sábado, 1 de novembro de 2008

A Máfia Psíquica - Parte 7 (Última Parte)

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Lamar Keene não deixa dúvidas em seu livro de que acredita que todos os fenômenos mediúnicos são falsos, embora entenda que algumas pessoas podem ter algum tipo de Percepção Extra-Sensorial natural.


William Rauscher, um pesquisador psíquico que escreveu a apresentação para o livro, já pensa diferente. Apesar das revelações de Keene serem avassaladoras para o espiritualismo moderno, Rauscher prefere crer na existência de verdadeiros médiuns, pois entende que tais fraudes não se apliquem a toda e qualquer experiência espírita.

É fato inquestionável de que a vontade de crer em algo supera as evidências da razão, pois apesar das inúmeras provas contrárias, o crédulo sempre se permitirá crer que algum dia, em algum lugar, surgirão as evidências que coadunem com a sua crença.


Realmente a fé é poderosa! Por exemplo: A médium Eusápia Palladino foi pega comprovadamente em fraude, porém alguns insistem em enfatizar que, como alguns fenômenos realizados por ela permanecem até hoje sem explicação, é possível que exista algo de genuíno. Quer dizer, não basta provar de uma vez por todas que a mulher é uma farsante, mas é preciso desmascarar 100% de tudo que ela fez, pois caso fique apenas um fenômeno sem explicação, os crédulos encontrarão ali seu "preguinho" para pendurar suas crendices.


A história registra vários médiuns como Gladys Leonard, Leonora Piper e Eileen Garrett que "dizem" terem sido exaustivamente testados sem nunca terem sido pegos em algum tipo de fraude qualquer. Alguns preferem interpretar isto como uma evidência da realidade do mundo dos espíritos, porém, a bem da verdade, eu insisto em querer saber quais foram estes testes, quem testou, em que condições eles aconteceram, antes de chegar a qualquer tipo de conclusão.

Keene dá a entender que se a maioria ou apenas alguns fenômenos são resultados de fraude, então a conclusão mais provável é de que todos sejam fraudes. Os crédulos são rápidos em refutar este tipo de raciocínio argumentando que tal pensamento equivale a concluir que todas as notas são falsas por existir algumas comprovadamente falsificadas.


Chamo isto a sutilezas do pensamento crente. Note a perspicácia da argumentação: realmente é um absurdo afirmar que todo dinheiro que existe é falso, com base na descoberta comprovada de que algumas ou várias notas são frutos de falsificação.

Mas calma lá! É um absurdo tentar extrapolar este tipo de raciocínio para o assunto em questão, por vários motivos:


Primeiro, antes que surgisse a nota falsa, já existia a nota comprovadamente verdadeira.

Segundo, enquanto as notas comprovadamente verdadeiras são a esmagadora maioria em circulação, as notas falsas serão sempre uma reduzida parte.

Terceiro, as notas falsas são identificadas como falsas a partir da comparação com as notas comprovadamente verdadeiras.

Agora tente aplicar os três pontos acima ao espiritismo:


Primeiro, há fortes indícios na história de que o espiritismo moderno, que se originou com as batidas na casa das Irmãs Fox, tenha sido resultado de fraude, como elas próprias mais tarde admitiram. Então temos aqui o falso sendo gerado antes do verdadeiro.

Segundo, no caso dos fenômenos mediúnicos ou sobrenaturais, a esmagadora maioria é fruto de fraude comprovada. Apenas uma pequena parte permanece sem uma explicação satisfatória, porém, desta minoria, nenhum (sem exceção) foi até hoje comprovado de forma cientificamente irrefutável como um fenômeno genuíno.


Terceiro, se não temos nenhum fenômeno comprovadamente autêntico, qual é o parâmetro de comparação para se determinar o verdadeiro?

Percebeu como a argumentação do dinheiro verdadeiro e falso é sutil e até pode ser convincente para aqueles que não pararam para analisá-la com o devido critério?

Concluindo, o livro "A Máfia Psíquica" de M. Lamar Keene, bem como todas as desmistificações feitas pela ciência atual e até por mágicos como Harry Houdini no século passado, continuarão sendo a única referência comprovadamente segura que temos para avaliar tais fenômenos.

Qualquer coisa diferente disto não passa de conjectura ou um simples ato de "fé".

67 comentários:

  1. Para acesso à documentação sobre Piper e Gladys Osborne Leonard, basta se cadastrar nessa base: http://www.lexscien.org/lexscien/index.jsp

    Ali você saberá quais foram estes testes, quem testou, em que condições eles aconteceram. O livro "Mediunidade e Sobrevivência" de Alan Gauld faz um excelente resumo que responde inteiramente as suas perguntas.

    Como exemplos de cientistas que testaram uma ou outra dessas senhoras, ou mesmo ambas, posso citar William James, Charles Richet, Oliver Lodge, Richard Hodgson (que também era mágico), o casal Sidgwick, Frank Podmore, Frederick Myers, Rev. C. Drayton Thomas, Rev. Vale Owen, James Hewat McKenzie, Mrs. W. H. Salter, Whately Carington, entre outros.

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  2. Tais exemplos de cientistas ou intelectuais que testaram os médiuns do passado e não conseguiram comprovar de forma conclusiva que eram embusteiros, só aguça a minha vontade de querer ver HOJE algum fenômeno sobrenatural/espiritual que possa ser classificado como irrefutavelmente legítimo pela atual ciência.

    Quando o assunto é o sobrenatural, o paranormal ou o mundo dos espíritos, tudo que temos são inferências e mais inferências. Ninguém consegue apresentar qualquer trabalho que seja reconhecidamente considerado conclusivo pela comunidade científica.

    E por favor, não me venha com aquele papo da física quântica, pois na verdade tudo até agora não passa de tentativas de dar uma roupagem sobrenatural para aquilo que não é ainda plenamente compreendido para ser considerado como 100% natural.

    O sobrenatural se sustenta nas brechas do conhecimento humano, porém à medida que a ciência avança estas brechas estão se tornando cada vez menores. Acredito que é questão de tempo para elas desaparecerem por completo.

    Quer dizer, desaparecerem para a ciência, porque para aquele que insiste em crer não existe argumentação contrária que possa fazê-los mudar de opinião.

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  3. Meu caro Cleiton,

    a rigor, nada há na Ciência que possa ser considerado irrefutável. Tudo o que podemos dizer em Ciência é que há fenômenos cuja autenticidade se encontra acima da dúvida razoável. Bem, considerado que emprego o termo irrefutável como significando 'algo muito acima da dúvida razoável', posso dizer que há sim fenômenos que podem ser classificados como irrefutavelmente legítimos pela Ciência. Quer exemplos? As pesquisas de Stephan A. Schwartz com psíquicos - os quais também NUNCA foram pegos em fraude. Como exemplos de tais psíquicos, posso citar Hella Hammid, George McMullen, Alan Vaughan. Esses psíquicos fizeram diversas descobertas arqueológicas, e todo o processo foi filmado e feito na presença de céticos. E foi tudo replicado. Várias vezes.

    Você tem acesso a essas pesquisas aqui:

    a)http://www.stephanaschwartz.com/PDF/Marea.pdf

    b)http://www.stephanaschwartz.com/PDF/caravel.pdf

    c)http://www.stephanaschwartz.com/PDF/Beaks_Cay%20.pdf

    d) http://www.stephanaschwartz.com/PDF/Eastern_Harbor%20.pdf

    E ainda há mais psíquicos que nunca foram pegos em fraude, por exemplo, Sean Harribance e Ingo Swann.

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  4. O propósito da postagem onde você inseriu os comentários foi o de mostrar toda a pilantragem praticada pelos médiuns que afirmam poder contatar o mundo dos espíritos.

    Nenhum dos exemplos que você citou serve como evidência de que o mundo dos espíritos ou o contato com os mortos seja uma realidade.

    Você está usando exemplos de "fenômenos" considerados como paranormais ou de Percepção Extra-Sensorial, e mesmo assim, cientificamente falando, há ainda muita controvérsia em torno deste assunto.

    Consideramos hoje como paranormal tudo aquilo que não pode ser explicado pelo nosso conhecimento científico atual sobre o funcionamento do cérebro, porém conforme a ciência avança, se tais fenômenos forem cientificamente confirmados, com certeza surgirá juntamente a explicação científica atestando de que nada existe de sobrenatural.

    Agora, voltando ao contato com o mundo dos espíritos, você teria algum exemplo cuja autenticidade se encontre acima da dúvida razoável?

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  5. Meu caro Cleiton,

    eu citei as pesquisas de Stephan Schwartz porque você havia incluído qualquer fenômeno paranormal em suas cosiderações:

    Quando o assunto é o sobrenatural, o paranormal ou o mundo dos espíritos, tudo que temos são inferências e mais inferências. Ninguém consegue apresentar qualquer trabalho que seja reconhecidamente considerado conclusivo pela comunidade científica.

    Esclarecido isso, posso dizer que há sim pesquisas que validam não só o contato com os espíritos, mas a reencarnação também. Experiências de quase morte também dão base para pensarmos em vida após a morte.

    Pesquisas recentes com médiuns:

    a) http://www.4shared.com/file/35403803/937347cb/hafstexp_traduzido.html

    b) http://www.4shared.com/file/180554175/39dd2e0d/Runki_traduzido.html

    c) http://www.4shared.com/file/196047630/f8f62b4a/gudni_traduzido.html

    Todos os artigos acima são com o médium islandês Hafsteinn Bjornsson, e foram publicados em 1974 e 1975.

    Naturalmente, há pesquisas mais recentes:

    d) http://www.4shared.com/file/35417911/d7a6c376/xadrez.html

    e)http://www.4shared.com/file/35417515/d9d1fe0b/A_DETAILED_ANALYSIS_OF_AN_IMPORTANT_CHESS_GAME_TRADUZIDO.html

    Os artigos acima foram publicados em 2006 e 2007, e dizem respeito ao médium Robert Rollans.

    Apesar de os artigos serem recentes, tanto Bjornsson quanto Rollans já morreram.

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  6. Há também pesquisas que não dizem respeito a um médium específico, foram realizadas com grupos de médiuns anônimos.

    f) http://www.explorejournal.com/article/PIIS155083070600454X/fulltext

    g) Kelly, E. W. (2007). Investigation of mediums who claim to give information about deceased persons. Unpublished Progress Report prepared for The Bial Foundation.

    O último artigo ainda não foi publicado, mas sabe-se que obteve resultados positivos. Há a seguinte descrição dos procedimentos, com leves críticas à metodologia:

    Emily Kelly (2007) recently used proxy sittings to control for sensory leakage in tests of alleged mediums. In the second phase of this experiment, which yielded significant results, she or her colleague acted as proxy sitters and recruited the real sitters from among people they knew. Kelly states that the proxy sitters knew little about the deceased individuals and sitters. The procedure involved presenting mediums with the name, birth date, and a photograph of the deceased individuals. Sensory leakage through the verbal responses of the proxy sitters to readings of the few people they did know beforehand cannot be ruled out since one of the sitters was not masked to the photos, but a comparison between the unmasked and masked proxy sitters revealed that both obtained significant results. Although the chosen photographs were considered ‘neutral’ and did not involve specific activities, it is possible that the photos allowed for the use of cold reading techniques, and sending them to the mediums in advance reduces the control for possible fraud, however unlikely. Kelly also edited the transcripts of the sessions to remove fillers and identifying information derived from the photos before the sitters actually chose which transcript referred to them. Using a masked editor would be a methodological improvement over this procedure.

    Quanto a pesquisas de reencarnação, temos:

    a) Three New Cases of the Reincarnation Type in Sri Lanka with Written Records Made before Verification (1988)Journal of Nervous and Mental Disease 176:741.

    Disponível em: http://www.4shared.com/account/file/196090607/28f81122/reencarnacao_1988.html

    b) A Replication Study: Three Cases of Children in Northern India Who Are Said to Remember a Previous Life. Journal of Scientific Exploration, Vol. 3, No. 2, pp. 133-184, 1989

    c) Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three independent investigators. Journal of American Society for Psychical Research 88, 207-219 (1994)

    Disponível em: http://www.4shared.com/file/196090764/e6698d29/replica_de_estudos_de_reencarn.html

    d) Children Who Claim to Remember Previous Lives: Cases with Written Records Made before the Previous Personality Was Identified (Spring 2005) Journal of Scientific Exploration, Vol. 19, Nº 1, Article 4

    Disponível em: http://www.4shared.com/file/152330477/bf908d8/kemal.html

    Note que há bastante replicação. Eu poderia mesmo citar outras.

    Finalmente, com relação a EQM, temos:

    a) http://www.4shared.com/file/196106772/f536f755/eqms_1998.html

    b)http://www.4shared.com/file/196107714/f2b39283/poderao_eqms_oferecer_evidenci.html

    c)
    http://www.4shared.com/account/file/152810065/ebe253ca/NDE_Caso_do_paciente_com_a_mo_.html

    O último artigo é de 2006.

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  7. As pesquisas de Stephan Schwartz citadas por você em relação aos supostos fenômenos paranormais estão muito longe de serem conclusivas em termos de ciência legítima (não me refiro a esta pseudociência que vocês espiritualistas praticam).

    Agora, aquelas “estorinhas” de fantasma procurando por sua perna ou outras experiências ridículas que você relacionou como pesquisas que validam o contato com os espíritos e a reencarnação são prá lá de esdrúxulas.

