segunda-feira, 28 de abril de 2008

Passos para a Apostasia


"Em 1861 numa reunião em que os primeiros sabatistas organizaram sua primeira Associação estadual, John Loughborough enfatizou o problema que os pioneiros viam no credo. De acordo com ele,

(1) ‘o primeiro passo para a apostasia é estabelecer um credo e dizer que devemos crer nele.

(2) O segundo é fazer desse credo um teste de discipulado.

(3) O terceiro é provar os membros por esse credo.

(4) O quarto passo é denunciar como heréticos aqueles que não crêem no credo.

(5) E, quinto, persegui-los por isso’

Tiago White então falou, mostrando que ‘estabelecer um credo é fazer estacas e levantar barreiras ao futuro desenvolvimento’. Ele se queixou de algumas pessoas que através de seus credos ‘delimitaram um caminho para o Todo-poderoso. Elas dizem virtualmente que o Senhor não deve fazer qualquer coisa no futuro, além daquilo que está marcado no credo. ... A Bíblia é nosso credo. Rejeitamos qualquer coisa na forma de um credo humano’, ele concluiu. Depois de uma animada discussão, a Associação unanimemente votou adotar um ‘Compromisso de Igreja’, que continha uma curta declaração de crenças fundamentais, sobre a base de que a Igreja tem a responsabilidade de dizer alguma coisa do que crê a seus membros e interessados, mesmo evitando um credo inflexível." - KNIGHT, George. Revista Ministério. As Mudanças do Adventismo. Edição única. Tatuí – SP, CPB, janeiro/fevereiro 1994. p. 21.

O Dr. Alberto R. Timm, Ph. D., em artigo publicado na Revista Adventista de junho de 2002, disse:

"As mais abalizadas e representativas exposições recentes do pensamento doutrinário adventista são o livro em português Nisto Cremos: 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), e a obra em inglês Handbook of Seventh-day Adventist Theology, Commentary Reference Series, vol.12 (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2000). Essas obras são indispensáveis para uma compreensão mais acurada das 27 crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia." - Adventismo: Histórias e Crenças, pág. 10.

As perguntas que faço são as seguintes:

(1) Possuem os Adventistas do Sétimo Dia crenças oficialmente votadas e aceitas como normativas de fé?

(2) A aceitação como membro na IASD é feita com base nestas crenças?

(3) Os membros são provados por estas crenças?

(4) Aqueles que não concordam com algum de seus preceitos são vistos como dissidentes?

(5) A igreja disciplina e remove os membros do seu rol com base nestas crenças?

Conforme forem suas respostas às perguntas acima você poderá concluir se a atual IASD distanciou-se ou não do ideal de seus pioneiros.

Qual foi sua conclusão?

sábado, 26 de abril de 2008

Cristianismo Mutante

Geoffrey Blainey, autor do livro que estou lendo, ao abordar o surgimento e desenvolvimento do Cristianismo observa de forma categórica:

"O cristianismo tornou-se como um sapato nas mãos de cem sapateiros, assumindo muitas formas diferentes até o ano 300. De província para província, a Igreja em expansão diferia em suas crenças e rituais. Um mercador e sua esposa que se transferissem de uma congregação na Ásia Menor para uma na Itália provavelmente teriam um choque quando vissem pela primeira vez seu novo pastor executar os rituais ou explicar sua teologia." Uma Breve História do Mundo, pág. 106.

Um pouco mais a frente ele relata a que ponto o Cristianismo mudou após quatro séculos de existência:

"... e os primeiros seguidores de Cristo tivessem voltado a viver, não teriam reconhecido muitas das crenças e rituais da Igreja que eles tinham ajudado a fundar." Idem, pág. 109.

Esta última frase me fez recordar de um texto que li num livro publicado pela CPB (2005) de autoria de um dos maiores professores de história da Igreja Adventista, George R. Knight:

"A maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as '27 Crenças Fundamentais' da denominação." Em Busca de Identidade, pág. 16.

O interessante é que ele foi corajoso o suficiente para, além de reconhecer isto, ser bem específico:

"Para ser mais específico, eles não poderiam aceitar a crença número 2, que trata da doutrina da trindade ... a maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia teria dificuldade em aceitar a crença fundamental número 4, que afirma a eternidade e a divindade de Jesus ... a maioria dos líderes adventistas também não endossaria a crença fundamental número 5, que trata da personalidade do Espírito Santo." Idem, pág. 16 e 17.

