quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Coisas que eu sempre apreciarei no Cristianismo


Algumas pessoas podem querer entender que pelo fato de eu ter mudado minhas convicções em relação a deus, passei a menosprezar tudo aquilo que está relacionado às crenças, em especial à religião cristã.

Puro engano! Acredito que com minha atual perspectiva da vida passei a respeitar muito mais todas as crenças religiosas, do que antes quando eu era membro atuante em segmento do protestantismo e entendia que somente a minha religião continha a verdade absoluta.

Desde que suas crenças não prejudiquem a si mesmo, seu próximo, sua comunidade, seu país e o mundo em que vivemos, ela são válidas e merecem ser respeitadas por mais absurdas que para mim elas pareçam.

Por exemplo, existem muitas coisas no cristianismo que eu sempre irei apreciar e defender, independentemente se acredito ou não na divindade que os cristãos cultuam. São elas:

1) A regra áurea - "Faça ao teu próximo somente o que gostaria que lhe fizessem". Este é um princípio universal em todos os principais segmentos religiosos. No judaísmo - "Não faças ao teu semelhante aquilo que para ti mesmo é doloroso"; no islamismo - "Ninguém pode ser um crente até que ame o seu irmão como a si mesmo"; no taoísmo - "Considera o lucro do teu vizinho como teu próprio, e o seu prejuízo como se também fosse teu"; no zoroastrismo - "A Natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom para nós mesmos"; no jainismo - "Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos"; no hinduismo - "Não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor". Todos os homens de boa vontade concordam com esta regra, inclusive os ateus.

2) As Bem-Aventuranças - Todos estão de alguma forma em busca da felicidade. Neste sermão estão expressos alguns princípios básicos como a humildade, a mansidão, a justiça, a misericórdia, a sinceridade (pureza de coração) e a busca pela paz, que seguramente podem nos ajudar a promover a nossa felicidade, bem como a do nosso semelhante.

3) A história de Jesus - Não quero aqui entrar no mérito se Jesus realmente existiu, ou se existe grandes diferenças entre o Jesus da Bíblia e o Jesus da história. Quero apenas dizer que gosto muito da história de Jesus conforme relatado nos quatro evangelhos. Ela é uma linda, cativante e inspiradora história que sempre gosto de reler ou mesmo de assistir a filmes e documentários a respeito.

4) A tradicional música sacra cristã - Quando falo de tradicional estou me referindo desde o canto gregoriano dos padres da igreja católica, passando pelas grandes composições clássicas-cristãs de gênios como Haendel, Beethoven, Vivaldi, Bach, Chopin ou Mozart, até os mais famosos hinos da tradição protestante como "Preciosa Graça" (Amazing Grace), "Castelo Forte" ou "Mais perto quero estar". Podem me chamar de antiquado, mas não gosto da atual música gospel.

5) Os cristãos verdadeiros - Amo conversar com cristãos de verdade. Eles são calmos, educados, prudentes, conscienciosos, amorosos, cultos, honestos, equilibrados e cheios de esperança. Pena que sejam tão raros.

É claro que existem muitas outras coisas mais que eu aprecio e continuarei apreciando no cristianismo, mas acredito que estes que relacionei acima são suficientes para mostrar que as mudanças em minhas convicções não me transformaram em um anti-religioso ou um anticristão.

Para mim religião é sinônimo de caráter. E se assim for, entendo que não importa se você crê ou não em algum tipo de divindade, pois tanto religiosos como ateus podem partilhar desta mesma essência.

UMA FELIZ NOITE DE NATAL PARA TODOS.

4 comentários:

  1. Bela postagem.

    Concordo 100%.

    O espírito do Natal, por exemplo, é uma belíssima herança do cristianismo.

    Agora são 17:30h, e como acontece todo ano, a essa altura estamos de saída para realizar a ceia em família.

    Um feliz Natal para todos.

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  2. Cleiton,

    Além do que você asseverou existem outras fontes de admiração. Entre elas eu cito Paulo, como teólogo e como filósofo. O mais importante, sempre, é que não devemos, jamais, fechar as portas para a entrada (permanente) da VERDADE. Sei que você é assim e isso vale muito. Muito mesmo!

    Abraços e feliz Natal!

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  3. Lindo post, caro amigo. Mas, por favor, colocar em dúvida a existência histórica de Jesus Cristo é seguir uma tendência rejeitada por 90% dos historiadores, independentemente da crença religiosa.

    Abaixo, um site bem interessante.

    Forte Abraço

    http://adcummulus.blogspot.com/search/label/Exist%C3%AAncia%20de%20Jesus

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