    Você não tem nada mais sério (em termos científicos) e de fontes menos tendenciosas (não vale apresentar as pesquisas do IPCE)?

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  8. Cleiton,

    vc não apresentou QUALQUER argumento para invalidar as pesquisas do Stephan. Dizer simplesmente que suas pesquisas estão longe de serem conclusivas é fácil. Difícil é apresentar argumentos que sustentem sua posição.

    O mesmo para as demais pesquisas mediúnicas, de reencarnação e de EQM que citei. Aliás, por que meu post que veio logo depois (citando essas outras pesquisas) não foi inserido, posso saber?

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  9. Minha querida criança (Enfant), você está me parecendo muito desesperado para provar que tem razão!

    Calma lá meu amigo. O seu comentário posterior não foi publicado porque até então ele não havia sido disponibilizado pelo blogger (ou pode ser meu computador que está muito lento). Pronto, ele está aí publicado. Está mais calmo agora?

    Você se engana se pensa que irei sair refutando a “toque de caixa” todo e qualquer material apresentado neste espaço reservado para alguns breves comentários. A princípio coloco aqui apenas um resumo das minhas conclusões, porém quando eu achar que algum assunto é suficientemente relevante, ele acabará transformando-se em uma nova postagem. Mas por aquilo que vi na sua “listinha”, acho que não será o caso (pouca coisa se salva ali).

    Mas entenda bem, este é apenas o meu ponto de vista. Você tem todo o direito de acreditar naquilo que quiser. Só não tente querer me obrigar a ver as coisas da mesma maneira que você as vê. Se para você aquele monte de “casos” é suficiente para lhe convencer da realidade do mundo dos espíritos, para mim não são e ponto.

    Agindo como você está agindo dá a entender que se sente inseguro em relação às suas “crenças” e por isso sai por aí exigindo de todos aqueles que pensam de forma diferente à sua que provem que você está errado.

    Até parece que você está querendo me converter (rs).

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  10. Você está querendo me pintar como crédulo. Acontece que eu não acredito em vida após a morte. Eu concluo em vida após a morte. Quem crê não precisa de evidências. Quem conclui sim.

    E como você afirmou que as pesquisas de Stephan "estão muito longe de serem conclusivas em termos de ciência legítima", você fez uma afirmação e lhe cabe o ônus da prova. Eu quero entender por que você acha isso. Você diz isso por que de fato leu os artigos ou é somente preconceito? Como são artigos longos, e 4 no todo, realmente duvido que você tenha tido tempo de analisá-los detalhadamente, de uma maneira responsável, e isso diz para mim que sua afirmação nada mais é do que sua expressão de puro preconceito.

    Marcelo Truzzi descreve bem o seu tipo:

    Críticos que fazem alegações negativas, mas que erradamente se chamam "céticos", freqüentemente agem como se não tivessem absolutamente nenhum ônus da prova sobre eles, ainda que tal posição só seria apropriada para o cético agnóstico ou verdadeiro.

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  11. Quer dizer então que o Enfant Terrible não é um crédulo? Você concluiu na realidade da vida após a morte com base naquele material de segunda categoria que me apresentou? Se for assim, não se iluda, você é um crente mais crédulo do que aqueles crentes bitolados e fanáticos que ficam pousando arrogantemente como donos da verdade só porque vestiram suas crenças com as vestes da pseudociência.

    Eu acredito que já fui muito claro na minha resposta anterior onde disse que quando eu achar que uma argumentação é relevante e mereça minha atenção, então a transformarei em uma postagem onde me dedicarei a uma análise mais acurada. Não pense você que perderei o meu tempo com qualquer pesquisa de fundo de quintal como estas que você apresentou. Eu tenho mais o que fazer.

    Caso queira chamar-me de preconceituoso, sinta-se à vontade. Não irei entrar no seu jogo só por causa disto. Continuarei dedicando atenção responsável somente para aquilo que merece tal atenção.

    Aliás, eu nem sei por que estou dando atenção assim a um anônimo que se esconde atrás de um pseudônimo tão infantil como “Enfant Terrible” (rs). Esta será a última vez que lhe responderei sem antes saber de fato com quem estou falando. Quero saber o seu nome e o site na internet onde divulga suas “crenças” (se é que possui algum). De repente estou dando a atenção para um doido qualquer e perdendo meu precioso tempo. Vai saber...

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  12. O "material de segunda", meu caro, passou pela revisão por pares, foi apresentado no Annual Meentings of Anthropology and Archeology, submetido e aceito pela Society for Marine Archaeology entre outras sociedades científicas, contou com a ajuda do MIT e diversos governos locais. Você realmente não leu os artigos do Stephan e é nítido que você não tem a mínima ideia do que está falando.

    Meu nome é Vitor Moura Visoni, tenho um site e um blog, o site é o "Existem Espíritos", em http://existemespiritos.reblogado.com/, e o blog é o "Obras Psicografadas", em http://obraspsicografadas.haaan.com/

    Ao ler o "Obras Psicografadas", em especial, você verá o quão infundada foi sua asserção de que sou um "crédulo fanático".

    As pesquisas de reencarnação também passaram pela revisão por pares e especialmente o artigo de 1988 com os 3 casos no Sri Lanka foi publicado numa revista com fator de impacto na comunidade científica, o Journal of Nervous and Mental Diseases (esse jornal consta na base CAPES, se quiser conferir).

    Agora, já que você quis saber tanto a meu respeito, acho que tenho o direito de fazer-lhe algumas perguntas:

    1) Você é parente do famoso Carlos M. de Heredia?

    2) Você já publicou artigos em revistas científicas? Quais?

    3) Em quais línguas você é ao menos razoavelmente fluente?

    Apenas isso (por enquanto).

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  13. Victor Moura, você é um iludido!

    Apega-se com unha e dentes a estes artigos de segunda categoria e a estas pesquisas de fundo de quintal, pois é tudo o que você tem para manter viva a sua FÉ de que a morte não é o ponto final em termos de existência consciente e pessoal.

    Tudo bem, não o condeno por isto. Cada um é livre para escolher o tipo de esperança que quer ter na vida, não importando se real ou não. Se ela te satisfaz e lhe dá condições de viver mais tranqüilo, vá em frente.

    Só pare com esta mania de tentar convencer os outros na marra exigindo que valorizem da mesma forma que você este amontoado de textos que você tanto venera, bem como achar que todos os discordantes são obrigados a refutarem linha por linha de tudo que você apresenta.

    Agora, se insistir em querer me convencer que o mundo dos espíritos é real, então vamos acabar com toda esta teoria enfadonha e todo este blá, blá, blá, e vamos então para um experimento bem simples, prático e incontestável (pelo menos para mim).

    Eu reunirei alguns amigos ilusionistas (os melhores deste país), juntamente com alguns céticos de destaque, e vamos realizar uma sessão espírita onde ocorra algum tipo de fenômeno sobrenatural que prove que os espíritos existem. Estará também presente uma equipe de filmagem e alguns repórteres para documentar tudo que irá acontecer.

    E aí? Aceita o desafio?

    P.S.: Quantos às suas perguntas, por que não consulta algum espírito para que lhe dê as respostas certas e depois me escreve falando quais são?

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  14. Vejamos o que dizem alguns céticos famosos de bom conhecimento científico sobre o material que você chama "de segunda categoria":

    Carl Sagan

    No momento em que escrevo, acho que três alegações no campo da percepção extra-sensorial (ESP) merecem estudo sério: (1) que os seres humanos conseguem (mal) influir nos geradores de números aleatórios em computadores usando apenas o pensamento; (2) que as pessoas sob privação sensorial branda conseguem receber pensamentos ou imagens que foram nelas “projetados”; e (3) que as crianças pequenas às vezes relatam detalhes de uma vida anterior que se revelam precisos ao serem verificados, e que não poderiam ser conhecidos exceto pela reencarnação. Não apresento essas afirmações por achar provável que sejam válidas (não acho), mas como exemplos de afirmações que poderiam ser verdade. Elas têm, pelo menos, um fundamento experimental, embora ainda dúbio. Claro, eu posso estar errado.

    Fonte: O Mundo Assombrado pelos Demônios, 1995

    Arthur C. Clarke

    Em algum lugar, tenho minha chave da porta entortada por Uri Geller. Não descarto a possibilidade de todos os tipos de poderes mentais notáveis – há mesmo coisas como telecinese etc. E estou seguro que há muitas coisas que não sabemos a respeito. Mas elas devem ser examinadas ceticamente antes de serem aceitas.

    Um exemplo é a reencarnação, que todo mundo no Sri Lanka acredita. Um americano, o Dr. Stevenson, escreveu muitos artigos sobre isso, e realizou estudos de aproximadamente 50 casos que são difíceis de explicar. Mas o problema com a reencarnação é que é difícil de imaginar qual o meio de armazenamento que haveria para as vidas passadas. Para não mencionar o dispositivo de entrada-saída. Hesito em descartá-la completamente, mas eu precisaria de uma excelente prova definitiva.


    Fonte: http://www.secularhumanism.org/library/fi/clarke_19_2.html, ou Free Inquiry magazine, Volume 19, Number 2.

    Sam Harris

    Minha opinião sobre o paranormal: PES, reencarnação, etc.:

    Minha posição sobre o paranormal é essa: Embora tenha havido muitas fraudes na história da parapsicologia, acredito que este campo de estudo foi injustamente estigmatizado. Se alguns psicólogos experimentais querem gastar seus dias estudando telepatia, ou os efeitos da oração, estarei interessado em saber o que eles descobriram. E se é verdade que jovens crianças ocasionalmente começam a falar em idiomas antigos (como Ian Stevenson alega), eu gostaria de saber sobre isso. No entanto, não gastei qualquer tempo para tentar autenticar os dados fornecidos em livros como O Universo Consciente, de Dean Radin, ou 20 Casos Sugestivos de Reencarnação, de Ian Stevenson. O fato que não gasto meu tempo nisso sugere quão valioso de meu tempo penso que tal projeto seria. Ainda assim, achei esses livros interessantes, e eu não posso categoricamente descartar seu conteúdo da mesma forma que eu posso descartar as afirmações de dogmatistas religiosos. (Aqui, faço uma observação sobre gradações de certeza: posso dizer com certeza que um século de experimentação prova que a telepatia não existe? Parece-me que pessoas razoáveis podem discordar sobre os dados. Posso dizer com certeza que a Bíblia e o Alcorão mostram todo sinal de terem sido escritos por mortais ignorantes? Sim. E essa é a única certeza que se precisa para se descartar o Deus de Abraão como uma criatura ficcional).


    Fonte:http://www.samharris.org/site/full_text/response-to-controversy2/

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  15. Esses são céticos internacionais que pararam para estudar minimamente a evidência que ofereci a você. Note como a opinião deles é muitíssimo mais respeitável que a sua...

    Quanto ao seu "desafio", não vi a mínima diferença do que você pediu para o que Stephan Schwartz realizou com psíquicos, com a exceção que na pesquisa de Stephan não havia mágicos, devido à completa falta de necessidade da presença deles. Porém havia céticos, equipe de filmagem, tudo perfeitamente documentado. Se as pesquisas de Stephan - as quais você NÃO leu -não foram capazes de convencê-lo sequer da existência de fenômenos paranormais, não será esse seu "experimento" extremamente vago - "onde ocorra algum (????) tipo de fenômeno sobrenatural que prove que os espíritos existem" - que irá fazê-lo.

    E já que você não me respondeu às perguntas que fiz, vejo que perdi meu tempo conversando com alguém incapaz de arcar com o mesmo ônus que cobra dos outros. Também vi que você não possui o mínimo conhecimento em Ciência para discutir os assuntos que se propôs. Também vi que de cético você não tem um fio de cabelo. É, meu caro. Você é só mais um pseudo-cético. Fique com sua crença materialista, mas, por favor, não critique o trabalho dos outros sem ao menos lê-lo. Pega mal pra caramba :-)

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  16. A mesma resposta evasiva de todos os espíritas quando confrontados para um desafio prático. Lamentável!

    Pelo menos os espíritas do século passado eram mais corajosos. Acho que vocês finalmente aprenderam a lição de que não podem aceitar desafios semelhantes sem incorrerem o risco de serem desmascarados em fraudes ou ficarem com cara de “tacho” quando nada acontece.

    Seu último parágrafo demonstra claramente como ficou irritado por não poder obter as respostas que fez dos espíritos que acredita. Aquilo também foi um teste. Será que você não conhece nenhuma boa alma desencarnada que poderia lhe fornecer estas respostas e assim libertar uma pobre alma como a minha das garras do ceticismo e do materialismo?

    Continuarei sim criticando aquilo que eu considero relevante ao ponto de ter uma crítica minha, pois não acredito que seja isso que “pegue mal prá caramba” (rs). O que pega mal prá caramba é fugir da raia como você fez.

    Por favor, só volte a me escrever quando for para aceitar o desafio que eu lhe fiz.

    Fique na paz!

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  17. Caro Cleiton Heredia.

    Parabéns pelo seu blog. Está muito bem organizado e esclarecedor. No entanto, discordo de algumas de suas posições por achar que há um certo proselitismo( se me permite fazer tal colocação).