Na verdade, todas estas três especificações se resumem na primeira, Trinitarianismo.

É curioso observar que entre as mutações ocorridas no Cristianismo nos primeiros três séculos e as mutações ocorridas nas Crenças Fundamentais dos Adventistas, destaca-se como um ponto comum a introdução do dogma da Trindade.

O cristianismo começou a preparar caminho para o trinitarianismo já no Credo de Nicéia em 325 d.C. e o incorporou de forma definitiva no Credo de Atanásio entre 381 e 428 d.C.

A Igreja Adventista começou a preparar caminho para o trinitarianismo com o artigo de F.M. Wilcox em 1913 e o incorporou de forma oficial na Assembléia Geral de Dallas em 1980.

Como estas mutações são historicamente irrefutáveis, desenvolveu-se o pensamento da "Verdade Progressiva", ou seja, assim como na série fictícia "X-Men" as mutações produziram seres humanos mais fortes e com habilidades especiais, assim também defende-se as mutações teológicas como uma evolução no processo de crescimento da igreja.

E você? Como entende estas mutações?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Aqui no Brasil a gente perde o Padre mas não perde a Piada

Enquanto isto, em algum lugar, finalmente o Padre aprende a ligar seu GPS...

De onde será que o Padre tirou essa idéia?

Hummmmm... Acho que já entendi tudo!

Últimas notícias sobre "O Padre Perdido"

Esta história ainda vai acabar virando filme...













Mais um brasileiro no LOST !!!

Certas coisas seriam cômicas se não fossem trágicas!


Como é que o Padre "Baloeiro" me sai para uma aventura de risco significativo sem saber operar parte do equipamento básico de segurança?

"Preciso entrar em contato com o pessoal, para que eles me ensinem a operar esse GPS, para dar as coordenadas de latitude e longitude, que é a única forma que alguém por terra possa saber onde eu estou." - Padre pedindo ajuda logo após sua decolagem.

Existe um livro chamado "Sobre homens e montanhas" escrito por Jon Krakauer que traz algumas histórias verídicas de aventureiros que acabaram morrendo por alguma estupidez do tipo, cara perdido há dias avista um avião, que também o vê, e acena com apenas uma mão (sinal característico de que está tudo bem, não preciso de ajuda), quando o certo seria com os dois braços juntos balançando no alto da cabeça. O coitado desavisado acabou morrendo só por causa deste pequeno detalhe.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bando de gente mal educada!


Hoje estou revoltado!

Nestes últimos dias tenho sido obrigado a depender do transporte público (metrô, trem e ônibus) para me dirigir ao trabalho, pois meu carro está no mecânico aguardando uma peça chegar.

Mas minha revolta não é por que estou sem carro, e sim por causa da falta de educação, cortesia e civilidade típica do povo brasileiro.

Tudo bem, reconheço que existe uma superpopulação no horário de pico fazendo uso destes transportes, de forma que os recursos disponíveis são insuficientes para todos ao mesmo tempo. Mas isto não é desculpa para a grosseria e selvageria manifestada por muitos usuários.

Por exemplo: se existe uma multidão se dirigindo pelos corredores do metrô, porque é tão difícil para alguns entenderem que não adianta empurrar ou forçar passagem? Por que será que insistem em cortar fila e tentarem burlar a organização natural orientada pelo bom senso?

O problema é cultural. Já viram como os japoneses agem em situações semelhantes? Todos caminham de forma disciplinada, cada um espera sua vez, respeitam os mais idosos, são civilizados.

Já o brasileiro, que tragédia! No trem estava tocando música clássica. Tudo bem, nem todos são obrigados a gostar de música clássica (isto também é uma questão cultural). Aí chega o "manézão" com seu celular ou mp3 comprado a prestação nas Casas Bahia e começa a escutar sua música predileta tão alto, que mesmo com fone de ouvido, todos ao seu lado são obrigados a ouvir aquele barulho que ele chama de música. E ai daquele que for reclamar, pois acabará ouvindo: "Tá incomodado? Então vai de táxi ou compra um carro!" Desrespeito total e total falta de discernimento sobre o que é viver em comunidade.

