por Cleiton Heredia
Se tanto um ateu quanto um agnóstico não dão crédito a qualquer tipo de revelação divina, não acreditam plenamente que Deus exista e valorizam a razão como o mais importante fator na busca pela verdade, por que será então que os crentes em deus ou deuses (teístas, deístas, panteístas, pandeístas) são complacentes com os agnósticos e extremamente preconceituosos contra os ateus?
Se perguntarmos para um ateu: “Você acredita que deus ou deuses existam?” Ele responderá: “Não!” Se continuarmos e perguntarmos: “Por quê?” Ele provavelmente dirá: “Não encontrei até o momento evidências satisfatórias para assim fazê-lo.”
Agora, se fizermos as mesmas perguntas para um agnóstico, ele dirá primeiramente: “Não posso afirmar que sim, mas também não posso afirmar que não.” Na sequência, em resposta ao “Por quê?”, ele provavelmente dirá: “Não encontrei até o momento evidências satisfatórias para assim fazê-lo.”
Pelo que entendo do ateísmo e do agnosticismo, o motivo de ambos os grupos não crerem que deus ou deuses existam é exatamente o mesmo: Falta de evidências.
Então por que os religiosos tratam os agnósticos de forma menos preconceituosa que os ateus? Será que eles pensam que todo aquele que se declara ateu já fechou a questão sobre este assunto e o agnóstico se mantém aberto para mais evidências? Se for isto, eles estão errados. Qualquer ateu esclarecido sempre se mantém disposto a seguir o rumo que as evidências o conduzirem. Ninguém se transforma em ateu sendo bitolado ou dogmático, muito pelo contrário.
Será então que o preconceito vem dos religiosos considerarem os ateus como criaturas sem deus no coração? Mas se for assim, quem disse para eles que os agnósticos têm mais deus no coração que os ateus? Os agnósticos são tão céticos quanto à crença em deus ou deuses quanto os próprios ateus. Se os religiosos consideram os ateus como seres maus e imorais por não terem deus em suas vidas, porque um agnóstico, que duvida da existência de deus, seria uma pessoa melhor? Em termos práticos, deus está fora da vida do ateu o tanto quanto está na vida do agnóstico?
O grande problema nesta questão se chama IGNORÂNCIA. Para muitos religiosos, o ateu virou sinônimo de filho do capeta, enquanto que o agnóstico, a maioria nem mesmo sabe o que significa (alguns acham a palavra “chique” com um certo ar de intelectualidade).
Em termos práticos de vida religiosa e fé, ateu e agnóstico é tudo a mesma coisa, pois ambos não adoram ao mesmo deus que os crentes adoram, não acreditam no livro sagrado que eles acreditam, não confiam nos profetas que eles tanto valorizam e nem ficam de joelhos rezando com fé esperando um dia herdarem a vida eterna.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
Todo Agnóstico é um Ateu
por Cleiton Heredia
Tradução: "Ateus eu posso aturar - são estes agnósticos insossos que eu não aguento!"
Antes que os Agnósticos "Teístas" protestem contra o título desta postagem, quero dizer que não sou eu que afirmo isto, mas sim a ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos que é uma entidade sem fins lucrativos sediada virtualmente no site www.atea.org.br.
Na sessão que eles mantêm de Perguntas e Respostas, logo no primeiro item (Definições) encontramos o que se segue abaixo (em itálico):
O que é ateísmo?
Existem várias definições para ateísmo. Adotamos a definição mais abrangente, que reflete a etimologia da palavra: ateísmo é qualquer forma de ausência de teísmo - ou seja, ateísmo é a ausência de crença em quaisquer divindades.
O que é agnosticismo?
Também existem várias definições para agnosticismo. A definição que adotamos reflete a etimologia da palavra. O radical gnosis significa conhecimento; assim, agnosticismo é a afirmação de desconhecimento a respeito da veracidade de uma proposição. Em outras palavras, o agnóstico afirma que a questão da existência de divindades ainda não foi decidida, ou não pode ser decidida. A rigor, o agnosticismo pode se referir a qualquer afirmação, mas em geral a palavra se refere a idéias metafísicas, particularmente à existência de deuses.
Todo agnóstico é ateu?
Segundo as definições que adotamos, sim. Todos os ateus, agnósticos ou não, rejeitam o teísmo: os agnósticos porque entendem que a questão não está decidida, e os demais porque entendem que ela já foi decidida contra o teísmo. No entanto, quem se identifica como ateu em geral adota uma forma não agnóstica de ateísmo.