    Gostaria de tecer alguns comentários sobre algumas colocações e posturas:

    1) Acho um tanto precipitado assumir que, se determinada pessoa estuda a Parapsicologia e/ou fenômenos relacionados, esta deverá ser taxada de espírita, de espiritualista ou de crédula. Vejo aí uma forma de ad hominen que, como sabemos, não é produtiva. Grandes cientistas e estudiosos do passado eram religiosos, vide Gregor Mendel e Isaac Newton. Não creio que religião seja necessariamente associado à ignorância. Mesmo assim, se alguém defende a bandeira do "paranormal" isso não torna a pessoa "crente". No Brasil, como exemplo de parapsicólogo ateu, temos o eminente Wellington Zangari.

    Em tempo: sou agnóstico.

    2) Penso que o "paranormal" é algo muito mais estabelecido cientificamente do que você sabe( ou julga saber). Aliás, o termo "paranormal" é um tremendo mal-entendido, uma vez que se determinado evento acontece, ele tem que ser algo necessariamente natural, embora incomum. A meu ver, o completo entendimento do funcionamento do cérebro não fechará as brechas dos fenômenos psiquicos. Vide, por exemplo, as referências em revistas peer-reviewed sobre Neurociência e Psiquiatria onde o "paranormal" é abordado( e defendido):

    -The Neuropsychiatry of Paranormal Experiences
    Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences 13:515-524, November 2001
    Michael A. Persinger

    -Neurobehavioral and Neurometabolic (SPECT) Correlates of Paranormal Information: Involvement of the Right Hemisphere and its Sensitivity to Weak Complex Magnetic Fields”
    International Journal of Neuroscience, Vol 112, No. 2, Feb. 2002, pp. 197-224.
    Dr. Roll, Dr. Persinger, Dr. Webster, Tiller, Cook

    -Remote viewing with the artist Ingo Swann: neuropsychological profile, electroencephalographic correlates, magnetic resonance imaging (MRI), and possible mechanisms. Percept Mot Skills. 2002 Jun; 94(3 Pt 1):927-49.

    -American Children Who Claim to Remember Previous Lives by Dr. Ian Stevenson. (J. Nerv. Ment. Dis. 171:742-748, 1983.)

    -The Southeast Asian Interpretation of Gender Dysphoria: An Illustrative Case Report by Dr. Ian Stevenson. (J. Nerv. Ment. Dis. 165:201-208, 1977.)

    -Lancet 2000 Feb 5;355(9202):460-3 -
    Article Title: Dissociation in people who have near-death experiences: out of their bodies or out of their minds?

    -- Lancet 1999 Apr 17;353(9161):1359-60. Article Title: Past lives of twins. Stevenson I.

    -JAMA 1979 Jul 20;242(3):265-7. Article Title: Near-death experiences. Relevance to the question of survival after death. Stevenson I, Greyson B.

    -J Nerv Ment Dis 1988 Dec;176(12):741. Article Title: Three new cases of the reincarnation type in Sri Lanka with written records made before verification. Stevenson I, Samararatne G.

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  18. Continuando....

    Veja, por exemplo, a opinião do revisor do JAMA( mais referendado periódico médico do mundo- Fator de Impacto-11.435).


    Lester S. King, editor de crítica do JAMA: The Journal of the American Medical Association, escreveu que, “com respeito à reencarnação, [Stevenson] coletou cuidadosa e desapaixonadamente uma pormenorizada série de casos ocorridos na Índia, nos quais a evidência é difícil de explicar sob qualquer ponto de vista.” E acrescentou: “Ele registrou uma quantidade de dados tão grande que não pode ser ignorada.”


    Tudo isso extraído de perídicos respeitabilíssimos da comunidade científica.

    Curioso, não? Note que isso não está na literatura de Allan Kardec e sim, em periódicos de impacto na comunidade cinetífica.

    Há mais:

    -Em 1977, o Journal of Nervous and Mental Disease reservou boa parte de um número ao trabalho sobre reencarnação do Dr. Stevenson. Incluía um artigo do pesquisador, comentado por outros especialistas. O Dr. Harold Lief, figura das mais acatadas no campo da psiquiatria, escreveu um dos comentários. Descrevia o Dr. Stevenson como “um investigador metódico, prudente, cauteloso mesmo e de personalidade teimosa.” Dizia também:

    “Ou ele está cometendo um engano colossal ou será conhecido [...] como ‘o Galileu do século XX.’”

    Além do mais, a Ciência não é uma instituição de verdades imutáveis. O que hoje pode ser algo insólito, pode ser um fato bem estabelecido a posteriori. A Anestesiologia, a Teoria das Placas Tectônicas, a existência de micróbios e e a assepsia eram tidos como "mitos". Hoje são bem aceitos. O próprio EEG foi criado, curiosamente, para se estudar o "paranormal". Essa passagem está descrita no livro "Mentes Interligadas" de Dean radin, PhD.

    3)Não penso que desafios de qualquer espécie sejam úteis na comprovação ou reprovação de qualquer fenômeno. O próprio Carl Sagan afirmou que "ausência de evidência não implica em evidência de ausência". Mesmo assim, existe ilusionistas, em número razoável, que defendem a existências dos fenômenos:

    http://www.tricksterbook.com/ArticlesOnline/MagWhoEndors.htm

    Por fim, embora acho que o debate com o outro interlocutor tenha tomado um rumo de animosidades, penso que a discussão sobre tais fenômenos pode ocorrer em melhores ares.

    No entanto, não o critico por chamar de "embusteiros" os ditos "paranormais". Só acho preconceituoso( e um tanto irresposável) chamar os que defendem esses fenômenos de "crentes"( o que me soa como ignorante").
    Penso que tal postura deveria ser reconsiderada.

    No mais parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa do blog.

    Abraços fraternos

    Mozart

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  19. DEFINIÇÃO DE PROSELITISMO: É o intento, zelo, diligência, empenho ativista de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, idéia ou religião (proselitismo religioso).

    Mozart Rolim,

    Não sou proselitista no sentido de sair por aí pregando minhas convicções e tentando angariar as pessoas para o meu lado. Porém, aqui dentro do espaço do meu blog apresento e defendo as minhas idéias da melhor maneira que posso. Não faço mala direta ou qualquer tipo de propaganda para as pessoas lerem meu blog. Lê quem quer e o que quer. Portanto, tomando o sentido exato do significado deste termo, não creio que se seria correto chamar-me de proselitista.

    Quanto aos seus comentários:

    1a) Concordo contigo que não podemos confundir Parapsicologia com Espiritismo, porém quando entramos no campo dos fenômenos sobrenaturais, na minha maneira de ver, os dois se encontram no mesmo nível. Assim como não creio que exista vida após a morte, também não creio que uma pessoa possa sair levitando com a força do pensamento. Se um objeto levitar na minha frente, não importa se você diz que é um espírito ou o pensamento que o está movendo, pois eu não irei acreditar em nenhuma das duas possibilidades e com certeza me empenharei para revelar a fraude por trás do suposto fenômeno.

    1b) Religião não está associada (necessariamente) à ignorância, mas está associada indiscutivelmente à FÉ. E fé é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém. Parapsicologia não é religião, mas espiritismo é. Existe uma grande diferença entre se admitir a possibilidade da existência de alguns processos mentais naturais, mas ainda desconhecidos pela ciência (e portanto considerados como paranormais), e a crença no mundo dos espíritos ou mesmo na reencarnação. Assim como as pessoas que defendem a existência de Deus, os espíritas que defendem a existência dos espíritos desencarnados podem até se valerem de algum tipo de argumentação lógica, porém nunca conseguirão ir para um laboratório e afirmar de forma cientificamente irrefutável: "Aqui está Deus" ou “Aqui está o espírito do seu avô que morreu; aqui está o DNA espiritual, a molécula espiritual ou o átomo espiritual”. Tudo que teístas e espíritas possuem são algumas evidências que segundo a interpretação deles podem sugerir a possibilidade da existência de um Ser superior ou de uma entidade espiritual consciente pós-morte, porém não possuem provas conclusivas. Portanto, se alguém afirmar taxativamente: “Deus existe” ou “Espíritos existem”, está fazendo se valendo da FÉ. Se não existem provas conclusivas e inquestionáveis para manter algo que se afirme, tal afirmação só poderá ser feita mediante a fé, mesmo que esta fé tenha alguns pontos favoráveis que a sustentem de forma racional.

    2a) Concordo plenamento contigo quando diz: “O termo ‘paranormal’ é um tremendo mal-entendido, uma vez que se determinado evento acontece, ele tem que ser algo necessariamente natural, embora incomum”. É exatamente isto que eu acredito e defendo: NÃO EXISTE O SOBRENATURAL. Campo magnético, ondas de freqüência, radiação, impulsos elétricos, estática, fóton, tempo, espaço, etc.,TUDO FAZ PARTE DO MUNDO NATURAL.

    Continua...

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  20. Continuação...

    2b) Lester S. King (editor de crítica do The Journal of the American Medical Association) atesta as pesquisas de Stevenson sobre a reencarnação. E daí? Ele é apenas um. E o restante da comunidade científica? Será que todos os pesquisadores que lêem este jornal concordaram com o ponto de vista de Lester? O que os espíritas fazem em relação a estes periódicos da comunidade científica é “pinçar” somente o que lhe interessa: “Se a opinião do Dr. Harold Lief é favorável à pesquisa de Stevenson então vamos mencioná-la”. Mas e quanto às opiniões contrárias? Será que todos concordaram com tudo que foi dito naquela ocasião? Por que você não me mostra que é imparcial e escreve um artigo contendo TODAS as opiniões contrárias de outros pesquisadores e cientistas em relação ao trabalho de Stevenson?

    3a) Os desafios de qualquer espécie não são úteis na comprovação ou reprovação de qualquer fenômeno somente quando não convém aos desafiados. Todos os espíritas fogem da raia quando desafiados a provarem a existência real dos espíritos por uma simples razão: ESPÍRITOS NÃO EXISTEM! As coisas fantásticas como materializações, ectoplasma e fenômenos sobrenaturais diversos só acontecem na presença daqueles que estão convencidos que o espiritismo é uma verdade ou diante daqueles que não possuem percepção suficiente para saberem que estão sendo enganados. Não é sem razão que os espíritas que usam algum tipo de fenômeno sobrenatural para evidenciar suas crenças morrem de medo dos ilusionistas (Eles sabem como as coisas funcionam nos bastidores).

    3b) Ausência de evidência não implica em evidência de ausência, mas não é por causa disto que sou obrigado a aceitar como plausível qualquer idéia absurda que me apresentem. Exemplo: Seria um absurdo alguém usar esta frase de Carl Sagan para evitar que eu simplesmente despreze sua idéia maluca de que o centro do Sol é habitado por seres alienígenas. Não crer nesta maluquice ou nos espíritos, para mim, é apenas uma questão de bom senso.

    Obrigado por ler o meu blog e pelos seus comentários que sempre serão muito bem vindos. Posso não concordar com nada, mas sempre serão muito bem vindos. (rs)

    Um forte abraço.

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  21. Meu caro Evant Terrible,

    Você tem um site dedicado à provar cientificamente a existência de espíritos, mas não usa da mais elementar ferramenta científica: O experimento.

    Demonstrar a existência de espíritos usando de repetidos experimentos em ambientes controlados não seria muito mais eficiente do que discussões acerca de experimentos de décadas atrás? Faça experimentos. E se alguém que ainda não viu ousar duvidar, faça de novo. Se não pode fazer, fale com quem possa.

    Se forem experimentos legítimos, os questionadores é que farão o papel de crédulos teimosos, e não você.

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  22. Caro Cleiton

    Interessantes comentários os seus. Vou fazer uma réplica. Vai ser um pouco demorada, uma vez que discutirei cada trecho de sua argumentação. De antemão quero deixar claro dois propósitos:

    -Não desejo alimentar um debate beligerante, uma vez que num clima de animosidade perde-se o bom senso.

    -Não estou aqui pra convencê-lo das minhas convicções. A minha intenção aqui é apontar algumas falhas no seu julgamento ante defensores dos fenômenos ditos "paranormais".

    Deixando claro isto, iniciarei com uma frase do iminente psicanalista Carl G. Juhg:

    "Não cometerei a falácia tão em voga hoje em dia de chamar de fraude tudo aquilo que não posso explicar."

    1a) Concordo contigo que não podemos confundir Parapsicologia com Espiritismo, porém quando entramos no campo dos fenômenos sobrenaturais, na minha maneira de ver, os dois se encontram no mesmo nível. Assim como não creio que exista vida após a morte, também não creio que uma pessoa possa sair levitando com a força do pensamento. Se um objeto levitar na minha frente, não importa se você diz que é um espírito ou o pensamento que o está movendo, pois eu não irei acreditar em nenhuma das duas possibilidades e com certeza me empenharei para revelar a fraude por trás do suposto fenômeno.


    Resp.) Acho que você tem uma noção equivocada sobre Parapsicologia e, mesmo sobre fenômenos "paranormais". Desde a década de 1930, a Parapsicologia não se detém aos estudos de fenômenos tais como você apresentou. J. B. Rhine, o pai da Parapsicologia moderna, estudou fenômenos bem menos exuberantes, mas não menos impressionantes. A telepatia, como nos modernos experimentos ganzfeld, se deu em ambiente estritamente controlado, com o isolamento sensorial e vigilância absoluta do sujeito sob boa iluminação. Todo o rigor laboratorial possível, penso eu, evitaria a possibilidade de fraude. Se fraudes em ambientes laboratoriais fossem comuns, penso que todo o estabelecimento científico, desde as suas fundações, estaria ameaçado.