Eta povinho! Não se ofenda, pois sei que você que lê este blog faz parte de uma minoria que não compartilha do subdesenvolvimento cultural deste país.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Cada um por si e Deus por MIM


Estava hoje vindo de trem para o trabalho e comecei a reparar nas pessoas ao meu redor - cada um com o seu fone de ouvido.

Vivemos num mundo onde a moderna tecnologia permite que levemos no pequeno espaço de um simples bolso, sofisticados aparelhos coma capacidade de armazenar e reproduzir com qualidade digital algumas centenas de músicas e áudios-livro, bem como captar estações de rádio.

Um avanço tecnológico muito importante e "útil" para alguns, porém agravando uma forte tendência desta atual geração - O INDIVIDUALISMO.

Antigamente (década de 50 e 60) era relativamente comum ver uma pessoa entrar num transporte coletivo, sentar-se ao lado de um desconhecido e começar a puxar uma conversa:

- Com licença
- Bom dia
- Calor hoje, não?
- Sim, acho que irá esquentar ainda mais
- Você viu ontem a notícia no tele-jornal?
...
E por aí iam conversando até um ter saltar no próximo ponto ou estação.

Hoje o que vemos é uma multidão de pessoas alienadas em seus mundos e vivendo suas vidas sem sequer sentir a necessidade de notar o outro ao seu lado. A tecnologia dos portáteis está criando barreiras invisíveis entre os seres humanos, isolando-os socialmente e dando a impressão que o mundo gira ao seu redor.

Pobre homem moderno, obrigado a conviver com as mazelas do crescimento populacional, mas cada vez mais solitário em seu próprio mundo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Exemplo de Vida – Buster Martin

- Nasceu na França em 01/09/1906
- Levado para a Inglaterra quando tinha 3 meses, tornando-se órfão
- Viveu em um orfanato do qual foi expulso aos 10 anos de idade, por comer demais
- Trabalhou como garoto de recados no Mercado Brixton, no subúrbio de Londres
- Aos 14 anos casou-se Iriana Martin com a qual viveu por 35 anos e teve 17 filhos
- Com 15 anos entrou para as Forças Armadas aonde chegou a ser instrutor de educação física
- Serviu na 2ª guerra mundial
- Aos 49 anos deu baixa das Forças Armadas e ficou viúvo

Até aqui nada de extraordinário, certo?

Bem, este cidadão se aposentou aos 97 anos de idade e quando completou 99 anos, não agüentando ficar parado, arranjou um emprego como lavador de Vans da Pimlico Pumblers (a maior empresa de encanamento de Londres – a empresa possui 100 vans).

Fantástico, não? O cara se aposenta com 97 anos e depois vai trabalhar de lavar carros. Ele é o funcionário mais velho em atividade no Reino Unido.

Mas, esta não é sua maior proeza. Atualmente este homem está mais vivo do que nunca. Com 101 anos e 6 meses de idade (março 2008) ele se tornou o mais velho meio-maratonista do mundo ao completar em 5h13min13s a “Roding Valley Half Marathon”.

Demais, não? Mas espera que ainda não acabou!

O ancião não satisfeito com sua magnífica conquista, no dia 14 de abril de 2008 resolveu correr a Maratona de Londres com todos os seus 42.195 metros.

Advinha o que aconteceu?

O que? Morreu no meio do caminho? Que nada! O homem completou a prova em pouco mais de 14 horas.

Bom, você deve estar pensando, agora chega!

Chega nada! Não é que o velhinho está se preparando agora para correr a distância de 30 milhas (aproximadamente 50 km).

Buster Martin treina três vezes por semana por cerca de três horas e meia. Faz alongamentos, enfrenta distâncias curtas e também treinos mais longos, além de uma sessão de boxe. Isto tudo nas horas vagas, pois ainda trabalha todos os dias na lavação dos furgões.

Perguntado do porque fazer todo este esforço com toda esta idade, Buster “biônico” Martin responde:

“Porque o tédio é um assassino. Não importa se estou correndo, trabalhando ou treinando na sala de ginástica, o que quero é me manter ativo e sempre muito ocupado”.