Portanto, do ponto de vista desta conceituada entidade, que adota uma interpretação etimológica das palavras Ateu e Agnóstico, quem se declara Agnóstico deveria entender que neste termo está subentendido uma postura ateísta, que é a ausência de crença em qualquer divindade.
A única diferença entre aquele que se declara abertamente Ateu e aquele se declara Agnóstico está na forma ou intensidade com que abraça o ateísmo. O primeiro é bem mais assertivo, enquanto que o segundo evita esta assertividade, adotando uma postura mais branda e até conciliatória. Porém, tal atitude por parte dos agnósticos é muitas vezes interpretada pelos que se declaram, com plena convicção, teístas ou ateístas, como uma postura dúbia ou, usando um termo mais popular, "em cima do muro".
Eu fico pensando se não seria mais coerente, para aqueles que não querem abrir mão na crença em um Deus Criador, assumir uma postura Deísta ou até Pandeísta:
Deísmo: postura filosófica que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional. (Fonte: Wikipédia)
Pandeísmo: corrente religiosa sincrética (do grego: πάν (pan), "todo" e do latim deus, "deus") proveniente da junção do panteísmo (identidade de Deus com o Universo) com o deísmo (O Deus criador do universo não mais pode ser localizado, senão com base na razão), ou seja, a afirmação concomitante de que Deus precede o Universo, sendo o seu criador e, ao mesmo tempo, sua Totalidade. (Fonte: Wikipédia)
A pergunta que fica é a seguinte: Se o Agnóstico Teísta ou Teísta Agnóstico (é a mesma coisa) assume não ter conhecimento da existência de Deus, então por que continuar insistindo em crer nele?
Perguntando de uma outra maneira: Se uma pessoa não quer abrir mão da crença em um Deus Criador por uma questão meramente pessoal (foro íntimo), por que então não abraçar pela fé o Teísmo de uma vez por todas e esquecer este negócio de agnosticismo?
Teísmo não combina com Agnosticismo.
Antes que os Agnósticos "Teístas" protestem contra o título desta postagem, quero dizer que não sou eu que afirmo isto, mas sim a ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos que é uma entidade sem fins lucrativos sediada virtualmente no site www.atea.org.br.
Na sessão que eles mantêm de Perguntas e Respostas, logo no primeiro item (Definições) encontramos o que se segue abaixo (em itálico):
O que é ateísmo?
Existem várias definições para ateísmo. Adotamos a definição mais abrangente, que reflete a etimologia da palavra: ateísmo é qualquer forma de ausência de teísmo - ou seja, ateísmo é a ausência de crença em quaisquer divindades.
O que é agnosticismo?
Também existem várias definições para agnosticismo. A definição que adotamos reflete a etimologia da palavra. O radical gnosis significa conhecimento; assim, agnosticismo é a afirmação de desconhecimento a respeito da veracidade de uma proposição. Em outras palavras, o agnóstico afirma que a questão da existência de divindades ainda não foi decidida, ou não pode ser decidida. A rigor, o agnosticismo pode se referir a qualquer afirmação, mas em geral a palavra se refere a idéias metafísicas, particularmente à existência de deuses.
Todo agnóstico é ateu?
Segundo as definições que adotamos, sim. Todos os ateus, agnósticos ou não, rejeitam o teísmo: os agnósticos porque entendem que a questão não está decidida, e os demais porque entendem que ela já foi decidida contra o teísmo. No entanto, quem se identifica como ateu em geral adota uma forma não agnóstica de ateísmo.
Portanto, do ponto de vista desta conceituada entidade, que adota uma interpretação etimológica das palavras Ateu e Agnóstico, quem se declara Agnóstico deveria entender que neste termo está subentendido uma postura ateísta, que é a ausência de crença em qualquer divindade.
A única diferença entre aquele que se declara abertamente Ateu e aquele se declara Agnóstico está na forma ou intensidade com que abraça o ateísmo. O primeiro é bem mais assertivo, enquanto que o segundo evita esta assertividade, adotando uma postura mais branda e até conciliatória. Porém, tal atitude por parte dos agnósticos é muitas vezes interpretada pelos que se declaram, com plena convicção, teístas ou ateístas, como uma postura dúbia ou, usando um termo mais popular, "em cima do muro".
