Em seu discurso no dia 16/04/08 disse que chega aos EUA "como amigo e anunciador do Evangelho e como alguém que tem grande respeito por esta vasta sociedade pluralista".
O discurso do Papa esteve centrado na liberdade e em particular, na liberdade religiosa: "Nos EUA todos os crentes encontraram a liberdade de adorar a Deus, segundo as determinações de sua consciência".
Desde o nascimento dos EUA, "a busca da liberdade da América foi guiada pela convicção de que os princípios que governam a vida política e social estão intimamente relacionados com uma ordem moral, baseada no senhorio do Deus criador".
O Papa citou seu antecessor João Paulo II, que dizia que "em um mundo sem valores a liberdade perde seu fundamento" e que uma "democracia sem valores perde sua própria alma".
Outro a ser citado pelo líder da Igreja Católica foi o presidente americano, que, em seu discurso, afirmou que a religião e a moralidade "são suportes indispensáveis" para a "prosperidade política".
O Papa conclui com uma das frases símbolo nos EUA: "Que Deus abençoe a América".
No discurso do dia 17/04/08 perante os representantes de diferentes religiões ele pediu calma e clareza ao serem debatidas as diferenças, não somente para preservar a paz, mas para descobrir "a verdade" compartilhada por todos.
"Não temos nada a temer, já que a verdade nos revela a relação essencial entre o mundo e Deus", disse o Papa, que durante seu discurso elogiou a convivência pacífica nos Estados Unidos entre pessoas de diferentes crenças.
Bento XVI expressou seu desejo de que outras sociedades sigam o exemplo americano e se dêem conta de que "uma sociedade unida pode surgir da pluralidade" e defendeu a liberdade religiosa como um "direito civil básico".
O pontífice insistiu em que a defesa da liberdade religiosa é uma tarefa que nunca acaba e lembrou que mesmo nas sociedades tolerantes os credos minoritários sofrem injustiças, discriminação e preconceitos.
O chefe da Igreja Católica mencionou as escolas religiosas como um exemplo da contribuição da religião à sociedade civil. Segundo ele, ao ajudar a descobrir a "dignidade outorgada por obra divina a cada ser humano, os jovens aprendem a respeitar as crenças e práticas de outros e, conseqüentemente, reforçam a vida cívica de uma nação".
Vivemos momentos históricos nos quais com freqüência se evitam questões profundas como: "Qual é a origem e destino da humanidade?" ou "O que é o bem e o mal?", indicou o Papa, que disse que ao longo da história o ser humano sempre encontrou a resposta a essas dúvidas na fé.
Ao encerrar seu discurso, Bento XVI insistiu em que os líderes religiosos podem ser instrumentos da paz, ao defender a vida e a liberdade de religião no mundo todo.
Neste mesmo dia em seu discurso na Universidade Católica da América em Washington, o Papa destacou a importância da chamada "liberdade acadêmica" e de buscar "a verdade onde a análise rigorosa da evidência lhes leve".
No entanto, advertiu que em nome da "liberdade acadêmica" não se podem "justificar posições que contradigam a fé e o ensino da Igreja", pois isso "obstaculizaria ou inclusive trairia a identidade e a missão da universidade".
MINHAS CONSIDERAÇÕES
Quem diria! O Papa elogiando a liberdade de adorar a Deus segundo as determinações de cada consciência. Nem parece a mesma instituição que no milênio passado torturou e matou milhares de pessoas que apenas queriam ser coerentes com sua própria consciência.
Mas entre um elogio e outro o Papa acaba dando umas "indiretas" das reais pretensões do poder que representa: " em um mundo sem valores a liberdade perde seu fundamento" (Papa Bento XVI citando o Papa João Paulo II). Quais valores? Valores humanos ou valores que a Igreja Católica Apostólica Romana considera e defende serem os corretos para o mundo?
Declara que defende a liberdade religiosa como um "direito civil básico" e elogia os Estados Unidos desejando que outras sociedades sigam o exemplo americano, mas nada menciona sobre as leis pós 11 de setembro de 2001 onde este direito civil básico pode ser sumariamente cortado caso ameace a soberania do "Império" Norte-Americano.
Fala em uma Universidade da importância da "liberdade acadêmica" em buscar "a verdade onde a análise rigorosa da evidência lhes leve", mas na sequência adverte que em nome da "liberdade acadêmica" não se podem "justificar posições que contradigam a fé e o ensino da Igreja"
Alguém tem dúvidas de que ele está falando da fé e dos ensinos da Igreja Católica Apostólica Romana?
"ROMA NÃO MUDA" - Ellen G. White - Eventos Finais pág.130.
FONTES:
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2747142-EI8141,00-Papa+EUA+devem+continuar+solucionando+crises.html
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2755802-EI8141,00-Papa+convida+religioes+a+debater+diferencas+com+calma.html
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2755816-EI8141,00-Papa+ensino+religioso+deve+ser+acessivel+a+todos.html
Qual será o balanço final dessa viagem do Papa? Conforme muitos imaginavam ou será uma repetição de eventos anteriores?
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