Qual o segredo de tal longevidade e vitalidade? Buster, que não gosta de ser chamado de "senhor", responde:

“É muito simples: o desejo de ficar sempre ativo e de aproveitar cada minuto da vida. Se eu acordo de manhã, tenho confiança de que vou viver um bom dia”.

E pensar que existem alguns “jovens” entre 40 e 50 anos que pensam que já estão velhos demais para começar a viver como sempre deveriam ter vivido – EM PLENA ATIVIDADE!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

2ª Etapa das Corridas de Montanha 2008 – Serra da Cantareira / Mairiporã


A 2ª Etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Montanha foi realizada neste domingo, dia 20/04/08, no município de Mairiporã, com largada e chegada no complexo “Velhão”.

Foi a primeira vez que eu estive no “Velhão” e fiquei impressionado de ver toda aquela estrutura construída com material usado e reciclado. Desde que comecei a correr no Circuito de Montanhas tenho tido a oportunidade de conhecer locais que eu jamais teria a curiosidade de conhecer ou mesmo saberia que existem caso não fossem pelas corridas lá realizadas.

As corridas de montanha não são apenas uma modalidade de esporte para gente maluca que adora acordar de madrugada no domingo para se embrenhar no meio do mato e se ralar todo. Corrida de montanha também é turismo cultural, além, é claro, do local ideal para encontrar amigos incríveis (todos piradinhos da silva) e de estar em contato com a natureza.

Um pouco antes da largada fiquei sabendo que cerca de 10 dos 12 quilômetros seriam percorridos no asfalto. Como não teríamos que percorrer muito tempo por trilhas enlameadas e escorregadias, tratei de trocar meu tênis próprio para trilhas por um mais leve de rua. Ainda bem que tinha levado outro tênis, pois esta troca foi a melhor coisa que fiz nesta corrida.

A largada foi às 8 horas da manhã com um tempo bem nublado. Descemos uns 200 metros por uma estradinha de terra e já nos deparamos com um gargalo. Todos tivemos que parar e esperar sua vez de subir um barranco íngreme e escorregadio. Estes gargalos logo no início da prova quando ainda todos estão bem juntos são muito complicados. O ideal é que houvesse tempo suficiente para todos correrem livremente de forma a haver uma separação natural de acordo com o ritmo de cada corredor. Mas por outro lado, quem corre pelas montanhas já há algum tempo sabe que nesta modalidade você tem que estar acostumado com o imprevisível e esquecer aquilo que é convencional.

Com menos de 1 km de prova já estávamos todos correndo pelo asfalto indo em direção a um condomínio fechado na Serra da Cantareira. A corrida aconteceu quase toda dentro deste condomínio. Foi um sobe e desce constante, bem normal e esperado em todas as corridas de montanha. Porém, como estamos acostumados a subir e descer em meio de inúmeros obstáculos, posso dizer que esta corrida foi na verdade um calmo, tranqüilo e sossegado passeio. Completei a prova em 7º lugar na minha categoria com um tempo em torno de 1 hora e 22 minutos (até meu tempo foi um tempo de passeio).

O destaque desta etapa ficou para o café da manhã oferecido a todos os corredores logo após a prova. O local era muito agradável e a comida com uma qualidade e quantidade para corredor esfomeado nenhum botar defeito: sucos, iogurte, café, leite, pães caseiros de vários formatos e sabores, manteiga, patês, geléia, frutas, frios, queijos, bolos, tortas, doces, e tinha até salsicha e ovos mexidos. Comi tanto que só consegui almoçar lá pelas 4 horas da tarde. Esta foi a primeira corrida da minha vida que ao invés de sair com umas 1000 calorias a menos devo ter saído com umas 2000 a mais.

Bem, para quem achou que faltou trilha nesta prova, não se preocupe que em Extrema, daqui a duas semanas (03 de maio), teremos uma overdose (24 km) de trilhas alucinantes no maior breu para saciar nossos desejos mais insanos.

Até Extrema!

Sites relacionados:

http://www.corridasdemontanha.com.br
http://www.velhao.com.br

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Papa Global

No dia 18/04/08 o Papa fez o seu tão esperado discurso na ONU onde fez uma eloquente defesa pelos direitos humanos, conclamando todas as demais nações ao "dever primário de proteger sua própria população de graves e constantes violações dos direitos humanos".

