sober o seu último questionamento: Se os evangelhos foram escritos após a destruição de Jerusalém, por que os evangelistas deixaram escapara essa oportunidade fantástica de relatar esses fatos no próprio evangelho? Boa pergunta! Vou sugerir uma resposta possível:
Talvez porque outros livros (Ex: História dos Judeus de Flávio Josefo) contavam com riqueza de detalhes os fatos ocorridos. Assim sendo, os evangelistas podem ter optado em relatar apenas as profecias, deixando a confirmação das mesmas por conta desses outros livros, aos quais seus leitores talvez tivessem acesso. Pense no impacto de se ler (em um culto) a profecia num dos Evangelhos e em seguida abrir um outro livro, de um autor secular, que desconhecendo a profecia bíblica, relata seu cumprimento com riqueza de detalhes... Só em pensar nisso, sinto um friozinho na barriga!
Caríssimos:
ResponderExcluirTenho lido com satisfação os esboços aqui postados. Belos textos!
Toda vez que me confronto com assuntos dessa envergadura me vem à mente uma pergunta: afinal eu creio que seja a verdade ou eu torço para que seja a verdade?
Sempre me pergunto qual a diferença entre crer e torcer? Seria tudo a mesma coisa? Torço para que aquilo em que creio seja verdadeiro? A partir daí eu procuro fundamentar meus argumentos?
Até que ponto a coragem e o medo podem afetar uma análise? Refiro-me à coragem do ateu e ao medo do criacionista(?)...
Não sei, no final, se o mundo é louco e eu sou o único lúcido ou se o mundo é lúcido e sou o único louco.
Ou será que eu sou louco e o mundo também? Aquilo em que cremos ou deixamos de crer certamente não mudará a realidade, certo? Quando penso assim eu respito fundo e me digo: "não sou louco não..."
Abraços.
Não se sabe ao certo nem mesmo quem foram os escritores dos evangelhos. Tampouco a ordem em que foram escritos. Mateus, Marcos, Lucas e João? Ou Marcos, Mateus, Lucas e João? Ou outra ordem qualquer?
ResponderExcluirSerá que escreveram um deles e os demais não passam de cópias com acréscimos?
Pelo que tudo indica Marcos, se é que foi ele mesmo, escreveu seu evangelho com base no que ouviu do apostolo Pedro. Lucas escreveu o seu depois do convívio com Paulo. Apenas Mateus, pelo que tudo indica, escreveu sobre o que realmente vivenciou, mas mesmo assim há indícios de que seu texto sofreu acréscimos com o tempo. Quais pessoas foram as responsáveis por esses acréscimos, e o porquê disso? Sabe Deus!
Como confiar na historicidade de uma documentação como essa? Só pela fé mesmo.
Ainda há cabeças pensantes.Sinóticos assustam mais que o diabo e o pecado.Lucas em Filipos de Atos 16:40 a 20:4-5.Quem em sua ausencia investigou melhor?
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