Visão de Ezequiel - Eram os deuses astronautas? (Parte 1)

por Cleiton Heredia

Preste atenção nos detalhes destas cenas finais do filme "Presságio" (caso não tenha ainda assistido ao filme, talvez prefira não vê-las):


Agora para efeito de comparação, leia algumas partes daquilo que o profeta bíblico Ezequiel relatou no capítulo um do livro que leva o seu nome:

"Eu vi o seguinte: Do lado norte soprava um forte vento. Foi então que eu vi uma grande nuvem e um turbilhão de fogo. Havia claridade em torno da nuvem e, no centro, um brilho faiscante, bem no meio do fogo." (verso 4).

Interessante, não acha? Vento forte, uma grande nuvem, turbilhão de fogo, muita claridade em torno da nuvem e um brilho faiscante ao centro. Estaria o profeta Ezequiel assistindo a aterrissagem de uma nave espacial?

A seguir Ezequiel relata os seres que viu:

"Do meio da nuvem surgiu algo parecido com quatro animais, e cada um lembrava também uma forma humana. Cada um tinha quatro rostos e quatro asas. Suas pernas eram retas e seus cascos pareciam cascos de boi, só que eram brilhantes como bronze polido. Debaixo das asas saíam mãos humanas pelos quatro lados. Seus rostos e asas também estavam voltados para as quatro direções. A asa de cada um encostava na asa do outro. Ao se movimentarem, eles não se viravam, mas cada um ia para a frente. O rosto deles era parecido com o rosto de um homem. Do lado direito tinham aparência de leão, e do lado esquerdo tinham aparência de touro. Os quatro tinham também aparência de águia. As asas abriam-se para cima. Duas chegavam a encostar na asa do outro, e duas cobriam o corpo. Todos se moviam para a frente, seguindo a direção para a qual o vento os conduzia. Enquanto se moviam, nunca se voltavam para os lados." (versos 5 a 12).

Ezequiel viu quatro criaturas com aparência humanóide. Poderiam estes seres estarem trajando máscaras e roupas tão diferentes e desconhecidas para o profeta, que ao descrevê-los ele não só pôde compará-los com coisas que lhe eram similares no seu dia a dia?

Ezequiel continua tentando descrever da melhor forma as coisas que via e não fazia a menor idéia do que eram e para que serviam:

"Observando, vi uma roda no chão, ao lado de cada um dos quatro animais. No aspecto e estrutura, as rodas tinham o brilho do topázio. O formato de uma era o formato das quatro; o aspecto e estrutura delas eram como se uma roda estivesse no meio da outra. Rodavam para os quatro lados sem precisar virar. O aro delas era muito grande e estava cheio de olhos por toda a volta. E isso, nas quatro rodas. Quando os animais se moviam, as rodas se moviam junto com eles; quando os animais se levantavam, as rodas também se levantavam. Na direção para onde ia o vento, iam as rodas. Elas subiam junto com os animais, porque o espírito dos animais estava nas rodas. Quando os animais andavam, as rodas andavam também; quando os animais paravam, as rodas também paravam; quando eles se levantavam do chão, as rodas também se levantavam, porque o espírito dos animais estava nas rodas." (versos 15 a 21).

Fica evidente que os idealizadores deste filme tiveram a nítida intenção de apresentar uma interpretação atualizada, tal como uma nave espacial, para a visão do profeta Ezequiel, bem como sugerir de forma bem direta que os chamados anjos nos relatos bíblicos nada mais eram do que aquilo que hoje chamaríamos de seres alienígenas ou criaturas extraterrestres.

O santo, místico e sobrenatural foi substituído pelo conceito defendido pelo suíço Erich Von Däniken em seu livro publicado em 1968, "Eram os Deuses Astronautas", aonde ele explica que os extraterrestres que supostamente teriam visitado este planeta no passado foram entendidos como divindades pelas civilizações antigas.

Muito embora para muitos tais interpretações façam certo sentido, deveríamos considerar um outro ponto de vista mais contextual antes de sairmos por aí afirmando que aquilo que Ezequiel teve foi de fato um contato imediato de 3º grau com criaturas alienígenas.

Continua amanhã...