Disse também que a ONU tem o "dever" de intervir para proteger a população diante de crises humanitárias e violações de direitos, quando os próprios Estados não tomam essa atitude: "Se os países são incapazes de garantir essa proteção, a comunidade internacional deve intervir através dos meios jurídicos disponíveis nas Nações Unidas".

Bento XVI prosseguiu advertindo, no entanto, que qualquer ação por parte da comunidade internacional deve respeitar "os princípios que orientam a ordem internacional", que por sua vez "não devem jamais ser interpretados como uma imposição desautorizada ou uma limitação da soberania".

Não é a primeira vez que um Papa discursa na ONU, pois antes dele, seu antecessor João Paulo II lá esteve nos anos de 1979 e 1995. O primeiro Papa a visitar a ONU foi Paulo VI em 1965.

Mas interessante mesmo foram as palavras de boas-vindas do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: "Sua Santidade, de muitas formas, sua missão é a nossa". E logo depois concluiu agradecendo ao Papa por sua confiança no trabalho da ONU: "Sua Santidade, estas são metas fundamentais que compartilhamos e agradecemos por suas orações enquanto nos encaminhamos para a sua concretização".

PONDERAÇÕES

Para quem esperava alguma bombástica declaração "profética" que sugerisse uma iminente imposição de um decreto dominical, a decepção deve ter sido grande. Ao invés de conclamar um maior respeito ao "sábado cristão" (domingo), o Papa falou de direitos humanos e, pasmem, de respeito à liberdade religiosa.

Por outro lado, sua postura de autoridade perante as Nações Unidas, bem como o respeito e reconhecimento de todos desta autoridade, nos leva a uma profunda admiração. Quem em todo mundo possui tal autoridade? O Papa já não é somente o líder de um segmento cristão, mas é o Papa do mundo. Ele não dirige mais somente seus fiéis na Igreja Católica Apostólica Romana, mas conduz todas as demais religiões do planeta na busca da convivência pacífica e da "verdade" comum. Ele é o Papa amigo dos Estados Unidos e conselheiro-mor na ONU. Ele é o Papa global.

Agora imaginem vocês se uma terrível e surpreendente catástrofe de amplitude global acontecesse e a população do planeta a entendesse como juízos divinos sendo derramados. Quem vocês acham que seria o líder espiritual a ser ouvido neste momento de caos e desespero? Dalai Lama? O presidente do Conselho Mundial das Igrejas? O presidente da Conferência Geral da IASD? O único ser neste planeta que seria ouvido e respeitado é o pai (papa) de todos - o Papa Global.

Bem, quanto ao tal decreto dominical, se é que ele um dia virá, deve estar sendo conduzido hoje de maneira sorrateira nos bastidores.

FONTE:

http://afp.google.com/article/ALeqM5i60ck_aaiwCBLm7XvFtUro6buT_w

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2756937-EI8141,00-Papa+ONU+deve+intervir+diante+de+crises+e+violacoes.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2757159-EI294,00-Ban+vincula+missao+da+ONU+a+mensagem+do+papa+em+favor+da+paz.html

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Algumas declarações do Papa Bento XVI perante a nação americana

Em seu discurso no dia 16/04/08 disse que chega aos EUA "como amigo e anunciador do Evangelho e como alguém que tem grande respeito por esta vasta sociedade pluralista".

O discurso do Papa esteve centrado na liberdade e em particular, na liberdade religiosa: "Nos EUA todos os crentes encontraram a liberdade de adorar a Deus, segundo as determinações de sua consciência".

Desde o nascimento dos EUA, "a busca da liberdade da América foi guiada pela convicção de que os princípios que governam a vida política e social estão intimamente relacionados com uma ordem moral, baseada no senhorio do Deus criador".

O Papa citou seu antecessor João Paulo II, que dizia que "em um mundo sem valores a liberdade perde seu fundamento" e que uma "democracia sem valores perde sua própria alma".

Outro a ser citado pelo líder da Igreja Católica foi o presidente americano, que, em seu discurso, afirmou que a religião e a moralidade "são suportes indispensáveis" para a "prosperidade política".

O Papa conclui com uma das frases símbolo nos EUA: "Que Deus abençoe a América".