Eu fico pensando se não seria mais coerente, para aqueles que não querem abrir mão na crença em um Deus Criador, assumir uma postura Deísta ou até Pandeísta:
Deísmo: postura filosófica que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional. (Fonte: Wikipédia)
Pandeísmo: corrente religiosa sincrética (do grego: πάν (pan), "todo" e do latim deus, "deus") proveniente da junção do panteísmo (identidade de Deus com o Universo) com o deísmo (O Deus criador do universo não mais pode ser localizado, senão com base na razão), ou seja, a afirmação concomitante de que Deus precede o Universo, sendo o seu criador e, ao mesmo tempo, sua Totalidade. (Fonte: Wikipédia)
A pergunta que fica é a seguinte: Se o Agnóstico Teísta ou Teísta Agnóstico (é a mesma coisa) assume não ter conhecimento da existência de Deus, então por que continuar insistindo em crer nele?
Perguntando de uma outra maneira: Se uma pessoa não quer abrir mão da crença em um Deus Criador por uma questão meramente pessoal (foro íntimo), por que então não abraçar pela fé o Teísmo de uma vez por todas e esquecer este negócio de agnosticismo?
Teísmo não combina com Agnosticismo.
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Cleiton Heredia
sábado, 8 de janeiro de 2011
O mundo seria um lugar bem melhor sem religião
por Cleiton Heredia
Recentemente deparei-me com uma interessante postagem escrita por uma jovem de 20 anos cujo título era "Não gosto de religião".
Título intrigante se considerarmos o fato dele ter sido escrito por alguém que nasceu e cresceu em um lar cristão, estudou em um colégio cristão tradicional e frequentou uma igreja cristã de padrões conservadores desde a mais tenra idade.
Ela escreveu:
"Acredito que foi aos dezesseis anos que parei de frequentar a igreja e, desde então, não tenho sentido falta. Isso mesmo: não sinto falta, e ainda ouso dizer que não voltarei a sentir. Pra ser bem sincera, sempre me senti presa naquele meio, nunca levei muito a sério a lavagem cerebral a que era submetida semanalmente. Sim, para mim, aquilo era uma espécie de lavagem cerebral, pura alienação." (Grifos acrescentados)
Palavras fortes. Porém, o que mais me chamou a atenção foi esta declaração:
"Acho que o mundo seria um lugar bem melhor sem religião. Veja bem, não disse fé; disse religião. Não deveria existir denominação religiosa. Acho um absurdo a quantidade de notícias sobre violência relacionada à intolerância religiosa. Outro fator que me chama a atenção é que, geralmente as religiões pregam sobre a igualdade entre os homens, e o que vemos nestes contextos é exclusão, seja por classe social, por etnia e, principalmente, por opção sexual. Na teoria, as religiões deveriam unir o mundo; na prática, acabam dividindo-o ainda mais. Pode soar até meio anarquista (?), mas realmente, acho que o mundo seria bem melhor sem religião." (Grifos acrescentados)
Já faz algum tempo que eu estava tentando escrever um texto para servir de contexto para o vídeo que vocês assistirão logo a seguir. Ao ler esta postagem da Michelle Borges, digo que não precisarei mais escrevê-lo. Ela conseguiu resumir muito bem a essência daquilo que eu gostaria de ter dito: "O mundo seria um lugar bem melhor sem religião".
Michele Borges é estudante de jornalismo, editora do Blog da Michas e filha de um grande amigo que formou-se juntamente comigo no Teológico.
Recentemente deparei-me com uma interessante postagem escrita por uma jovem de 20 anos cujo título era "Não gosto de religião".
Título intrigante se considerarmos o fato dele ter sido escrito por alguém que nasceu e cresceu em um lar cristão, estudou em um colégio cristão tradicional e frequentou uma igreja cristã de padrões conservadores desde a mais tenra idade.
