segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Espiritismo Moderno ou Ilusionismo Antigo – Parte 1


Em minha imersão no mundo mágico da ilusão tenho descoberto princípios, métodos, leis e técnicas que têm reforçado meu ceticismo em relação aos fenômenos sobrenaturais e/ou espirituais.

Não estou aqui afirmando categoricamente que toda e qualquer manifestação sobrenatural seja uma fraude, mas apenas que nunca me deparei com algo que cientificamente pudesse ser irrefutavelmente considerado como um legítimo fenômeno sobrenatural e/ou espiritual.

Pelo contrário, além de não encontrar respaldo para tais manifestações na verdadeira ciência, tenho descoberto que praticamente “tudo” pode ser devidamente reproduzido com técnicas de ilusionismo.


Por exemplo, vamos falar um pouco sobre o espiritismo moderno. Este tem como suas fundadoras as senhoritas estadudinenses Margaret e Kate Fox, conhecidas como as “irmãs Fox”. Segundo relata a história, tudo começou em 1847 na cidade norte-americana Hydesville (NY), quando começaram a ser ouvidas “estranhas” batidas nas paredes e móveis do quarto das irmãs Fox.

O pai das duas meninas, pressupondo serem as batidas de origem sobrenatural/espiritual, logo tratou de criar uma espécie de alfabeto-código para poder se comunicar com as “entidades invisíveis” que estavam causando aquele fenômeno.

Segundo o velho Fox, o contato foi estabelecido com os “batedores espirituais” em 31 de março de 1848, que declararam serem homens despojados dos seus corpos físicos, ou “mortos” (espíritos) e que ali estavam porque as meninas Fox eram médiuns capazes de lhes servir de instrumentos ou intermediárias.

Os “espíritos” contaram uma antiga história envolvendo um assassinato, e esta, após ser checada, verificou-se ser verdadeira. Com isto ficou patenteada como “legítima” a comunicação com os habitantes do além.


A notícia espalhou-se rapidamente e não demorou a surgirem vários outros “médiuns” alegando serem capazes de entrar em contato com o “mundo dos espíritos”.

Porém, segundo o teólogo Prof. Donald K. Keller, trinta anos depois de tudo ter começado, as irmãs Fox tornaram-se alcoólatras e no final de suas vidas declararam que tudo não passou de uma farsa fabricada.

Pelo que se sabe, a autora da farsa era uma irmã vinte anos mais velha que as enganava. Mesmo depois das "irmãs Fox" terem sido conscientizadas do engodo, elas preferiram ir adiante por algum tempo com toda aquela farsa devido ao ganho financeiro que obtinham com ela.

Continua...

4 comentários:

  1. Cleiton:

    Bom texto e em doses pequenas, o que é bom, para aguçar a curiosidade.

    Abraços.

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  2. Excelente blog!!!!

    Ainda nao encontrei tempo pra mergulhar nos textos, o que devo fazer neste Sabado. So tem aumentado minha curiosidade as olhadelas que andei dando por aqui.

    Nao sabia que vc tinha resgatado sua porcao ilusionista de maneira tao ativa. Quer dizer que teremos o prazer de ve-lo em acao quando voltarmos? Hehehe.

    Carol e eu acessaremos sempre este espaco, mantendo contato permanente com as variadas facetas de Cleiton Heredia. Parabens pela iniciativa!!!

    Abracao do teu irmao,

    Sinho.

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  3. Boa noite Cleiton, (eu sou espírita)

    Não pense que nós acreditamos nas coisas levianamente. Objetos sumindo, reaparecendo em outros locais, torneiras se abrindo, som ligando, portas fechando, tampas sendo levantadas entre tanto outros 'fenomenos' nós vivenciamos isto nos lares. Tenho certeza que ninguém montou um aparato de ilusionismo em minha casa.

    Além disso, você esqueceu de mencionar as comunicações que foram dadas pelo tal espirito.

    Enfim, só tome um pouco mais de cuidado no que você compartilha.

    Meu avô era extremamente católico, não queria saber de espiritismo. Agora, depois que desencarnou, veio dá mensagem pra gente avisa as filhas dele que o 'céu' não era do jeito que ele dizia, não tinha aquele luxo todo, que tinha muito trabalho, mas que era muito bom também.

    Se você REALMENTE buscar, procurar a verdade, você encontra.

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  4. Caro amigo Eduardo,

    Obrigado por seu comentário neste blog, pois sempre é muito gratificante manter contato com leitores participativos.

    As coisas que aqui escrevo estão fundamentadas em minhas pesquisas e experiência pessoal pautadas pela premissa de que a verdade não teme a investigação.

    Achei muito interessante o seu testemunho e como eu continuo investigando o sobrenatural e aberto para novas evidências, apreciaria muito avaliar os fenômenos a que se referiu com os devidos critérios científicos.

    Respeito sua opinião, mas devemos admitir que ela deve ser entendida como o testemunho de alguém que crê (tem fé) no mundo dos espíritos. Em outras palavras, seu testemunho está contaminado por suas crenças que de certo modo moldam e interpretam os fatos que ocorrem a sua volta.

    Não digo que você está errado ou mentindo, mas apenas que seu testemunho deveria ser ratificado por pessoas que não acreditam como você e, portanto, só se renderiam sob o peso das evidências cientificamente comprovadas.

    Estou aberto para o diálogo.

    Um forte abraço.

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