No discurso do dia 17/04/08 perante os representantes de diferentes religiões ele pediu calma e clareza ao serem debatidas as diferenças, não somente para preservar a paz, mas para descobrir "a verdade" compartilhada por todos.

"Não temos nada a temer, já que a verdade nos revela a relação essencial entre o mundo e Deus", disse o Papa, que durante seu discurso elogiou a convivência pacífica nos Estados Unidos entre pessoas de diferentes crenças.

Bento XVI expressou seu desejo de que outras sociedades sigam o exemplo americano e se dêem conta de que "uma sociedade unida pode surgir da pluralidade" e defendeu a liberdade religiosa como um "direito civil básico".

O pontífice insistiu em que a defesa da liberdade religiosa é uma tarefa que nunca acaba e lembrou que mesmo nas sociedades tolerantes os credos minoritários sofrem injustiças, discriminação e preconceitos.

O chefe da Igreja Católica mencionou as escolas religiosas como um exemplo da contribuição da religião à sociedade civil. Segundo ele, ao ajudar a descobrir a "dignidade outorgada por obra divina a cada ser humano, os jovens aprendem a respeitar as crenças e práticas de outros e, conseqüentemente, reforçam a vida cívica de uma nação".

Vivemos momentos históricos nos quais com freqüência se evitam questões profundas como: "Qual é a origem e destino da humanidade?" ou "O que é o bem e o mal?", indicou o Papa, que disse que ao longo da história o ser humano sempre encontrou a resposta a essas dúvidas na fé.

Ao encerrar seu discurso, Bento XVI insistiu em que os líderes religiosos podem ser instrumentos da paz, ao defender a vida e a liberdade de religião no mundo todo.

Neste mesmo dia em seu discurso na Universidade Católica da América em Washington, o Papa destacou a importância da chamada "liberdade acadêmica" e de buscar "a verdade onde a análise rigorosa da evidência lhes leve".

No entanto, advertiu que em nome da "liberdade acadêmica" não se podem "justificar posições que contradigam a fé e o ensino da Igreja", pois isso "obstaculizaria ou inclusive trairia a identidade e a missão da universidade".

MINHAS CONSIDERAÇÕES

Quem diria! O Papa elogiando a liberdade de adorar a Deus segundo as determinações de cada consciência. Nem parece a mesma instituição que no milênio passado torturou e matou milhares de pessoas que apenas queriam ser coerentes com sua própria consciência.

Mas entre um elogio e outro o Papa acaba dando umas "indiretas" das reais pretensões do poder que representa: " em um mundo sem valores a liberdade perde seu fundamento" (Papa Bento XVI citando o Papa João Paulo II). Quais valores? Valores humanos ou valores que a Igreja Católica Apostólica Romana considera e defende serem os corretos para o mundo?

Declara que defende a liberdade religiosa como um "direito civil básico" e elogia os Estados Unidos desejando que outras sociedades sigam o exemplo americano, mas nada menciona sobre as leis pós 11 de setembro de 2001 onde este direito civil básico pode ser sumariamente cortado caso ameace a soberania do "Império" Norte-Americano.

Fala em uma Universidade da importância da "liberdade acadêmica" em buscar "a verdade onde a análise rigorosa da evidência lhes leve", mas na sequência adverte que em nome da "liberdade acadêmica" não se podem "justificar posições que contradigam a fé e o ensino da Igreja"

Alguém tem dúvidas de que ele está falando da fé e dos ensinos da Igreja Católica Apostólica Romana?

"ROMA NÃO MUDA" - Ellen G. White - Eventos Finais pág.130.

FONTES:

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2747142-EI8141,00-Papa+EUA+devem+continuar+solucionando+crises.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2755802-EI8141,00-Papa+convida+religioes+a+debater+diferencas+com+calma.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2755816-EI8141,00-Papa+ensino+religioso+deve+ser+acessivel+a+todos.html

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Série Mudanças - Considerações Finais

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Nas minhas últimas seis postagens estive absorto em minha pesquisa através dos últimos 48 anos de história, na tentativa de procurar entender o que está acontecendo com nossa atual geração. Nesta pesquisa escolhi focar algumas áreas que acredito desempenharem um papel importante nestas mudanças, pois as incentivaram, bem como também as refletem:

Moda (mais de 20 referências)
Cinema (cerca de 130 filmes)
Informática e Tecnologia (mais de 40 referências)
Música (cerca de 70 cantores ou bandas)
Seriados de TV (mais de 80 seriados)
Desenhos Animados (cerca de 75 desenhos)
Brinquedos (mais de 70 referências)
Vídeo Games (quase 100 exemplos)

Antes de mais nada, quero dizer que estou consciente de minhas limitações no assunto em questão, de forma que não tenho qualquer pretensão de fazer uma análise técnica, mas simplesmente apresentar minhas reflexões pessoais.