Ela escreveu:
"Acredito que foi aos dezesseis anos que parei de frequentar a igreja e, desde então, não tenho sentido falta. Isso mesmo: não sinto falta, e ainda ouso dizer que não voltarei a sentir. Pra ser bem sincera, sempre me senti presa naquele meio, nunca levei muito a sério a lavagem cerebral a que era submetida semanalmente. Sim, para mim, aquilo era uma espécie de lavagem cerebral, pura alienação." (Grifos acrescentados)
Palavras fortes. Porém, o que mais me chamou a atenção foi esta declaração:
"Acho que o mundo seria um lugar bem melhor sem religião. Veja bem, não disse fé; disse religião. Não deveria existir denominação religiosa. Acho um absurdo a quantidade de notícias sobre violência relacionada à intolerância religiosa. Outro fator que me chama a atenção é que, geralmente as religiões pregam sobre a igualdade entre os homens, e o que vemos nestes contextos é exclusão, seja por classe social, por etnia e, principalmente, por opção sexual. Na teoria, as religiões deveriam unir o mundo; na prática, acabam dividindo-o ainda mais. Pode soar até meio anarquista (?), mas realmente, acho que o mundo seria bem melhor sem religião." (Grifos acrescentados)
Já faz algum tempo que eu estava tentando escrever um texto para servir de contexto para o vídeo que vocês assistirão logo a seguir. Ao ler esta postagem da Michelle Borges, digo que não precisarei mais escrevê-lo. Ela conseguiu resumir muito bem a essência daquilo que eu gostaria de ter dito: "O mundo seria um lugar bem melhor sem religião".
Michele Borges é estudante de jornalismo, editora do Blog da Michas e filha de um grande amigo que formou-se juntamente comigo no Teológico.
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Cleiton Heredia
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Religião,
violência
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Como viver mais e melhor
por Cleiton Heredia
Estamos vivendo em pleno século 21 e muitos são os tratamentos e substâncias que prometem evitar a velhice. Mas será que eles realmente funcionam?
Veja o que diz uma equipe de pesquisadores que resolveu avaliar cientificamente estas propostas de combate à velhice:
"À luz do conhecimento atual, nenhum dos métodos comercializados provou-se capaz de retardar, parar ou reverter o envelhecimento humano. Alguns desses métodos podem inclusive ser perigosos".
Decepcionado? É meu(minha) amigo(a), pelo jeito a fonte da eterna juventude continuará sendo exclusividade dos livros de contos de fadas ou das histórias de ficção científica. Porém, a boa notícia é que o avanço científico atual já nos permite minimizar muitos danos que diminuem a vida útil da máquina humana.
Como? Muito simples! ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL. Nada de fórmulas mágicas, elixires milagrosos ou tratamentos caríssimos.
Mas o envelhecimento de cada um não está relacionado com a nossa carga genética? Sim, mas estudos recentes demonstram que fatores genéticos respondem por apenas 30% da longevidade do indivíduo. Os outros 70% ficam por conta do estilo de vida.
Mas qual é o estilo de vida ideal?
Tenho certeza que você já sabe a resposta a esta pergunta, pois ela é por demais óbvia. Um estilo de vida saudável pode ser resumido em nove atitudes muito simples:
1- ALIMENTE-SE CORRETAMENTE: Este item sozinho pode aumentar ou diminuir a vida de uma pessoa em até cerca de 13 anos. Muito embora a ciência esteja derrubando alguns tabus alimentares, transformando vilões do passado em mocinhos no presente, já se sabe com razoável certeza que uma boa dieta alimentar deve conter frutas, vegetais, grãos integrais, peixe, nozes e poucas porções de carne sem gordura.
2- NÃO FUME: Não preciso nem comentar, né? Hoje qualquer idiota sabe que o cigarro só faz mal.
3- NÃO INGIRA BEBIDAS ALCOÓLICAS: Já sei, já sei. Você, que é chegado numa bebidinha "de vez em quando" vai vir com aquela história de que os cientistas já comprovaram que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração e às artérias. É interessante notar que a maioria das pessoas que repetem isto são consumidores habituais de bebidas alcoólicas que raramente ficam apenas em uma taça quando bebem. Se uma taça equivale a cerca de 150 ml, então são SÓ 150 ml de vinho por dia e não venha com aquele cálculo compensatório achando que poderá tomar o dobro hoje só porque não bebeu ontem. O que estas pessoas esquecem que aquilo que pode estar beneficiando o coração e as artérias pode estar prejudicando o fígado. Meu(minha) amigo(a), tome suco de uva tinto puro que o benefício será o mesmo (se não acredita, leia aqui).
4- CONTROLE SEU PESO: Não estou falando para você se transformar em uma modelo anoréxica, pois pesquisas demonstram que não são apenas as pessoas muito gordas que vivem menos; as muito magras também! Descubra qual é a faixa de peso ideal para a sua altura e aprenda a se manter dentro dela.
5- EXERCITE O CORPO: Não precisa virar um atleta de alta performance, mas basta caminhar uma hora por dia durante sua vida para abreviar a morte por cerca de dois anos. Porém, exercício diário não é somente para se viver mais, mas para se viver com uma melhor qualidade de vida.