    Mesmo com todo o rigor, a pesquisa de Rhine e seus sucessores até hoje tem dado resultados positivos. Os achados tem sido replicados aos montes e mesmo céticos, vide Stanley Jeffers e Richard Wiseman( que também é um tatentoso ilusionista) obtiveram resultados positivos. Ressalto que aqui não defendo levitações e materializações( esses fenômenos por si só não são a base da Parapsicologia, embora tenha sido outrora)

    Experimentos em PK e visão remota também foram bem sucedidos e replicados à exaustão por instituições de altíssimo nível, como as Universidades de Princeton e Stanford. Vi que você é amigo do dr. Zangari. Se quiser peça também a opinião dele, uma vez que ele também é ilusionista.

    Continua...

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  23. 1b) Religião não está associada (necessariamente) à ignorância, mas está associada indiscutivelmente à FÉ. E fé é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém. Parapsicologia não é religião, mas espiritismo é. Existe uma grande diferença entre se admitir a possibilidade da existência de alguns processos mentais naturais, mas ainda desconhecidos pela ciência (e portanto considerados como paranormais), e a crença no mundo dos espíritos ou mesmo na reencarnação. Assim como as pessoas que defendem a existência de Deus, os espíritas que defendem a existência dos espíritos desencarnados podem até se valerem de algum tipo de argumentação lógica, porém nunca conseguirão ir para um laboratório e afirmar de forma cientificamente irrefutável: "Aqui está Deus" ou “Aqui está o espírito do seu avô que morreu; aqui está o DNA espiritual, a molécula espiritual ou o átomo espiritual”. Tudo que teístas e espíritas possuem são algumas evidências que segundo a interpretação deles podem sugerir a possibilidade da existência de um Ser superior ou de uma entidade espiritual consciente pós-morte, porém não possuem provas conclusivas. Portanto, se alguém afirmar taxativamente: “Deus existe” ou “Espíritos existem”, está fazendo se valendo da FÉ. Se não existem provas conclusivas e inquestionáveis para manter algo que se afirme, tal afirmação só poderá ser feita mediante a fé, mesmo que esta fé tenha alguns pontos favoráveis que a sustentem de forma racional.

    Resp: Antes reitero, NÃO SOU ESPÍRITA, NEM TEÍSTA. Grifei para que não haja incorreções no seu julgamento frente à minha pessoa. Sendo assim, vou continuar.

    O fato de se argumentar pela vida depois da morte e/ou reencarnação NÃO exige um viés religioso. As pesquisas que postei antes foram apresentadas em periódicos de vanguarda e extremamente respeitados em toda a comunidade científica. Isso prova a vida depois da morte e a reencarnação??? Não, não provam, mas transfere de mera crença para uma possibilidade empírica. Nesse momento, você pode perguntar se acredito na vida depois da morte e/ou reencarnação. Eu diria que no nosso atual estágio de conhecimento não é possível descartar essas possibilidades em absoluto. Os fenõmenos psi devidamente replicados fornecem amparo filosófico o suficiente para discutir questões difíceis, como a relação mente-corpo.

    Com relação ao conceito de evidência e prova, é fundamental destacar que evidência implica em uma possibilidade empírica. Já a prova em absoluto é muito difícil de se obter fora da Matemática ou Física. Assim, penso que o que podemos inferir disso é que a prova em absoluto desses fenômenos não será possível. Penso que podemos, sim, acumunlar evidência que nos forneça possibilidades reais.

    Continua....

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  24. Carlos H. Barth,

    quem disse que não existem experimentos? Há experimentos tanto nas pesquisas mediúnicas quanto em reencarnação. Piper e Osborne foram duas médiuns que se sujeitaram a todo e qualquer experimento científico em ambiente controlado por 40 anos cada. Houve altíssima replicação por pesquisadores independentes.

    Atualmente as pesquisas mediunicas continuam sendo replicadas, por exemplo, Archie Roy, Gary Schwartz e Emily Kelly obtiveram resultados significativos em suas pesquisas.

    Para conferir teste controlados em reencarnação, cito dois exemplos:

    a) http://existemespiritos.reblogado.com/gnanatilleka.htm

    b)http://existemespiritos.reblogado.com/machoehninhtet.htm

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  25. Concordo plenamento contigo quando diz: “O termo ‘paranormal’ é um tremendo mal-entendido, uma vez que se determinado evento acontece, ele tem que ser algo necessariamente natural, embora incomum”. É exatamente isto que eu acredito e defendo: NÃO EXISTE O SOBRENATURAL. Campo magnético, ondas de freqüência, radiação, impulsos elétricos, estática, fóton, tempo, espaço, etc.,TUDO FAZ PARTE DO MUNDO NATURAL

    Resp.) Para te responder adequadamente essa passagem teria que fazer um vasto levantamento bibliográfico para te indicar as referências. Evitando delongas, farei uma sintese pormenorizada.

    Um grande problema para a aceitação da parapsicologia o fenômenos "paranormais" não é carência de observação do fenõmenos, mas sim uma forma de explicá-lo adequadamente( modus operandi). Segundo John Palmer( depois eu procuro a referência) afirmou certa feita que a PSI não parece obedecer as leis físicas CONHECIDAS e NEM TEMPO E ESPAÇO( grifo meu). O quero dizer com isso??? Quero dizer que os fenômenos PSI, caso existam( e estou muito inclinado nessa possibilidade) não funcionam como os como "campo magnético, ondas de freqüência, radiação, impulsos elétricos, estática, fóton, tempo, espaço, etc". É algo ainda totalmente inexplicado e confuso.
    Por exemplo, existem experimentos com indivíduos em isolamento espacial, sensorial e eletromagnético( gaiolas de Faraday), onde houve uma incrível correlação( semelhança) entre seus EEG no mesmo intervalo de tempo. Ora, se houve um isolamento bastante rigoroso, impedindo inclusive radiações eletromagnéticas, então conclui-se que nenhum tipo de onda( conhecida) medeia tais interações.

    Arrematando, ao contrário dos que muitos podem imaginar, a PSI pode sim ter explicações materialistas e ainda assim ser "paranormal". Ainda temos muito o que percorrer, por exemplo, em explicar coisas mais prosaicas, como encontrar uma teoria que reconcilie a Relatividade e a Mecânica Quântica. Imagine só explicar os fenômenos em questão, que envolvem subjetividades e estados mentais.

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  26. 2b) Lester S. King (editor de crítica do The Journal of the American Medical Association) atesta as pesquisas de Stevenson sobre a reencarnação. E daí? Ele é apenas um. E o restante da comunidade científica? Será que todos os pesquisadores que lêem este jornal concordaram com o ponto de vista de Lester? O que os espíritas fazem em relação a estes periódicos da comunidade científica é “pinçar” somente o que lhe interessa: “Se a opinião do Dr. Harold Lief é favorável à pesquisa de Stevenson então vamos mencioná-la”. Mas e quanto às opiniões contrárias? Será que todos concordaram com tudo que foi dito naquela ocasião? Por que você não me mostra que é imparcial e escreve um artigo contendo TODAS as opiniões contrárias de outros pesquisadores e cientistas em relação ao trabalho de Stevenson


    Resp.) Em primeiro, você me cobrou imparcialidade. Claro que posso incluir aqui as referências em oposição às de Stevenson e cols. Mas também cobro imparcialidade quando você afirmou que essas eram "material de segunda". Gostaria que me expuse-se por que. Se a pesquisa foi realizada, encontrou dados relevantes, passou pelo o crivo de um revisor e o "material de segunda" foi publicado numa "revista de primeira", por que taxá-la desse modo? Não acredito em reencarnação, por incrível que possa parecer, mas ainda não vejo motivos, nem argumentos sólidos o suficiente para rejeitá-la( vai ser agnóstico assim na China, rsrsrsrsrs).

    Quanto aos consensos, esses são raríssimos em ciência. Isso é o que a torna especial: a discordância. A discordãncia e a dúvida são o que fazem a ciência avançar em diversas frentes e, ainda, retroagir e revisar quando necessário. Sei que a grande maioria dos cientistas não concorda com os achados de Stevenson( a própria esposa dele discordava dele), mas também tenho certeza de que a mesma massa de cientistas sequer leu qualquer trabalho dele. Essa negação dogmática também é uma forma de crença. E a Ciência, como empreendimento humano, também padece dela.

    O fato de que a maioria da comunidade científica discordar não implica que esteja correta. Aliás, isso é o que é chamado de "apelo aos números". A Teoria da Evolução só teve dois proponentes no início( Charles Darwin e Alfred R. Wallace) e hoje sabemos que ela está muito bem sedimentada. Recomendo ( conforme sua disposição, claro) que leia algum trabalho dessa linha. Sei que não irá convencê-lo, mas poderia lhe fornecer insumos para uma crítica mais abrangente.

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  27. 3a) Os desafios de qualquer espécie não são úteis na comprovação ou reprovação de qualquer fenômeno somente quando não convém aos desafiados. Todos os espíritas fogem da raia quando desafiados a provarem a existência real dos espíritos por uma simples razão: ESPÍRITOS NÃO EXISTEM! As coisas fantásticas como materializações, ectoplasma e fenômenos sobrenaturais diversos só acontecem na presença daqueles que estão convencidos que o espiritismo é uma verdade ou diante daqueles que não possuem percepção suficiente para saberem que estão sendo enganados. Não é sem razão que os espíritas que usam algum tipo de fenômeno sobrenatural para evidenciar suas crenças morrem de medo dos ilusionistas (Eles sabem como as coisas funcionam nos bastidores).

    Resp.) Acho que esse trecho foi devidamente comentado em posts anteriores. Mas só pra ressaltar: NÃO DEFENDO MATERIALIZAÇÕES, LEVITAÇÕES, APORTES E OUTROS DO GÊNERO.

    Penso que a Parapsicologia jaz em fenômenos bem mais "palpáveis" e bem estabelecidos que aqueles.

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  28. 3b) Ausência de evidência não implica em evidência de ausência, mas não é por causa disto que sou obrigado a aceitar como plausível qualquer idéia absurda que me apresentem. Exemplo: Seria um absurdo alguém usar esta frase de Carl Sagan para evitar que eu simplesmente despreze sua idéia maluca de que o centro do Sol é habitado por seres alienígenas. Não crer nesta maluquice ou nos espíritos, para mim, é apenas uma questão de bom senso.

    Resp.) RSRSRSRSRSRSRSRS. Também não exageremos, né? O conceito de idéias malucas sempre fizeram parte da ciência( não incluí alienígenas morando no núcleo do Sol, ok?). Mas para que algo mais, maluco do que a Mecânica Quantica???( atenção: não estou fazendo associação dela com os fenômenos) É simplesmente bizarra!!! Mas ainda assim, existente. Numa entrevista à Revista Veja, o astrofísico laureado pelo Nobel, George Smoot, fez a seguinte declaração:

    "Como cientista, eu prefiro ACREDITAR que o Universo seja mais simples do que imaginamos. Do contrário talvez nunca possamos explicá-lo totalmente."

    O que dizer disso? Na minha opinião duas coisas. Primeiro, a Ciência também tem lá seu lado devoto, pois muito do que se advoga sobre muitos campos do conhecimento ainda está em franca ascenção. Não sou físico, mas o famoso Bóson de Higgs ou Partícula de Deus, existe no papel. na prática ainda não foi encontrado. O mesmo vale para a teoria dos Universos Paralelos, Supercordas, entre outros.

    Segundo, e se o Universo for taõ complicado como Smoot teme? É possível que muitos fatos científicos estejam aquém do nosso conhecimento e vivamos sempre em lacunas.

    Diante dessas elucubrações, posso até não estar sendo produtivo, mas prefiro permanecer na dúvida
    do que numa certeza incompleta.

    Continua...

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  29. Obrigado por ler o meu blog e pelos seus comentários que sempre serão muito bem vindos. Posso não concordar com nada, mas sempre serão muito bem vindos. (rs)

    Resp.) Por fim deixo aqui as minhas sinceras considerações a agradecimentos pela a atenção dispensada. Conforme disse, não tenho a intenção de convencê-lo( nem "convertê-lo"), mas acho que algumas posições suas careciam de alguma crítica( construtiva). Espero que após ler esses pequenos( pero no mucho) extrato, você tenha uma idéia diferente sobre "paranormalidade" e defensores dela( ainda que não dê créditos).

    Procurei manter um tom amigável, visando um debate saudável e esclarecedor. Se pareci ácido ou agressivo em qualquer passagem, esse humilde interlocutor de ante mão pede suas apoloigias.


    Abraços fraternos.

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  30. Mozart Rolim,

    Achei muito interessante sua réplica aos meus comentários, pois me pareceu muito ponderada, comedida e de um bom senso muito convincente. Isto não signica que concordei com tudo que escreveu, mas que apreciei sua maneira de argumentar.

    Estive dando uma olhada no seu blog paraPsi e encontrei ali assuntos muito interessantes que pretendo com o tempo estudar com mais calma.

    Um grande abraço.

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  31. Enfant,

    O que você mostrou não foram artigos científicos mas sim textos pra lá de parciais. Artigos científicos devem seguir a metodologia científica (aquela mesma que somos obrigados a usar nos trabalhos de faculdade) e encontram-se publicados por instituições de pesquisa e/ou ensino. Adoraria ver um desses artigos que fizesse afirmações tão contundentes quando esses tais textos que você cita fazem.

    E não estou sendo intransigente,lembre-se de que foi você quem afirmou ser cientificamente capaz de provar a existência de espíritos.