Os meios de comunicação de massa sempre exploraram a violência e o sexo como uma forma de angariar público, porém nunca da forma tão apelativa como presenciamos atualmente. Consequentemente as relações sociais, familiares e sexuais, bem como os valores tais como sucesso, fama e poder acabam sendo redefinidos. Aquilo que antes era ruim, passa a ser tolerável, para em seguida se tornar aceitável e até defensável.

Quem é o culpado? O público ou a Mídia?

A mídia oferece aquilo que as massas querem ver e ouvir. Se existem filmes com violência exacerbada é porque existem pessoas que consomem este tipo de filme, se existem seriados para TV altamente erotizados é porque existe público para eles. Caso o filme "A Laranja Mecânica" tivesse sido um fracasso de público, você acha que os cineastas continuariam investindo neste tipo de filme?

Por outro lado as preferências do público podem e são manipuladas pela mídia. Para faturar os empresários deste segmento são capazes de qualquer coisa. Eles perceberam que aquilo que é grotesco e choca tem um poder hipnótico de atrair e prender a atenção de muitas pessoas, por isso, usam e abusam deste recurso. No entanto, à medida que fazem isso, vão cauterizando a opinião pública de forma que fiquem cada vez mais tolerantes aos abusos por eles cometidos.

Mídia e Público, aqui estão juntos a fome com a vontade de comer.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Comparando os anos 60 com os atuais

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Sabe quando você fica muito tempo sem ver uma criança e depois de alguns anos a revê? Geralmente nos surpreendemos e dizemos mais ou menos o seguinte: "Nossa como você cresceu! Você está tão diferente! Mudou muito desde a última vez que a vi". Já aqueles que convivem diariamente com esta criança não ficam surpreendidos com as mesmas grandes mudanças que ocorreram com ela ao longo de todos estes anos, apesar de ter acompanhado bem de perto todas elas. É exatamente isto, como as mudanças ocorreram de forma lenta e gradativa, não foram tão perceptíveis no dia a dia, quanto o são no espaço de alguns anos.

Em relação à percepção das mudanças deste mundo acontece a mesma coisa. As pessoas que, como eu, nasceram na década de 60, puderam acompanhar no dia a dia todas as mudanças registradas nas últimas cinco postagens (caso já as tenha lido recomendo dar uma nova "olhada", pois conforme fui avançando em minha pesquisa precisei constantemente voltar e revisar todo o material, principalmente acrescentando novas informações):

1) DÉCADA DE 60

2) DÉCADA DE 70

3) DÉCADA DE 80

4) DÉCADA DE 90

5) QUASE 1ª DÉCADA DO SÉC.XXI

Na comparação dos dias, meses e anos à curto prazo muitas vezes não nos apercebemos das radicais mudanças pelas quais o mundo em que vivemos tem passado. Porém, quando paramos para refletir à longo prazo, e comparamos os dias atuais com aqueles de quando éramos crianças, nos surpreendemos e nos assustamos ao ver como tudo está mudado.

Por exemplo, comparemos a década de 60 com os últimos oito anos de história:

1) No fim da década de 60 o homem pisava na Lua...

... porém atualmente já existe o ônibus espacial capaz de voar continuamente para o espaço, inclusive levando alguns (milionários) para um passeio turístico na extratosfera.

Isto sem falar das sondas espaciais que já visitaram vários outros planetas.

2) Compare a moda ousada e sensual da década de 60...

com a de hoje.

Ou o look rebelde dos anos 60...

... com o look rebelde atual.

Ou ainda a dança nos anos 60...

... com a algumas danças da atualidade.

Isto sem entrar em detalhes sobre a nudez dos anos 60...

... e a nudez atual.

