Em algumas sessões espíritas de cunho mais dramático, os médiuns e seus assistentes incrementavam os efeitos especiais para dar a entender que o espírito invocado havia se materializado.
Várias técnicas foram descobertas e reveladas pelos mágicos que investigaram este tipo de "fenômeno". Descobriu-se que os médiuns se valiam de trapaças como:
- Painéis deslizantes que permaneciam escondidos no escuro;
- Tecidos sendo manipulados por varas ou fios;
- Assistentes vestindo trajes, maquiagem e peruca;
- O próprio médium disfarçando-se no escuro (eles escondiam seus disfarces em fundos falsos nas cadeiras ou poltronas onde se assentavam).
Existem relatos patéticos de médiuns que foram pegos andando de joelhos fingindo ser o espírito materializado de alguma criança falecida.
Na série de postagens que escrevi das revelações do ex-médium Lamar Keene em seu livro "A Máfia Psíquica", na Parte 3, você poderá encontrar alguns interessantes detalhes sobre como ele fazia para materializar os espíritos em suas sessões. O vídeo abaixo ajuda a entender melhor suas explicações:
Os mágicos conhecem este tipo de técnica como "arte negra". Por favor, isto não tem nada haver com magia negra. A arte negra consiste em uma série de efeitos como aparições, desaparições, levitações e transformações feitos diante de um fundo completamente negro. Assista logo abaixo uma apresentação do ilusionista Omar Pasha que é um mestre nesta arte:
Acho que já deu para entender um pouquinho do potencial desta técnica em criar ilusões caso seja trazida para dentro de uma sessão espírita. Acho que você também já deve estar imaginando como tudo isto funciona, mas caso ainda não tenha sacado, assista ao vídeo logo abaixo que você irá entender:
Bem, eu poderia estender estas postagens indefinidamente tamanha é a diversificação dos embustes utilizados pelos médiuns no arvorecer do espiritismo moderno no século 19. Porém, acredito que aquilo que já foi apresentado nesta série já é o suficiente para você perceber que nada existe de sobrenatural nos supostos fenômenos espirituais que acompanhavam as sessões espíritas.
Concluo esclarecendo que não tenho nada contra os espíritas, desde que sejam honestos e assumam as limitações das suas crenças quanto às frustradas tentativas de transformá-las em verdades cientificamente comprovadas. Espiritismo é matéria de fé, e deve permanecer no campo exclusivo da fé, da mesma forma que o exercício de se acreditar em deus, deuses, anjos, demônios, fadas, gnomos e coisa que o valha.
Caso exista algum espírita que tenha se incomodado com a forma que as fraudes do espiritismo moderno foram aqui expostas, que vá reclamar em alguma sessão espírita com os fraudadores do seu movimento, pois estes sim são os verdadeiros culpados por manchá-lo. Os mágicos do passado apenas fizeram o seu papel de esclarecer ao público que o ilusionismo deve ser utilizado apenas com a finalidade de entreter e divertir, e nunca para enganar e se aproveitar da boa fé alheia.
Fim desta série
Na próxima postagem vou tratar de um assunto bem delicado relacionado a este, porém acredito que irá incomodar a muitos que acreditam no dom profético de certa senhora protestante que viveu justamente na época que o espiritismo moderno estava florescendo.
"A VERDADE NÃO TEME INVESTIGAÇÃO"
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