    Além disso, não afirmei que não existem tais experimentos, mas sim que você deveria realizá-los ao invés de tentar postar links para textos chamando-os de "científicos". Seria mais eficiente, não?

    Mozart,

    Concordo com o Cleiton que sua visão a respeito é mais racional e ponderada, exceto por dar crédito ao que "É algo ainda totalmente inexplicado e confuso". Rs.

    A comparação com a mecânica quântica não é válida. A mecânica quântica é incompreendida, mas verificável (os experimentos mostram a ação à distância acontecendo, por exemplo, embora não compreendamos exatamente como ela faz o que faz).

    O mesmo não acontece com fenômenos PSI. Estes são incompreendidos, confusos e ainda por cima não verificáveis, diferente da mecânica quântica mas exatamente igual à teoria dos ETs no núcleo solar.

    Convenhamos, não se pode culpar cético algum por não levar a sério tais "fenômenos".

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  32. Amigo Cleiton.

    Jamais entraria em sua casa e lhe diria o que fazer o como se deve pensar. Busco apenas um diálogo conciliador e elucidativo com os militantes céticos. Não é minha intenção ditar-lhe um cartilha das minhas convicções e empurrar-lhe calhamaços de artigos sobre temas extremos da ciência. Na verdade, a troca de informações é a melhor ferramenta para um crescimento intelectual sadio e proveitoso. Com certeza, pude ter boas reflexões do seu blog e do debate.

    Acho oportunas e prudentes suas considerações. Não seria nada menos que interessante se todo e qualquer integrante de qualquer corrente religiosa fosse um pouco mais crítico, pois talvez, houvesse menos ludibriados.

    Por fim o blog do qual faço parte não é apenas meu e não representa as minhas opiniões em todas as postagens, embora a maioria esteja deacordo com minhas convicções pessoais. Caso o visite gostaria muito de suas opiniões a respeito de diversos temas e teri imenso prazer em prolongar esse bate-papo em muitas outras oportunidades.

    Um grande abraço

    Mozart Rolim

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  33. Caro amigo Carlos H. Barth

    Concordo com o Cleiton que sua visão a respeito é mais racional e ponderada, exceto por dar crédito ao que "É algo ainda totalmente inexplicado e confuso". Rs.

    Resp.) O fato de ser consfuso e inexplicado não indica inexistência. Os fenômenos têm vasta replicação e milhares( quiçá milhões) de relatos anedóticos. Além do mais, se formos evitar o que é confuso e inexplicado, muitos fármacos jamais entrariam no mercado. Leia algumas bulas de remédios recentes e veja quantas "lacunas" sobre seus efeitos adversos voce encontra.

    Numa pesquisa realizada pelo cético norte-americano Michael Shermer, editor da revista The Skeptic, ele questionou pessoas de nível superior( esudantes universitários, acadêmicos e bacharéis)para ver se com o nível educacional superior as pessoas dariam menos crédito às ideías "confusas e inexplicadas" da "paranormalidade". Curiosamente, a crença em fenômenonos "sobrenaturais"( PSI) AUMENTOU. Isso causou profundo desconforto em Shermer. O fato é que tais experimentos estão cada vez mais conhecidos e as evidencias mais robustas.

    continua...

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  34. Caro Carlos H. Barth



    A comparação com a mecânica quântica não é válida. A mecânica quântica é incompreendida, mas verificável (os experimentos mostram a ação à distância acontecendo, por exemplo, embora não compreendamos exatamente como ela faz o que faz).

    O mesmo não acontece com fenômenos PSI. Estes são incompreendidos, confusos e ainda por cima não verificáveis, diferente da mecânica quântica mas exatamente igual à teoria dos ETs no núcleo solar.

    Resp.)Responderei em partes. Em primeiro, existem tendências na parapsicologia em associar os efeitos PSI com as "anomalias" da Mecânica Quântica, especialmente o chamado Entrelaçamento e Emaranhamento. Apesar da indevida associação feita por místicos e espiritualistas, existe um excelente background teórico no assunto. Ele está descrito no livro "Mentes Interligadas" de Dean Radin, PhD. É um excelente livro. Recomendo-o firmemente.

    Em segundo, consinto que PSI seja incompreedida, mas compará-los com os supostos alienígenas no Sol demonstra total desconhecimento sobre o assunto. Os fenômenos têm sido observados em ambiente laboratorial à EXAUSTÃO. Minhares de senssões ganzfeld com outros lihares de "trials" foram realizados é pelo menos vinte anos de estudo. O parapsicólogo Charles Honorton, PhD, ao obter resultados positivos em psi( telepatia) realizou um "joint comunication" com o psicólogo cético, especialista em Estatística e membro do CSICOP( Commitee for Scientific Investigation for Claims of Paranormal) Ray Hyman. Os dois concordaram que os efeitos eram significativos, mas Hyman atribuiu à falhas metodológicas e propôs mudanças no protocolo. Surgiu assim o auto-ganzfeld, com imagens do emissor fornecidas por tela de computador. E adivinha o que aconteceu: OS EFEITOS SE MANTIVERAM. Logo, os efeitos não apenas são EXTREMAMENTE REPLICÁVEIS, como também constituem em EVIDÊNCIAS SÓLIDAS E ROBUSTAS.

    Para completar, respeito muito a opinião de Ilusionistas. Esses são peças fundamentais para a Pesquisa Psíquica por identificarem os malogros por parte de falsários e charlatães. Curiosamente, observe o que o mágico George Hansen, em revisão bibliográfica sobre uma pesquisa com seus pares:

    "For part of her project, she polled a group of magicians and found that 82% of them expressed a positive view regarding the existence of ESP. Her thesis has recently been published in book form."

    Link:

    http://www.tricksterbook.com/ArticlesOnline/MagWhoEndors.htm


    Concorda que isso é bem diferente de ETs no centro do Sol?

    Pior, para seu assombro( e meu também) até as pesquisas sobre reencarnação tem boa replicação(e algumas em revistas médicas de alto gabarito):

    -Three New Cases of the Reincarnation Type in Sri Lanka with Written Records Made before Verification by Dr. Ian Stevenson. (Journal of Nervous and Mental Disease. 176:741, 1988.)

    -An Unusual Birthmark Case Thought to be Linked to a Person Who Had Previously Died by Dr. Jürgen Keil and Dr. Jim B. Tucker. (Psychological Reports 87:1067-1074, 2000.)

    -Cases of the Reincarnation Type with Memories from the Intermission Between Lives by Poonam Sharma and Dr. Jim B. Tucker. (Journal of Near-Death Studies 23(2):101-118, 2005.)

    -Personality and abilities of children claiming previous-life memories. (1995) Erlendur Haraldsson -Journal of Nervous and Mental Disease, 1995, 183(7), 445-451

    -Are Children with Imaginary Playmates and Children Said to Remember Previous Lives Cross-Culturally Comparable Categories? Antonia Mills
    Transcultural Psychiatry (March 2003), Vol. 40, No. 1, 62-90

    É amigo, é assustador dizer isso, mas evidências existem e não podem ser ignoradas. Diferentes dos ETs no Sol.


    -
    continua

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  35. Caro Carlos Barth


    Convenhamos, não se pode culpar cético algum pornão levar a sério tais "fenômenos".

    Resp.)Não a culpo ninguém por não dar crédito, por apatia ou (mesmo) desinteresse, a determinado tema. Religiosos, por exemplo, não dão crédito à Teoria da Evolução. Mas acho errado e acrítico afirmar que determinado fenômeno não existe por ser estranho, confuso e inexplicado. Tampouco acho correto dizer que esses fenômenos são não verificáveis. Pilhas de volumes já foram escritos sobre esses temas e eles continuam a acontecer. Basta dar uma checada na literatura. Caso se interesse, estarei posso disponibilizar materiais para uma re-análise.


    Abraços Fraternos

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  36. Carlos H. Barth,

    nos outros posts eu já havia mostrado artigos científicos. Caso você não tenha visto, dessa vez estou mandando um link direto para um deles de uma revista indexada com fator de impacto:

    http://journals.lww.com/jonmd/Citation/1988/12000/Three_New_Cases_of_the_Reincarnation_Type_in_Sri.8.aspx

    Nesse artigo os autores falam explicitamente que as crianças adquiriram as informações por meios paranormais. E a revista achou digno de publicação.

    Ou, mais recentemente, o artigo de Jim Tucker: Children’s Reports of Past-Life Memories: A Review. Explore: The Journal of Science and Healing. July/August 2008, Vol. 4, No. 4

    Nesse artigo o autor fala explicitamente na seção Conclusão:

    O Dr. Stevenson escreveu ter ficado persuadido de que “a reencarnação é a melhor, embora não a única, explicação para os casos de maior impacto que investigamos.” (p. 254) Reencarnação é uma palavra que possui várias associações ligadas a ela, mas independentemente da terminologia usada, os casos de fato parecem fornecer evidência de que lembranças, emoções, e mesmo danos físicos podem, ao menos sob certas circunstâncias, transitar de uma vida para outra. Os processos que estariam envolvidos em tal transferência da consciência são completamente desconhecidos, e eles esperam uma elucidação adicional.

    Não bastasse isso, o que é publicado em livros também faz parte da literatura científica. São textos científicos, e não "científicos", como você colocou. Veja o caso de "A Origem das Espécies". Assim, você não precisa - aliás, não deve - colocar aspas em científicos, mesmo ao se referir a livros de divulgação científica voltados para o público leigo. Mas, mais que isso, o caso de Gnanatilleka (citado no livro de Tucker, ao qual coloquei um link para a leitura) quando estudado por Stevenson FOI publicado numa revista científica, o Journal of the American Society for Psychical Research. Este e mais 19 casos. A edição inteira da revista foram esses 20 casos sugestivos de reencarnação. Posteriormente, ganhou a forma de livro, que foi revisto e ampliado.

    Quanto a eu fazer os experimentos, não tenho a mínima condição de fazê-lo. De qualquer forma, já citei diversos pesquisadores que continuamente tem obtido resultados positivos no estudo de médiuns.

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  37. Prezado Mozart,

    Esse tipo de material me interessa sim e acatarei as leituras que você sugerir com prazer.

    Meu ponto é o seguinte: Alguém me dispor de evidências para a telepatia ou mesmo para a clarividência é uma coisa, mas afirmar que essa telepatia na verdade é um cochicho de um espírito ou que você consegue prever o futuro a partir de contatos com mortos que estão em outro plano é outra bem diferente.

    A primeira pressupõe apenas que estamos diante de um fenômeno desconhecido e incompreendido que pode ser melhore estudado. O outro pressupõe como verdadeiro todo um sistema de crenças e dogmas espirituais.

    É nesse sentido que comparo o mundo espiritual aos tais ETs do sol. Por exemplo: Mesmo que achemos alguém capaz de prever o futuro de forma precisa, superando a rigorosidade científica e todos os desafios dos céticos (e por mais que hajam estudos, ainda não chegamos lá), ainda haverá muito espaço para discussão sobre a natureza dessa capacidade.

    Sobre isso, repito, em outras palavras, o que disse ao Infant Terrible: Por que vejo quilos de textos contendo depoimentos de pessoas afirmando que viram, reviram, testaram, experimentaram e aprovaram tais fenômenos, alguns até citando artigos científicos (mas somente as partes que lhes interessam e sempre anexas a seus comentários parciais) mas até hoje nunca ví UM artigo rigorosamente científico recente que afirmasse algo sobre a natureza de tais fenômenos? Não duvido que existam, mas onde estão?

    E a ciência está sim, aberta a estudar de forma séria os aspectos espirituais da humanidade. Cito como exemplo gritante os estudos do Dr. Andrew Newberg que estudou e estuda a chamada "neurologia da fé". Veja seu artigo científico do ano 2000 aqui:

    http://www.andrewnewberg.com/pdfs/2000/AestheticPaper3.pdf

    Você pode claro afirmar que a ciência não é a melhor ferramenta para estudo destes fenômenos, embora eu não imagine como tal afirmação possa ser embasada diante do que se afirmam ser fenômenos "verificáveis".

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  38. Enfant,

    Nem vou entrar na discussão sobre a seriedade dos textos que você postou, que de científicos não tem nada.

    Uma das principais características de uma teoria científica é que ela tem de ser refutável. Por exemplo: Pode-se refutar a teoria de Darwin a partir de evidências de um organismo com a chamada "complexidade irredutível" ou de evidências de um organismo que não disponha de mecanismos hereditários. Esse é um princípio básico da metodologia científica.

    Assim, para ser chamada de científica, uma teoria precisa ser refutável, pois é nisto que se baseiam as experiências que atestam sua veracidade: Testa-se outras possibilidades, até que não sobre mais nada. Diante disso, pergunto:

    Qual experimento poderia refutar definitivamente a hipótese de que há um mundo espiritual e que dele reencarnamos?

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  39. Carlos H. Bart,

    seu post possui gravíssimos problemas. Mas vou responder sua pergunta antes de comentá-los. Da mesma forma que você diz que "Pode-se refutar a teoria de Darwin a partir de evidências de um organismo com a chamada "complexidade irredutível" ou de evidências de um organismo que não disponha de mecanismos hereditários.", posso dizer que "pode-se refutar a teoria de Stevenson a partir de evidências de uma criança com lembranças de uma "vida futura" ou de evidências de duas crianças co-temporalmente existentes que se lembrem da mesma vida passada".

