sábado, 8 de janeiro de 2011

O mundo seria um lugar bem melhor sem religião

por Cleiton Heredia


Recentemente deparei-me com uma interessante postagem escrita por uma jovem de 20 anos cujo título era "Não gosto de religião".

Título intrigante se considerarmos o fato dele ter sido escrito por alguém que nasceu e cresceu em um lar cristão, estudou em um colégio cristão tradicional e frequentou uma igreja cristã de padrões conservadores desde a mais tenra idade.

Ela escreveu:

"Acredito que foi aos dezesseis anos que parei de frequentar a igreja e, desde então, não tenho sentido falta. Isso mesmo: não sinto falta, e ainda ouso dizer que não voltarei a sentir. Pra ser bem sincera, sempre me senti presa naquele meio, nunca levei muito a sério a lavagem cerebral a que era submetida semanalmente. Sim, para mim, aquilo era uma espécie de lavagem cerebral, pura alienação." (Grifos acrescentados)

Palavras fortes. Porém, o que mais me chamou a atenção foi esta declaração:

"Acho que o mundo seria um lugar bem melhor sem religião. Veja bem, não disse fé; disse religião. Não deveria existir denominação religiosa. Acho um absurdo a quantidade de notícias sobre violência relacionada à intolerância religiosa. Outro fator que me chama a atenção é que, geralmente as religiões pregam sobre a igualdade entre os homens, e o que vemos nestes contextos é exclusão, seja por classe social, por etnia e, principalmente, por opção sexual. Na teoria, as religiões deveriam unir o mundo; na prática, acabam dividindo-o ainda mais. Pode soar até meio anarquista (?), mas realmente, acho que o mundo seria bem melhor sem religião." (Grifos acrescentados)

Já faz algum tempo que eu estava tentando escrever um texto para servir de contexto para o vídeo que vocês assistirão logo a seguir. Ao ler esta postagem da Michelle Borges, digo que não precisarei mais escrevê-lo. Ela conseguiu resumir muito bem a essência daquilo que eu gostaria de ter dito: "O mundo seria um lugar bem melhor sem religião".



Michele Borges é estudante de jornalismo, editora do Blog da Michas e filha de um grande amigo que formou-se juntamente comigo no Teológico.

9 comentários:

  1. concordo com ela e com você. mas talvez o mundo seria melhor sem esse tipo de religião que hoje vemos no mundo: burocratizada, sistematizada, dogmática, exclusivista, moralista, dona da verdade.

    mas sei que uma religião assim é uma utopia minha...

    talvez uma religião onde o menos importante fosse o dogma e o mais importante fosse a espiritualidade sadia e o inclusivismo, poderia ser mais positiva na sociedade.

    temos também que separar o que é doença psicológica quando alguém faz uma barbaridade e diz que foi deus ou o diabo quem mandou. isso é caso de pinel.

    abraços

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  2. Muito boa a postagem. Gostei do vídeo; é uma forma de transmitir a mesma mensagem por meio de um tipo diferente de mídia.
    Reafirmo o que disse no meu blog: o mundo, de fato, seria um lugar melhor sem religião.

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  3. Tudo começa errado: o que vemos não é religião e sim cultura reliosa. Temos que ver tão somente pelo ponto de vista cultural. Bom ou ruim, mas cultura. A religião em si não é localizável no mundo atual. O que existe no mundo é uma verdadeira loucura humana, atos desesperados, pelos iludidas em busca do sucesso na terra e vida eterna no céu.

    Efetivamente o mundo seria melhor sem isso que chamam de religião.

    Em tempo: o amigo citado pelo Cleiton no fim da mensagem sou eu. Pai da Michelle. Endosso em 100% o discurso por ela apresentado.

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  4. Cleiton
    Venho descobrindo isso a cada dia que passa e o quanto os religiosos são sádicos e mentirosos. Hoje me chamam de desviado por ter saído da igreja, mas creio que achei meu caminho e me sinto livre muito mais do que antes. Na ótica deles sou desviado, mas na minha estou no caminho certo: FORA DA RELIGIÃO.
    Abraço.

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  5. Oi Cleiton, desculpe a demora para responder, mas estava realmente ocupada com diversas coisas esta semana.
    Eu iria apenas fazer um comentário sobre o comentario você me escreveu, e sobre a minha dificuldade na formatação de meu blog. Mas não pude deixar de ler esta postagem, e muito menos deixar de expressar minha opnião sobre.
    Evidentemente que existem muitas falsas profecias, e pessoas que carregam em vão o nome de Deus, fato biblico, isto é mencionado por diversas vezes. Mateus 7:15 a 20, apenas um deles. Poderia descrever mais, porém este é muito claro. A religião em si, é algo quetionado até mesmo dentro da igreja. E Jesus mesmo falava a respeito dos Fariseus hipócritas. Mateus 23:23 a 39. O que se intitula religião atualmente mata a fé.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Miranda,

    Conheço perfeitamente o que está dizendo, pois também já senti e ainda sinto na pele o quão sádicos e mentirosos podem ser os alguns religiosos.

    Parabéns pela sua decisão. Sei que a tomou para continuar sendo coerente com sua própria consciência.

    A maioria dos religiosos não entendem isto, pois estão mais comprometidos com a sua busca por segurança pessoal do que com a busca pela verdade.

    Um abraço.

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  8. Com certeza.!
    pincipalmente a religião'cristã' que vemos hoje não segue o verdadeiro cristianismo que foi deixado por Jesus e seguido pelos seus apostolos, os cristãos do primeiro século eram muito diferentes dos de hoje.E com o tempo alguns que se diziam cristaos reformularam o verdadeiro cristianismo aceitando idéias de otros povos como os filósofos gregos e passaram a adotar no cristianismo idéias tais como: a trindade e a imortalidade da alma e com isso alguns ensinamentos da biblia foram deturpados ou abandonados. Temos que procurar a religião que segue esse verdadeiro cristianismo e não o falso, primeiro temos que estudar como era o cristianismo que os cristao do primeiro secúlo seguiam para podermos achar hoje qual a religião que a segue, no caso para os que ainda querem uma religião.Desculpe se eu falei demais.!
    Abraçoss

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  9. Falou demais não, Thais.

    Sua participação, independente do tamanho do texto ou do ponto de vista defendido, é sempre muito bem vinda aqui neste espaço.

    Obrigado e um abraço.

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