3) Cinema

Cenas clássicas de um filme de suspense dos anos 60 (Os Pássaros - 1963)


Cenas de um filme de suspense atual (O Albergue - 2005)


Cena clássica de morte de um filme dos anos 60 (Psicose - 1960)

Cena de morte de um filme atual (Jogos Mortais IV - 2007)

Cena sensual de um filme dos anos 60 (A Primeira Noite de um Homem - 1967)

Cena sensual de um filme atual (Instinto Selvagem 2 - 2006)

Cena de sexo de um filme dos anos 60 (Cleópatra - 1963)

Cena de sexo de um filme atual (Ken Park - 2002)

4) Música

"E que tudo mais vá pro inferno" - Roberto Carlos (anos 60)

"Vou te levar pra cama, Vou te deixar toda nua, Vou te morder, Vou te lamber safada! Você vai ficar tesuda" - Aviões do Forró (Atual)

5) Seriados de TV

Os seriados dos anos 60 geralmente eram muito bem comportados



Se bem que às vezes aparecia algumas "coisas meio estranhas" (mas poderíamos dizer que a maldade está nos olhos de quem vê - será???)
Subindo pela Batcorda (porque eles precisavam subir tão coladinhos?)

A Batdança (nesta o Batman soltou a franga)


Já os seriados atuais para TV...

Algumas cenas da série "The L Word" (lesbianismo explícito)


O nome "Californication" já diz tudo

Cena da série "Nip/Tuck" (quem pega o sabonete?)

Cena da série "Dirt" (esta é a Courteney Cox do seriado "Friends")

6) Desenhos das Histórias em Quadrinhos (Comics)

É interessante analisar a evolução dos desenhos ao longo ds anos. Veja por exemplo como evoluiu a arte gráfica do Batman:

Anos 60

Anos 80

Atual (acho que ele andou tomando esteróides anabolizantes)

Com o Superman foi a mesma coisa:

Anos 60

Anos 80

Atual

Esta tendência reflete uma cultura que foi evoluindo para uma ênfase cada vez maior no aspecto físico e estético. No caso da Batgirl, uma heroína feminina, esta tendência lhe concedeu um corpo bem mais sensual.

Anos 60

Anos 80

Atual

7) Desenhos Animados (Cartoons)

Já comentei na postagem anterior alguma coisa sobre os atuais desenhos animados em compração com os de décadas passadas. Mas só para reforçar, veja estes três desenhos da década de 60...
Os Flintstones - As aventuras de uma família na Idade da Pedra

Manda-Chuva - As aventuras gato líder de um bando de gatos

Speed Racer - As aventuras de um corredor em seu carro de competição

... e os compare com os desenhos atuais
As Meninas Super Poderosas - Heroínas órfãs criadas por um cientista que as transformou no que são devido a um acidente

Mansão Foster para Amigos Imaginários - As aventuras de um garotinho que descobre uma mansão onde vive amigos imaginários abandonados por outras crianças

Creepie - As aventuras de uma menina criada por uma família de insetos

Os temas dos atuais desenhos são nada convencionais. Tudo isto reforça a atual tendência entre as crianças de preferir aquilo que é exótico, singular, estranho, incomum e até bizarro. Crianças que crescem acostumados com estes atuais desenhos não conseguem mais apreciar um desenho feito nas décadas passadas, tidos como "caretas" - Quanto mais "escroto" for o desenho, mais legal.

Não estou dizendo com isso que os desenhos antigos são melhores que os desenhos atuais, mas penas dizendo que são bem diferentes em linguagem gráfica e conceitual. E como são diferentes, a influência que exercem sobre as atuais crianças não serão as mesmas de décadas passadas.

8) Os brinquedos

Eles evoluíram e foram se transformando juntamente com o avanço da tecnologia e da influência da mídia (televisão, cinema e games). Porém, é interessante como de tempos em tempos alguns brinquedos, tidos como antigos e ultrapassados, voltam e acabam virando moda.

Lembra na década de 90 a "febre do Ioiô"?

Atualmente a mania é este brinquedo aqui, o Ioiô Chinês

9) Informática e Tecnologia

E menos de 40 anos saímos disto...

... para isto

10) Vídeo Games

Aquilo que começou assim...


... já está assim...


... e caminha para isto.


Conclusão

Na próxima e última postagem da série. Aguardem!