    Agora, vamos aos problemas do seu post. Em 1º lugar, existem diferentes graus de refutação. Refutações definitivas, que levem ao abandono completo da teoria, são raríssimas. Muito mais comum são modificações das hipóteses auxiliares. As quatro leis de Newton, juntamente com os conceitos fundamentais da teoria (massa, gravidade) formam o que se pode chamar de núcleo central ou suposições fundamentais da teoria. Este núcleo precisa ser enriquecido com um conjunto de “miniteorias” acerca da estrutura do sistema solar. Este conjunto constitui um modelo simplificado do sistema solar, onde se considera, por exemplo, que somente forças gravitacionais são relevantes e que a tração entre planetas é muito pequena comparada com a atração do Sol.

    Se levarmos em conta que os dados científicos são registrados com instrumentos construídos a partir de teorias, podemos compreender que o que está sendo testado é, na realidade, uma teia complexa de teorias e hipóteses auxiliares e a refutação pode indicar apenas que algo está errado em todo esse conjunto.

    Isso significa que a teoria principal (no caso a teoria de Newton) não precisa ser modificada. Podemos, em vez disso, modificar uma das hipóteses auxiliares. Um exemplo clássico dessa situação ocorreu quando os astrônomos calcularam a órbita do planeta Urano com auxílio da teoria de Newton e descobriram que esta órbita não concordava com a órbita observada. Havia, portanto, o que chamamos em filosofia da ciência, de uma anomalia, isto é, uma observação que contradiz uma previsão.

    Dois astrônomos, Adam e Le Verrier, imaginaram, então, que poderia haver um planeta desconhecido que estivesse alterando a órbita de Urano. Eles modificaram, portanto, uma hipótese auxiliar – a que Urano era o último planeta do sistema solar. Calcularam então a massa e a posição que o planeta desconhecido deveria ter para provocar as discrepâncias entre a órbita prevista e a órbita observada. Um mês depois da comunicação de seu trabalho, em 23 de setembro de 1846, um planeta com as características previstas – Netuno – foi observado. Neste caso, o problema foi resolvido alterando-se uma das hipóteses auxiliares (a de que ao invés de se modificar uma teoria newtoniana).

    Pior ainda é o caso da lei da conservação de energia, que é impossível de ser definitivamente refutada. Se, por alguma razão, o balanço energético num sistema natural não for obedecido, pode-se facilmente aventar a existência de uma nova forma de energia, ainda não conhecida, que se introduz no processo. É verdade que é preciso muitos e muitos testes para que, num caso como este, seja eliminada a possibilidade de erro de medida, interpretação, cálculos etc. No entanto, a anti-matéria e outras partículas sub-atômicas foram descobertas exatamente assim, para ‘fechar’ o balanço de energia, ainda que tenham levado mais de 80 anos (!!!) para sua descoberta 'salvar' a lei de conservação.

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  40. Em segundo lugar, uma teoria NÃO precisa ser refutável para ser chamada de científica. Os cientistas sociais são mais propensos do que os colegas do campo natural a imunizarem suas teorias de contestações empíricas e que, portanto, o falseacionismo não tem sido observado com freqüência. Não se nega que teorias sociais tenham sido descartadas por contra exemplos refutadores, mas é necessário sublinhar que isso não tem sido a tônica na prática da ciência social. A não-aplicação séria e sistemática do falseacionismo nas ciências sociais deve-se, entre outros motivos, a certos obstáculos que dificultam sua aplicação bem-sucedida nesse domínio. Três deles comento a seguir:

    1. No campo social, há um número muito grande de “condições iniciais”, nem todas elas passíveis de serem especificadas;
    2. As leis não são bem estabelecidas e, na maioria das vezes, indicam mais uma tendência do que propriamente uma lei geral;
    3. Certas condições assumidas pela teoria, tais como gostos, expectativas e grau de informação, não são facilmente avaliadas.

    Tais aspectos inerentes ao fenômeno social dificultam a aplicação do falseacionismo. Contudo, pelo menos em tese, os cientistas sociais mostram-se sensíveis ao apelo de Popper de que suas teorias devem produzir implicações refutáveis. Na prática concreta da ciência, eles demonstram dificuldade em aplicar esse austero princípio metodológico. Não raras vezes, vemos esse cientista ignorar a metodologia que em princípio ele próprio apregoa. Critérios convencionalistas de simplicidade, elegância analítica, generalidade e economia de instrumentos teóricos têm dominado, principalmente, a Economia. Critérios confirmacionistas têm sido a tônica em outras ciências sociais. Mesmo quando intenciona praticar o falseacionismo, ele (o falseacionismo) tem sido inócuo no campo social.
    De fato, o uso rigoroso do falseacionismo pode resultar na consideração que quase toda a ciência social aceita é na verdade pseudo-ciência. O que não se pode admitir. Por outro lado, deixar de observá-lo no campo social pode resultar que toda teoria candidata a tal seja automaticamente qualificada como científica desde que seja persuasiva. Critérios metodológicos que não reportem, em algum momento, aos fatos são sabidamente um tanto quanto relaxados, mas a preocupação com o empírico não significa o emprego estrito do falseacionismo.

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  41. Caro amigo Carlos H. Barth

    Meu ponto é o seguinte: Alguém me dispor de evidências para a telepatia ou mesmo para a clarividência é uma coisa, mas afirmar que essa telepatia na verdade é um cochicho de um espírito ou que você consegue prever o futuro a partir de contatos com mortos que estão em outro plano é outra bem diferente.

    Resp.)Mas onde exatamente afirmei que a telepatia e/ou demais fenômenos psíquicos podem ser interpretados como cochicho de espíritos??? Tais fenômenos não têm nada a ver com a hipótese de "espíritos". Ao contrário, para a maioria dos parapsicólogos serve até como refutação, pois, pelo Princípio da Parcimônia, pode-se argumentar que é muito mais parcimonioso atribuir a aquisição anômala de informações entre vivos e entre ser vivo e ambiente do que entre seres desencarnados.

    Num trecho do livro "Mediunidade e Sobrevivência: um século de investigações"( também muito recomendado), do psicólogo britânico Alan Gauld, PhD, ele considera que a vida depois da morte só não está mais fortemente embasada devido a existência de ESP.

    A primeira pressupõe apenas que estamos diante de um fenômeno desconhecido e incompreendido que pode ser melhore estudado. O outro pressupõe como verdadeiro todo um sistema de crenças e dogmas espirituais.

    Resp.) Conforme argumentei acima, tal raciocínio não se aplica, uma vez que as duas possibilidades posam, na maioria das vezes como hipóteses rivais.

    É nesse sentido que comparo o mundo espiritual aos tais ETs do sol. Por exemplo: Mesmo que achemos alguém capaz de prever o futuro de forma precisa, superando a rigorosidade científica e todos os desafios dos céticos (e por mais que hajam estudos, ainda não chegamos lá), ainda haverá muito espaço para discussão sobre a natureza dessa capacidade.

    Resp.)Com relação ao rigor, as pesquisas em Parapsicologia certamente alcançaram um status de sofisticação e confiabilidade que satisfazem faratamente às demandas científicas. O experimento ganzfeld, conforme dito antes, tem trazido resultados excelentes e replicados por diversas instituições, atendendo a obrigatoriedade da replicação. Agora, satisfazer aos céticos é BEEEEEM MAIS COMPLICADO. Ser cético não implica ser ausente de crenças. O próprio ceticismo dogmático( pseudoceticismo) é um forma de crença.E aí amigão sabe como é, FÉ é FÉ. Apesar de todas as evidências, há quem sustente que o homem nunca pisou na Lua, que Adão e Eva(como na Gênese) existiram de fato, que a Evolução é uma farsa e que o Criacionaismo é factual,....enfim.

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  42. Caro Carlos

    Sobre isso, repito, em outras palavras, o que disse ao Infant Terrible: Por que vejo quilos de textos contendo depoimentos de pessoas afirmando que viram, reviram, testaram, experimentaram e aprovaram tais fenômenos, alguns até citando artigos científicos (mas somente as partes que lhes interessam e sempre anexas a seus comentários parciais) mas até hoje nunca ví UM artigo rigorosamente científico recente que afirmasse algo sobre a natureza de tais fenômenos? Não duvido que existam, mas onde estão?

    Resp.)A evidência sobre PSI é fiada sobre as pesquisas laboratoriais. Relatos anedóticos não são o pilar de suporte das evidências. As pesquisas discutem integralmente o assunto e possíveis hipóteses. Artigos científicos que defendem esses fenômenos existem aos montes.
    É só procurar entre as referências que postei acima e em links como esse:

    http://www.lexscien.org/lexscien/index.jsp

    Boa pesquisa!!!!;-)

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  43. Caro Carlos

    E a ciência está sim, aberta a estudar de forma séria os aspectos espirituais da humanidade. Cito como exemplo gritante os estudos do Dr. Andrew Newberg que estudou e estuda a chamada "neurologia da fé". Veja seu artigo científico do ano 2000 aqui:

    http://www.andrewnewberg.com/pdfs/2000/AestheticPaper3.pdf

    Conheço alguma coisa dos trabalhos do Dr. Newberg. Mas sua pesquisa em nada se relaciona à questão dos fenômenos PSI. Ela na verdade avalia os correlatos neurais das crenças religiosas. Acho que aí você confundiu alho com bugalhos.

    Você pode claro afirmar que a ciência não é a melhor ferramenta para estudo destes fenômenos, embora eu não imagine como tal afirmação possa ser embasada diante do que se afirmam ser fenômenos "verificáveis".

    Resp.) Na verdade, acho que a Ciência é a melhor ferramenta para obtenção de dados objetivos sobre determinado assunto. Dados científicos são fundamentais, mas suas interpretações podem diferir muito de acordo com o viés adotado pelo pesquisador.
    Metodologias competentes têm dado grande contribuição aos achados sobre PSI. A elaboração de protocolos e testes seguem rigores bem acentuados( como o duplo-cego, por exemplo). E justamente nessa seara que a Parapsicologia vem ganhando força. Convertendo os dados obtidos em dados estatísticos observa-se que as pesquisas têm fornecido dados impresionantes ao longo dos anos. No entanto, mesmo coma copiosa observação do fenômeno, ainda se especula muito sobre o modus operandi.

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  44. Grande Carlos

    Pra finalizar, o link que forneci tem a maior database para artigos sobre literatura em Parapsicologia em toda web. Caso tenha dúvidas é só dar um alô que lhe fornecerei maiores esclarecimentos.

    Abraços Fraternos.

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  45. Mozart,

    A citação da pesquisa do Dr. Newberg só visava exemplificar a idéia de que a ciência está aberta para o estudo de temas ligados a espiritualidade, crença e fé. Nada mais.

    Tenho conhecimento das pesquisas que defendem os fenômenos psi. O que comentei foi que nunca vi uma pesquisa que defendesse, de forma conclusiva, que a natureza desses fenômenos envolve vida após a morte, como muitos espíritas defendem.

    Seus comentários me fazem crer que você concorda comigo nesse ponto. Infelizmente creio ter havido confusão na interpretação de nossos comentários a respeito do tema, visto que ele é muito abrangente, e percebi que diversas vezes falávamos de assuntos diferentes (Ex.: você defendendo a PES enquanto eu questionava evidências da vida após a morte).

    Enfant Terrible,

    Impressionante o seu esforço para não responder sequer parcialmente a pergunta.

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  46. Carlos H. Barth,

    eu respondi TOTALMENTE sua pergunta. Eu poderia citar DIVERSAS OUTRAS FORMAS de falsificacionismo referentes à reencarnação, mas se você é incapaz de compreender as duas mais simples que citei, não tenho nem ânimo para comentar as outras.

    No seu comentário pro Mozart, vc diz:

    O que comentei foi que nunca vi uma pesquisa que defendesse, de forma conclusiva, que a natureza desses fenômenos envolve vida após a morte, como muitos espíritas defendem,

    Ora, e o artigo de Jim Tucker: Children’s Reports of Past-Life Memories: A Review. Explore: The Journal of Science and Healing. July/August 2008, Vol. 4, No. 4 que citei, o qual diz explicitamentena seção CONCLUSÃO: os casos de fato parecem fornecer evidência de que lembranças, emoções, e mesmo danos físicos podem, ao menos sob certas circunstâncias, transitar de uma vida para outra. Os processos que estariam envolvidos em tal transferência da consciência são completamente desconhecidos, e eles esperam uma elucidação adicional.

    Você parece virar os olhos para o que vai contra sua visão de mundo...

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  47. Evant Terrible,

    A premissa "lembranças,emoções e danos físicos podem transitar de uma vida para outra" é ainda amplamente discutível, visto que não há evidências indiscutíveis que estabeleçam isso como uma verdade científica.

    E mesmo que venha a se mostrar verdadeira, não tornaria tudo o mais que se diz acerca de espíritos como verdadeiro. Uma hipótese como a reencarnação tem muito a explicar, como por exemplo: Por que a população do mundo aumenta? Se meu pai foi a reencarnação de Napoleão, ao me comunicar com ele, falaria com meu pai ou com Napoleão? Problemas burlescos? Talvez, mas são perguntas simples que, ao mesmo tempo, exigem quilos de texto por parte dos espíritas para "respondê-las".

    Há sim, cientistas sérios buscando explicações e há também crentes que usam das conclusões não definitivas destes estudos para vestir suas crenças com a máscara de "científicas" e poder acusar quem discorde de "virar os olhos".

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  48. Carlos H. Bart,

    seu "conhecimento" de Filosofia da Ciência realmente parece-me ser nulo. Novos problemas abundam em seu post.

