por Cleiton Heredia
Como vimos na postagem anterior, o fato do tempo poder ser desacelerado nos abre as portas para começarmos a pensar em viagens através do tempo, ou melhor dizendo, em viagens para o futuro.
Como seriam estas viagens para o futuro?
Imagine que você resolva fazer uma rápida visita a algum planeta ao redor da estrela mais próxima do nosso Sol, Alfa Centauri. Como esta estrela está distante de nós uns 4,2 anos-luz e você têm a sua disposição uma moderníssima espaçonave com uma velocidade de cruzeiro de 90% da velocidade da luz (270 mil km/seg), sua viagem de ida e volta irá durar algo entorno de 9,5 anos.
Chegamos ao dia de sua partida! Será hoje, dia 30/04/2010. Você se despede de sua família e amigos e parte para sua inusitada aventura. Ao regressar, nove anos e meio mais tarde, seu diário de bordo registra o dia de sua chegada como sendo o dia 11/09/2019. Porém, você toma um susto ao ser avisado pela torre de comando que o dia na Terra é 11/09/2119. Você acabou de viajar cem anos para o futuro em uma viagem que para você só demorou cerca de nove anos e meio.
Caso esteja ainda pensando que isto não passa de ficção científica, eu quero lhe informar que esse efeito foi checado e confirmado muitas vezes em diferentes experimentos com níveis muito altos de precisão. Por exemplo, em 1971 os cientistas J.C. Hafele e Richard E. Keating deram a volta na Terra (sentido leste) em um avião a jato levando consigo alguns relógios atômicos de alta precisão. Ao completar a viagem os relógios a bordo foram comparados com relógios atômicos de referência do Observatório Naval dos Estados Unidos e constatou-se que os relógios do avião estavam uma pequena fração de segundo atrasados em relação aos relógios do observatório.
Portanto, está comprovado cientificamente que é possível desacelerar o tempo e desta forma empreender viagens ao futuro, nem que seja, por enquanto, conseguir ir apenas algumas pequenas frações de segundos adiante.
Na próxima postagem vamos falar das viagens ao passado. É aí que o bicho pega!
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