segunda-feira, 19 de maio de 2008

Conversa de estudante


Duas jovens de não mais que 25 anos conversam no ônibus enquanto se dirigiam para a faculdade:

- Você estudou este ponto? (Pergunta a jovem a sua amiga apontando para uma página no livro).

- Não! Acho que o professor não irá pedir isso. Se eu conheço bem este professor, ele irá perguntar sobre isto. (Responde a amiga mostrando os apontamentos em seu caderno).

- Tranquilo! Dando uma lida acho que dá para tirar uma boa nota. (Comenta a jovem finalizando o assunto e imediatamente mudando a conversa para a balada do fim de semana).

Após ouvir os comentários acima passei a refletir em como é lamentável, em um ambiente de formação profissional, encontrar jovens cuja ênfase educacional está na quantificação da avaliação e não na qualidade do conhecimento acompanhado de reflexão pessoal.

Não sei qual curso superior aquelas jovens estavam fazendo, mas posso imaginar o tipo de profissionais que serão caso não mudem sua maneira de pensar. Mas como mudar se desde que começaram a estudar no ensino fundamental e médio seus professores foram, na esmagadora maioria, conteudistas, não promovedores do pensar, e o que é pior, dando a entender que boas notas são sinônimo de aprendizagem?

Nossos jovens deveriam ser preparados desde a tenra idade a exercitarem o pensamento de forma que ao ficarem maiores não permitam jamais que um professor determine o tipo de profissinais que serão no futuro.

2 comentários:

  1. Cleiton:

    Isso não acontece apenas na escola. As pessoas gostam de pensar que estão sendo educadas e evangelizadas.

    É o eterno jogo da mentira. Uns fingindo que fazem e outros figindo que viram o que foi feito...

    Abraços.

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  2. Aqui é o país do faz-de-conta.

    Você faz de conta que sabe ou, quando convém, que não sabe de nada, e eu faço de conta que acredito em você, e assim vamos tocando a vida. É claro. Rumo ao abismo.

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