    01 - A premissa "lembranças,emoções e danos físicos podem transitar de uma vida para outra" é ainda amplamente discutível, visto que não há evidências indiscutíveis que estabeleçam isso como uma verdade científica.

    No mundo empírico, não existe evidência "indiscutível". Toda verdade científica é provisória. No entanto, as diversas replicações que existem fortemente sinalizam que estamos diante de um fenômeno paranormal legítimo, e altamente sugestivo de reencarnação.

    02 - E mesmo que venha a se mostrar verdadeira,

    Nunca saberemos se uma determinada teoria é verdadeira. Apesar de todo o êxito que a teoria possa ter em explicar a realidade, é importante reconhecer que ela é sempre conjectural, sendo passível de correção e aperfeiçoamento, podendo ser substituída por outra teoria que explique melhor os fatos. Mesmo as teorias mais recentes devem ser encaradas como explicações apenas parciais e hipotéticas da realidade.

    03 - não tornaria tudo o mais que se diz acerca de espíritos como verdadeiro.

    Sim. E? Por acaso eu disse o contrário?

    04 - Uma hipótese como a reencarnação tem muito a explicar,

    Certamente. Mas ela também tem um poder explicativo enorme.

    05 - como por exemplo: Por que a população do mundo aumenta?

    Resposta extraída do livro de Jim Tucker:

    Já se argumentou que o aumento populacional anula a reencarnação como possibilidade. Segundo esse raciocínio, o aumento do número de seres humanos nos tempos modernos significa que todas as pessoas atualmente vivas não podem ter reencarnado várias vezes porque a população hoje é muito maior que outrora. Várias objeções minam esse argumento. Em primeiro lugar, a reencarnação não tem que ocorrer para todos. Alguns talvez renasçam por causa de “assuntos pendentes” em vidas pregressas, devido ao tipo de morte ou por algum outro fator, enquanto outros não renascem nunca. Certas pessoas de hoje viveram outras vidas e outras não. Também é possível que mais pessoas estejam sendo criadas — portanto, repetimos, mesmo que todas tenham vidas múltiplas, algumas atualmente no mundo já as tiveram, enquanto outras estão aqui pela primeira vez. Em todas essas situações, o número de pessoas vivas em qualquer época seria irrelevante.

    David Bishai, da Johns Hopkins School of Public Health, mostrou que nem precisamos desses cenários para explicar a reencarnação frente ao crescimento populacional. Ele examinou a questão de quantos seres humanos já viveram na Terra. Aí são necessárias estimativas, é claro, pois não sabemos muita coisa sobre a densidade da população nos tempos antigos e temos de decidir quais de nossos ancestrais podem ser considerados seres humanos. O Dr. Bishai cita um cálculo onde a data inicial para a existência humana é 50.000 a. C. e estima que 105 bilhões de seres humanos viveram na Terra. Uma vez que o crescimento populacional deverá ser de cerca de 10 bilhões de pessoas no final deste século, o número de seres humanos no passado é certamente grande o bastante para permitir a reencarnação. O Dr. Bishai esclarece que a média de tempo entre vidas deveria ser encurtada para acomodar o aumento populacional. Não temos razão alguma, decerto, para pensar que a média de tempo entre vidas teria de permanecer constante, portanto o crescimento populacional não desmente a reencarnação.


    06 - Se meu pai foi a reencarnação de Napoleão, ao me comunicar com ele, falaria com meu pai ou com Napoleão?

    Com seu pai. Até agora, tudo indica que a vasta maioria dos espíritos não se lembra de suas vidas passadas.

    07 - Problemas burlescos? Talvez, mas são perguntas simples que, ao mesmo tempo, exigem quilos de texto por parte dos espíritas para "respondê-las".

    Meia página só.

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  49. Interessante! De acordo com aquilo que eu entendi da resposta do Enfant Terrible no item "06", se o espírito de Napoleão já reencarnou, não existirá mais a possibilidade de contatá-lo em uma sessão espírita (este espírito já não existe mais como Napoleão, e sim como o pai do Carlos Barth).

    Isto também me leva a refletir que se meu pai morrer e depois reencarnar em outro ser qualquer, depois que eu morrer não poderei mais rever o meu pai no mundo espiritual, pois este espírito já não existe mais como o meu pai (ele é um outro ser).

    Se assim for, a filosofia/religião espírita parece não fornecer uma esperança tão sólida como muitos acreditam.

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  50. Enfant,

    As explicações de Tucker e Bishai que você me deu tem base científica ou, por qualquer razão, são válidas mesmo sem tal base?

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  51. Veja você mesmo. O artigo dele está disponível para download aqui:

    http://www.scientificexploration.org/journal/jse_14_3_bishai.pdf

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  52. Enfant,

    Não existem espíritos. Há apenas Deus, que tem memória infinita e observa cada ser humano durante toda a vida, por isso ele sabe de tudo o que se passa com todos.

    Não há dualismo. Não há espirito e corpo. Não TEMOS um corpo. SOMOS um corpo. É Deus quem define como será minha personalidade. Ele que escolhe como meus neurônios irão se comportar, que fatores genéticos irei ou não herdar. Cada lembrança é formada por uma determinada configuração de neurônios dentro do cérebro. Quando Deus quer me mandar uma mensagem, ele pode "estampar" em mim alguma lembrança de outra pessoa (o medo de água de alguém que morreu afogado, por exemplo) para que eu não corra o risco de morrer afogado também.

    De onde tirei isso? Daquela conclusão do artigo "científico" que você postou, aquilo que você conclui como indício de reecarnação:

    "...de fato parecem fornecer evidência de que lembranças, emoções, e mesmo danos físicos podem, ao menos sob certas circunstâncias, transitar de uma vida para outra..."

    O que é mais provável, reencarnação ou mensagem divina? Meu amigo, não faço idéia, mas posso te dizer com certeza que nem uma nem outra hipótese pode ser considerada científica.

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  53. O que é mais provável, reencarnação ou mensagem divina?

    Reencarnação. Qualquer hipótese que introduza Deus como causa externa pode ser considerada a menos parcimoniosa das hipóteses. Em Ciência geralmente damos preferência às hipóteses mais parcimoniosas.

    Meu amigo, não faço idéia, mas posso te dizer com certeza que nem uma nem outra hipótese pode ser considerada científica.

    Certezas apenas existem para os dogmáticos, não para verdadeiros cientistas. Fato é que a reencarnação é falseável e tem passado em testes que as demais hipóteses (sociocultural, criptomnesia, fraude, PES) não tem conseguido.

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  54. Minha hipótese pressupõe apenas os desígnios de um Criador, a sua exige a existência de todo um sistema de evolução de espíritos e múltiplos mundos invisíveis e geograficamente inacessíveis que geram N perguntas adicionais (como a do Napoleão) todas de cunho IRREFUTÁVEL e mesmo assim precisa de um Criador para tudo isso fazer sentido (a menos claro, que você afirme que a seleção natural tenha gerado espíritos).

    Aplique a navalha de occam você mesmo e me diga qual opção lhe parece a explicação mais simples e "parcimoniosa".

    A reencarnação é sim, irrefutável, pois as explicações para problemas fundamentais gerados pela adoção da reencarnação como hipótese não podem ser obtidas cientificamente (afinal, falarei com meu pai ou com napoleão? Afinal, são criadas novas almas ou há um número definido e finito? Afinal, por quê reencarnamos?) Nenhuma das possibilidades de resposta para estas perguntas pode ser testada empiricamente. E se não responder a estas perguntas, a reencarnação não tem poder explicativo algum sobre a realidade.

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  55. Caro Carlos H. Barth,

    cada vez mais seus posts denotam uma ingenuidade e mesmo erros crassos tanto em filosofia quanto em metodologia da Ciência.

    01 - Minha hipótese pressupõe apenas os desígnios de um Criador,

    E fim. Leia o texto "a improbabilidade de deus", do biólogo Richard Dawkins, e verá por que seu argumento não se sustenta.

    http://ateus.net/artigos/critica/a_improbabilidade_de_deus.php

    mesmo sendo necessário postular um mínimo irredutível que precisaria estar presente no começo de tudo para que as coisas se iniciassem, esse mínimo irredutível, com certeza, seria extremamente simples. Por definição, explicações fundamentadas em premissas simples são mais plausíveis e satisfatórias que teorias segundo as quais é necessário postular eventos complexos e estatisticamente improváveis, e certamente não se pode pensar em nada muito mais complexo e improvável que um Deus todo-poderoso.

    02 - a sua exige a existência de todo um sistema de evolução de espíritos e múltiplos mundos invisíveis e geograficamente inacessíveis que geram N perguntas adicionais (como a do Napoleão) todas de cunho IRREFUTÁVEL e mesmo assim precisa de um Criador para tudo isso fazer sentido (a menos claro, que você afirme que a seleção natural tenha gerado espíritos).

    Como você mesmo percebeu no finalzinho de seu post, não, não exige. A seleção natural PODE ter gerado espíritos. Simplesmente não sabemos sua origem. Igualmente, não precisamos de "todo um sistema de evolução de espíritos e múltiplos mundos invisíveis e geograficamente inacessíveis que geram N perguntas adicionais". Porém, mesmo que fosse necessário, qual o problema? A própria Física pressupõe a existência de múltiplos e mesmo infinitos universos.

    03 - Aplique a navalha de occam você mesmo e me diga qual opção lhe parece a explicação mais simples e "parcimoniosa".

    Reencarnação. Ela pode existir completamente independente da existência de um Deus todo-poderoso, criador do universo (Aliás, o conceito de onipotência é auto-contraditório)

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  56. 04 - A reencarnação é sim, irrefutável, pois as explicações para problemas fundamentais gerados pela adoção da reencarnação como hipótese não podem ser obtidas cientificamente (afinal, falarei com meu pai ou com napoleão? Afinal, são criadas novas almas ou há um número definido e finito? Afinal, por quê reencarnamos?) Nenhuma das possibilidades de resposta para estas perguntas pode ser testada empiricamente.

    Outro erro crasso em seu post. Não é porque não é testável empiricamente que é irrefutável. As ciências formais - lógica e matemática - constituem exemplos de sistemas não testáveis experimentalmente, cujas teorias podem, no entanto, ser criticadas, discutidas, e até mesmo refutadas através de argumentos lógicos e provas matemáticas. Portanto, o método científico pode ser visto como um caso especial de crítica. A atitude crítica consiste em discutir qualquer idéia ou afirmação, buscando erros, contradições internas ou incoerências com outros campos do conhecimento.

    Se, no entanto, pretendemos falar acerca de fatos, devemos procurar testar empiricamente nossas hipóteses pelos testes mais severos possíveis - caso contrário não estaremos sendo suficientemente críticos e ficará difícil (ou mesmo impossível) eliminar hipóteses falsas.

    Porém, a maior parte de suas perguntas podem ser entendidas de cunho filósofico, e não científico. A Ciência não se preocupa muito com o "porquê", e sim com o "como". A religião é que se preocupa com o porquê - cuja resposta geralmente é "porque Deus quis". Se você perguntar por que o Universo foi criado a Ciência se cala, a religião não. Se você perguntar como o universo foi criado, a Ciência buscará responder sua pergunta, a religião dirá "isso é mistério de Deus", ou "pela vontade de Deus", o que nada diz sobre o processo. Assim, perguntas como "por quê reencarnamos" não faz muito sentido cientificamente. Reencarnamos e pronto! A ciência buscará entender o modus operandi da reencarnação. E só.

    05 - E se não responder a estas perguntas, a reencarnação não tem poder explicativo algum sobre a realidade.

    Lógico que a reencarnação possui poder explicativo sobre a realidade. Várias desordens ou anormalidades observadas em medicina e em psicologia não são explicáveis (ou não plenamente explicáveis) pela genética e por influências do ambiente, tanto sozinhas quanto em conjunto. Estas incluem fobias e filias observadas em infância precoce, habilidades raras na infância, homossexualidade, desordem de identidade de gênero, a idéia de uma criança de ter outros pais além dos próprios, diferenças no temperamento manifestado logo depois do nascimento, sinais de nascimento raros e sua correspondência com as feridas numa pessoa morta, defeitos raros de nascimento, e diferenças (físicas e comportamentais) entre gêmeos monozigóticos. A hipótese de vidas anteriores pode contribuir para o maior entendimento destes fenômenos.

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  57. Enfant,

    A reencarnação é como Deus. Só "explica" aquilo que não pode ser verdadeiramente explicado.

    Assim como Deus, ela explica tudo sem explicar nada.

    Assim como Deus, partindo-se dela, você acha sinais que corroboram com sua existência, mas partindo-se dos sinais, acham-se apenas novas perguntas.

    Assim como Deus e como toda e qualquer entidade ou conceito espiritual e não físico, a reencarnação só faz sentido de forma dedutiva, a priori e não de forma indutiva, a posteriori.

    Por isso mesmo, assim como Deus, ela é objeto de fé e crença. E não de inferência. Deliberar sobre ela é assunto da filosofia. E não da ciência.

    Como até o momento não vi em você um mínimo esforço para compreender meus argumentos, mas sim um grande esforço para rechaçá-los, taxando-os a priori como "noções falhas" sobre ciência e a filosofia, não vou mais tentar explicá-los.

    A essência dos meus argumentos está aí em cima. Vire-se para entender, se quiser. Ou fique à vontade para discordar, rechaçar ou ridicularizar. Também estou à vontade para ignorá-lo e dar ouvidos apenas a outros que possam vir e concordar com você, mas que adotem postura menos arrogante e dogmática.

