sexta-feira, 13 de junho de 2008
Sexta-feira 13
A origem do medo supersticioso em torno deste dia, considerado como um dia de azar ou mau agouro, não podem ser rastreado com precisão. Alguns acreditam que ele esteja relacionado com o fato de Cristo ter sido morto numa sexta-feira 13, uma vez que a páscoa judaica é comemorada no dia 14 de Nisan do calendário judaico.
Outros já o relacionam com a sexta-feira do dia 13 de outubro de 1307 quando a Ordem dos Templários passou a ser perseguida após ser declarada ilegal pelo rei Filipe IV, sendo seus membros presos, torturados e executados por heresia.
O número 13 em si mesmo, sem estar relacionado com o dia da semana, já é temido por muitos. Nos teatros não existem camarotes nº 13, em alguns hoteís não existem quartos nº 13 (substituem pelo nº 12-A), e até alguns prédios pulam a numeração do 12º para o 14º andar. Esta superstição pode estar relacionadas com o fato do número 12 ser considerado na Bíblia um número sagrado, e portanto, os números imediatamente anterior (11) e posterior (13) são tidos como um número místico e de azar respectivamente.
O fato de na última ceia de Cristo estarem presentes 13 pessoas e duas delas acabarem sofrendo no dia seguinte destinos trágicos, pode também ter alimentado o medo por este número. Existem também duas lendas nórdicas que alimentam esta superstição: a primeira fala de uma reunião de 13 deuses que acabou no maior “barraco”, e a outra fala da deusa Friga que acabou sendo transformada em bruxa pelos cristãos, e então para se vingar, passou a reunir-se com mais 11 bruxas e o demônio para ficarem, todos os 13, planejando como poderiam prejudicar os cristãos.
Como podemos notar, tanto na lenda nórdica como na tradição cristã existe o vínculo do número 13 ao sexto dia da semana. Mas também existe uma antiga tradição hebraica contando que Adão e Eva haviam comido do fruto proibido numa sexta-feira, sendo neste mesmo dia expulsos do Paraíso.
Por outro lado, em outras culturas o 13 é um número religioso muito apreciado: os pagodes hindus apresentam normalmente 13 imagens de Buda, na China e no antigo México o 13 era considerado como um número santo, e até nos Estados Unidos temos a águia revestida de 13 penas em cada asa (13 estados da antiga federação norte-americana?). Nosso saudoso jogador e técnico Zagalo fazia questão de mostrar a todos como o número 13 era seu número de sorte (lembra de suas frases de 13 letras?).
O fato é que em pleno século 21 ainda o mundo ainda está cheio de triscaidecafóbicos (fobia pelo número 13) e parascavedecatriafóbicos (fobia pela sexta-feira 13) fazendo que cerca de 800 a 900 milhões de dólares sejam perdidos todos os anos em negócios simplesmente porque as pessoas evitam voar ou fazer transações comerciais em dias como o de hoje, segundo estudos do Stress Management Center and Phobia Institute. Por outro lado, existem os expertos que sabem muito bem como lucrar em cima de todos estes medos e superstições.
No meio de toda esta história de medos alimentados por teorias supersticiosas acredito que certo mesmo está a teoria do simpático e folgado gato Garfield:
“Terríveis mesmo são as segundas-feiras 13”.
Pelo menos esta é um poquinho mais racional.
Postado por
Cleiton Heredia
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Eu me lembro do tempo em que era importante não ligar o micro numa sexta-feira 13. Existiam virus programados para agir na data. Nem sei se isso era verdade ou se era uma lenda...
ResponderExcluirZagallo: ainda não é saudoso (doente, mas vivo) sempre teve o 13 como referência. Dizem que ele é botafoguense. Os botafoguenses são os reis da superstição.
Eu, botafoguense, fico meio "sismado" com algumas coisas que só acontecem com o Glorioso de General Severiano.
Nada, porém, ligado negativamente ao número 13.
Texto interessante.