6- EXERCITE A MENTE: Estudar línguas estrangeiras é um ótimo exercício para o cérebro, pois cria novas conexões entre os neurônios. Caso queira conhecer mais dicas de como manter seus neurônios saudáveis, clique aqui.
7- TENHA MUITOS AMIGOS: Pessoas bem relacionadas socialmente têm menos problemas psicológicos e envelhecem de forma muito mais saudável.
8- DÊ MUITA RISADA: Risadas exercitam o coração, reduzem os níveis dos hormônios do estresse, aumentam a imunidade e limpam os pulmões. Pessoas bem humoradas e otimistas vivem mais que os mal humorados e pessimistas.
9- TENHA AUTONÔMIA E INDEPENDÊNCIA: Isto significa apenas que você deve aprender a cuidar de si mesmo. Tenha iniciativa de fazer por si mesmo as coisas que devem ser feitas e não fique esperando pelos outros ou, o que é pior, culpando os demais por não conseguir transformar a sua vida.
Seguindo estas simples e eficientes regrinhas de um viver saudável, a inevitável velhice não será um problema a temer em sua vida.
Estamos vivendo em pleno século 21 e muitos são os tratamentos e substâncias que prometem evitar a velhice. Mas será que eles realmente funcionam?
Veja o que diz uma equipe de pesquisadores que resolveu avaliar cientificamente estas propostas de combate à velhice:
"À luz do conhecimento atual, nenhum dos métodos comercializados provou-se capaz de retardar, parar ou reverter o envelhecimento humano. Alguns desses métodos podem inclusive ser perigosos".
Decepcionado? É meu(minha) amigo(a), pelo jeito a fonte da eterna juventude continuará sendo exclusividade dos livros de contos de fadas ou das histórias de ficção científica. Porém, a boa notícia é que o avanço científico atual já nos permite minimizar muitos danos que diminuem a vida útil da máquina humana.
Como? Muito simples! ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL. Nada de fórmulas mágicas, elixires milagrosos ou tratamentos caríssimos.
Mas o envelhecimento de cada um não está relacionado com a nossa carga genética? Sim, mas estudos recentes demonstram que fatores genéticos respondem por apenas 30% da longevidade do indivíduo. Os outros 70% ficam por conta do estilo de vida.
Mas qual é o estilo de vida ideal?
Tenho certeza que você já sabe a resposta a esta pergunta, pois ela é por demais óbvia. Um estilo de vida saudável pode ser resumido em nove atitudes muito simples:
1- ALIMENTE-SE CORRETAMENTE: Este item sozinho pode aumentar ou diminuir a vida de uma pessoa em até cerca de 13 anos. Muito embora a ciência esteja derrubando alguns tabus alimentares, transformando vilões do passado em mocinhos no presente, já se sabe com razoável certeza que uma boa dieta alimentar deve conter frutas, vegetais, grãos integrais, peixe, nozes e poucas porções de carne sem gordura.
2- NÃO FUME: Não preciso nem comentar, né? Hoje qualquer idiota sabe que o cigarro só faz mal.
3- NÃO INGIRA BEBIDAS ALCOÓLICAS: Já sei, já sei. Você, que é chegado numa bebidinha "de vez em quando" vai vir com aquela história de que os cientistas já comprovaram que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração e às artérias. É interessante notar que a maioria das pessoas que repetem isto são consumidores habituais de bebidas alcoólicas que raramente ficam apenas em uma taça quando bebem. Se uma taça equivale a cerca de 150 ml, então são SÓ 150 ml de vinho por dia e não venha com aquele cálculo compensatório achando que poderá tomar o dobro hoje só porque não bebeu ontem. O que estas pessoas esquecem que aquilo que pode estar beneficiando o coração e as artérias pode estar prejudicando o fígado. Meu(minha) amigo(a), tome suco de uva tinto puro que o benefício será o mesmo (se não acredita, leia aqui).
4- CONTROLE SEU PESO: Não estou falando para você se transformar em uma modelo anoréxica, pois pesquisas demonstram que não são apenas as pessoas muito gordas que vivem menos; as muito magras também! Descubra qual é a faixa de peso ideal para a sua altura e aprenda a se manter dentro dela.