    Até a próxima,

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  58. Aqui extraio um trecho do livro de Tucker:

    O “Quando” e o “Como” da Reencarnação

    Indaguemos agora se a consciência sobrevivente tem algum controle sobre o “quando” e o “como” do seu renascimento. Em muitos casos, as crianças asseguraram que escolheram os seus próximos pais. Nos casos da Ásia, falam às vezes de ter visto um dos futuros pais e decidido segui-lo até a casa a fim de se juntarem à família. Nos casos da América, as crianças dizem ter estado no céu e ali escolhido de quem iriam renascer. Embora essas histórias não possam obviamente ser verificadas, algumas das originárias da Ásia o foram pelo menos em parte porque o pai havia estado na área descrita pela criança ao tempo da concepção.
    Em outros casos, quando vemos a crainça se queixar amargamente de sua família, podemos concluir que não há nenhum indício de ela a ter escolhido. Já que a maioria das crianças não informa quaisquer memórias do tempo entre as vidas, nós não recebemos qualquer indicação delas se estiveram envolvidas na tomada de qualquer decisão não. É possível que estivessem mas então não tem acesso à memória disto. Não dispomos de meios de saber ao certo, porém, frente à variedade de casos, se é possível que algumas pessoas escolham os seus pais ou lugar de renascimento e outras, não.
    Isso levanta a questão maior de saber se alguém, afinal, toma decisões no processo de reencarnação. Se a consciência individual não decide quando irá renascer, quem decide: guias, anjos ou deuses? Ou tudo ocorre de maneira normal, sem nenhuma tomada consciente de decisão? Os diversos sistemas de crenças têm diferentes concepções sobre como a pessoa passa para a próxima vida. Embora alguns de nossos sujeitos falem de guias encaminhando-os para a família atual, a maioria não diz nada sobre o período entre vidas, de modo que nossos casos na verdade esclarecem muito pouco essa importante questão.
    Seguindo essa mesma linha, cabe examinar especificamente o local dos renascimentos. Uma conclusão a tirar dos casos é que o lugar onde ocorre o renascimento, ao menos em situações nas quais a criança conserva lembranças da vida pregressa, não é aleatório. A grande maioria das crianças relata vidas anteriores no mesmo país da atual e muitos alegam ter vivido na mesma aldeia e até no seio da mesma família. Que pensar disso? Uma possibilidade é que coerções geográficas determinem o local onde a consciência poderá renascer. Embora a idéia de que a consciência fica limitada a uma pequena área pareça estranha, condiz com histórias de crianças permanecendo num certo lugar, o local onde a personalidade anterior faleceu, por exemplo, até avistarem um de seus futuros pais.
    Sinto-me mais propenso a acreditar que a consciência é atraída para determinadas áreas por causa de vínculos emocionais com elas. Muitos de nós nos identificamos fortemente com um país, portanto é mais provável que renasçamos nele. Além disso, as pessoas podem apegar-se emocionalmente a certos lugares e sentir-se motivadas a retornar para lá. Mais importante ainda, os laços de uma pessoa com outras podem desempenhar um papel altamente significativo em termos do local de renascimento. Nos casos de mesma família, as crianças talvez renasçam em seu seio devido à continuidade de uma forte conexão emocional. Sobretudo quando a personalidade anterior foi uma criança morta muito jovem, a consciência individual pode estar ainda muito ligada à família e sente-se por isso movida a renascer nela. O mecanismo disso é, naturalmente, um mistério, mas posso imaginar uma força emocional, no mundo da consciência, que chamaria pessoas para determinados lugares ou famílias com uma atração quase magnética.

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  59. Os casos em que crianças relatam vidas passadas em outros países lançam talvez alguma luz sobre o problema. Nesses casos, os sujeitos dizem geralmente que morreram em sua vida pregressa no país onde hoje vivem, sendo exemplo disso as crianças birmanesas que afirmam ter sido soldados japoneses mortos na Birmânia durante a Segunda Guerra Mundial. Muitas delas expressam o anseio de voltar para o Japão, como se estivessem aprisionadas na Birmânia depois de ali morrerem. Ignoramos se semelhante cativeiro é devido a limitações geográficas ou a vínculos emocionais. Seus atos como soldados, muitos dos quais se mostraram bastante duros para com o povo birmanês, podem ter gerado uma conexão emocional indissolúvel que os obrigou a permanecer no país durante a vida seguinte.
    Quer a explicação seja geográfica ou emocional, a nosso ver esses casos mostram que as pessoas às vezes continuam a manter laços com uma existência já finda. Não sabemos se essa é uma verdade geral ou só se aplica a episódios onde se observam lembranças preservadas; mas os casos revelam que, em determinadas situações, os vínculos persistem na próxima vida. Em se tratando de crianças birmanesas que relatam lembranças de soldados japoneses, preserva-se um laço tanto com a Birmânia quanto com o Japão, pois eles nasceram em um país, mas ainda anseiam pelo outro.

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  60. É... pelo visto não fui o único a ter a impressão que o nosso amigo Vitor (Enfant) é muito dogmático e arrogante.

    Ele pode até entender muito, mas de que vale tanto conhecimento se apenas enxerga o mundo pelas distorcidas e limitadas lentes de suas opiniões?

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  61. 01 - A reencarnação é como Deus. Só "explica" aquilo que não pode ser verdadeiramente explicado.Assim como Deus, ela explica tudo sem explicar nada.

    Falso. Leitura recomendada:

    The Explanatory Value of the Idea of Reincarnation Ian Stevenson, M.D.
    The Journal of Nervous and Mental Disease (1977), Vol. 164, No. 5, pp. 305-326

    02 - Assim como Deus, partindo-se dela, você acha sinais que corroboram com sua existência, mas partindo-se dos sinais, acham-se apenas novas perguntas.

    A rigor, a Ciência não deveria temer fazer novas perguntas. Faz parte do papel dela ser uma multiplicadora de mistérios. É assim que ela evolui. Mais uma vez você mostra péssima compreensão do que é Ciência.

    03 - Assim como Deus e como toda e qualquer entidade ou conceito espiritual e não físico, a reencarnação só faz sentido de forma dedutiva, a priori e não de forma indutiva, a posteriori.

    Sua noção de Ciência está atrasada apenas uns 200 anos. Já no século dezoito, o filósofo David Hume questionava a validade do raciocínio indutivo, argumentando que a indução não é um argumento dedutivo e, portanto, não é logicamente válida (Hume, 1972). Além disso, ela também não pode ser justificada pela observação: o fato de que todos os cisnes observados até agora sejam brancos, não garante que o próximo cisne seja branco – nem que todos os cisnes sejam brancos. A indução não pode, portanto, ser justificada – nem pela lógica, nem pela experiência.
    Se passarmos de generalizações superficiais, como a dos cisnes, para as leis e teorias científicas, o problema se complica mais ainda. A partir da observação de um certo número de fatos, podemos extrair diversas leis e teorias científicas compatíveis com os dados recolhidos. Isto quer dizer que a indução, por si só, não é suficiente para descobrirmos qual das generalizações é a que melhor explica os dados.
    Além disso, mesmo que procedimentos indutivos permitam reunir um conjunto de dados e formar generalizações superficiais (do tipo “todos os metais se dilatam”), eles são insuficientes para originar teorias profundas, que apelam para conceitos impossíveis de serem percebidos por observação direta, como elétron, quark, seleção natural, etc.
    Os filósofos positivistas afirmam, no entanto, que o método indutivo pode ser usado para aumentar o grau de confirmação de hipóteses e teorias. Com auxílio da teoria da probabilidade, procuram desenvolver uma lógica indutiva para medir a probabilidade de uma hipótese em função das evidências a seu favor (calculando, por exemplo, a probabilidade que um paciente tem de ter determinada doença em função dos sintomas que apresenta).
    A construção de uma lógica indutiva contou com a colaboração de vários positivistas lógicos, como Carnap e Reichenbach e ainda tem defensores até hoje, que procuram, por exemplo, implementar sistemas indutivos em computadores para gerar e avaliar hipóteses.
    Outra linha de pesquisa, o bayesianismo, utiliza o teorema de Bayes (em homenagem ao matemático inglês do século XVIII, Thomas Bayes) para atualizar o grau de confirmação de hipóteses e teorias a cada nova evidência, a partir de uma probabilidade inicial e das evidências a favor da teoria.
    Os sistemas de lógica indutiva e as tentativas de atribuir probabilidade a hipóteses e teorias têm sido bastante criticados e apresentam muitos problemas não resolvidos. Mesmo que se possa atribuir probabilidades a enunciados gerais, parece muito difícil – senão impossível – aplicar probabilidades às teorias científicas profundas, que tratam de conceitos não observáveis.

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  62. A partir das críticas à indução, Popper tenta construir uma teoria acerca do método científico (e também acerca do conhecimento em geral) que não envolva a indução – que não seja, portanto, vulnerável aos argumentos de Hume. A questão é: como é possível que nosso conhecimento aumente a partir de hipóteses, leis e teorias que não podem ser comprovadas?
    Popper aceita a conclusão de Hume de que a partir de observações e da lógica não podemos verificar a verdade (ou aumentar a probabilidade) de enunciados gerais, como as leis e teorias científicas. No entanto, diz Popper, a observação e a lógicas podem ser usadas para refutar esses enunciados gerais: a observação de um único cisne negro (se ele de fato for negro) pode, logicamente, refutar a generalização de que todos os cisnes são brancos. Há, portanto, uma assimetria entre a refutação e a verificação.
    A partir daí, Popper constrói sua visão do método científico – o racionalismo crítico – e também do conhecimento em geral: ambos progridem através do que ele chama de conjecturas e refutações. Isto significa que a busca do conhecimento se inicia com a formulação de hipóteses que procuram resolver problemas e continua com tentativas de refutações dessas hipóteses, através de testes que envolvem observações ou experimentos. Se a hipótese não resistir aos testes, formulam-se novas hipóteses que, por sua vez, também serão testadas. Quando uma hipótese passar pelos testes, ela será aceita como uma solução provisória para o problema. Considera-se, então, que a hipótese foi corroborada ou adquiriu algum grau de corroboração. E é isso que vemos na hipótese da reencarnação.

    Leitura recomendada: Does the Socio-Psychological Hypothesis Explain Cases of the Reincarnation Type? (Agosto de 1998)Journal of Nervous & Mental Disease. 186(8):504-506, Schouten SA, Stevenson I.

    No artigo acima você verá um teste da hipótese de reencarnação em que ela passou, ou seja, foi corroborada.

    04 - Como até o momento não vi em você um mínimo esforço para compreender meus argumentos,

    Você quer dizer seus "argumentos".

    05 - mas sim um grande esforço para rechaçá-los, taxando-os a priori como "noções falhas" sobre ciência e a filosofia, não vou mais tentar explicá-los.

    Lógico que não. Só iria piorar sua situação. Cada vez você se embanana mais.

    06 - A essência dos meus argumentos está aí em cima. Vire-se para entender, se quiser. Ou fique à vontade para discordar, rechaçar ou ridicularizar. Também estou à vontade para ignorá-lo e dar ouvidos apenas a outros que possam vir e concordar com você, mas que adotem postura menos arrogante e dogmática.

    Aceito o arrogante - realmente não faço a MÍNIMA questão de ser humilde - mas não o dogmático. Esse papel quem está exercendo aqui é você. É você quem está afirmando com base em noções MUITO erradas de Ciência e SEM ter lido os artigos sobre o assunto - que foram publicados em revistas científicas com fator de imapcto - que a reencarnação não é uma hipótese científica.

    Leia livros de Filosofia e Metodologia da Ciência e os artigos sobre reencarnação que recomendei se quiser debater de forma minimamente decente comigo.

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  63. Caro Cleiton,

    comentando:

    01 - É... pelo visto não fui o único a ter a impressão que o nosso amigo Vitor (Enfant) é muito dogmático e arrogante.

    Já disse que aceito o título de arrogante. Mas não aceito o de dogmático. Não sou eu quem escrevo em maiúsculas "ESPÍRITOS NÃO EXISTEM".

    02 - Ele pode até entender muito, mas de que vale tanto conhecimento se apenas enxerga o mundo pelas distorcidas e limitadas lentes de suas opiniões?

    Essa "crítica" realmente veio de quem escreveu "ESPÍRITOS NÃO EXISTEM"? Um pouco de auto-crítica faria bem. Não projete em mim os seus defeitos, meus caro. Já tenho os meus com que me preocupar.

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  64. Quando eu escrevo em letras maiúsculas "ESPÍRITOS NÃO EXISTEM" o faço com a convicção de alguém que lhe desafiou para uma experiência prática e viu você fugir com desculpas esfarrapadas.

    Se você, uma pessoa que demonstra tanta convicção (ou melhor, arrogância assumida) na existência dos espíritos, não tem coragem de encarar uma sessão espírita onde se espera que algum espírito realize qualquer tipo de fenômeno sobrenatural palpável (materialização, ectoplasma, levitação de objetos), então os espíritos só existem na sua cabeça.

    Por acaso você tem medo de fantasmas? (rs)

    BUUUU!

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  65. A única evidência que vi ser exposta com clareza nesse debate é a de que palavras ásperas são sintomas de uma causa vaga, dúbia e fraca...

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  66. Eu acredito piamente nos espíritos, principalmente nos de porco. (rs)

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