5- EXERCITE O CORPO: Não precisa virar um atleta de alta performance, mas basta caminhar uma hora por dia durante sua vida para abreviar a morte por cerca de dois anos. Porém, exercício diário não é somente para se viver mais, mas para se viver com uma melhor qualidade de vida.
6- EXERCITE A MENTE: Estudar línguas estrangeiras é um ótimo exercício para o cérebro, pois cria novas conexões entre os neurônios. Caso queira conhecer mais dicas de como manter seus neurônios saudáveis, clique aqui.
7- TENHA MUITOS AMIGOS: Pessoas bem relacionadas socialmente têm menos problemas psicológicos e envelhecem de forma muito mais saudável.
8- DÊ MUITA RISADA: Risadas exercitam o coração, reduzem os níveis dos hormônios do estresse, aumentam a imunidade e limpam os pulmões. Pessoas bem humoradas e otimistas vivem mais que os mal humorados e pessimistas.
9- TENHA AUTONÔMIA E INDEPENDÊNCIA: Isto significa apenas que você deve aprender a cuidar de si mesmo. Tenha iniciativa de fazer por si mesmo as coisas que devem ser feitas e não fique esperando pelos outros ou, o que é pior, culpando os demais por não conseguir transformar a sua vida.
Seguindo estas simples e eficientes regrinhas de um viver saudável, a inevitável velhice não será um problema a temer em sua vida.
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Saúde
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Por que envelhecemos?
por Cleiton Heredia
O ciclo de 2010 se completou e mais um ano se inicia nos dizendo, entre tantas coisas, que estamos ficando mais velhos. Podemos não notar, mas caso nossa vida fosse condensada em 60 minutos, veríamos isto:
É aqui neste ponto que muitos irão parar a leitura desta postagem, pois não querem de forma alguma ser lembrados deste fato inevitável do ciclo da vida. Porém, para aqueles que continuaram lendo, quer seja por mera curiosidade ou porque sabem que fugir do problema não é a melhor forma de encará-lo, quero partilhar algumas informações interessantes.
A maioria das pessoas acredita que o envelhecimento é simplesmente um processo programado que sucede o desenvolvimento embrionário e o crescimento, ou seja, é algo que acontece inevitavelmente pela simples passagem do tempo.
A ciência tem constatado que a longevidade dos seres vivos está diretamente relacionada com o número de vezes que a célula de cada espécie é capaz de se dividir. Por exemplo, as células do camundongo dividem-se 15 vezes e este animal vive em média três anos, já as células das tartarugas das ilhas Galápagos dividem-se 110 vezes e elas vivem cerca de 175 anos.
Os cientistas já sabem que o número de divisões celulares é determinado pelo tamanho dos telômeros (um novelo de DNA localizado na extremidade dos cromossomos). A cada divisão, os cromossomos perdem parte do telômero, até que chegar o momento em que ficam tão pequenos que a célula pára de se dividir e morre. Em outras palavras, o envelhecimento é predominantemente um problema de divisão da célula (Dr.Richard Lerner do instituto de pesquisa The Scripps - La Jolla, Califórnia).
Por outro lado, alguns outros cientistas, como o Dr.Jay Olshansky, estão mais propensos a entender o envelhecimento como um processo aleatório causado por danos que vão se acumulando no organismo, apesar de ainda existir algumas complicações neste tipo de entendimento.
Para eles, não existe uma programação genética que nos conduza forçosamente ao envelhecimento. Muito pelo contrário, existem sim genes programados para combatem o envelhecimento. Eles são os responsáveis por reparar os danos causados às células e evitar ameaças. Porém, com o passar do tempo (após a idade reprodutiva) o trabalho para eles aumenta de tal forma que vão perdendo sua eficiência, chegando num ponto em que não conseguem mais dar conta do recado. Ou seja, de acordo com esta teoria, os genes influenciam no envelhecimento, mas apenas de forma indireta.
Mas o que causa e aumenta o dano às células, complicando cada vez mais o trabalho dos genes protetores?
Os cientistas estão em busca desta resposta. O que se sabe atualmente é que os radicais livres (moléculas altamente reativas produzidas aos bilhões dentro da célula como resíduo tóxico da transformação da glicose em energia) são uma ameaça para a célula porque reagem com qualquer molécula que encontram, modificando-a (elas deformam o DNA, as enzimas e as proteínas que são vitais para o nosso corpo funcionar corretamente).
Em face disto, o que podemos fazer para viver mais?
Amanhã falaremos disto.
O ciclo de 2010 se completou e mais um ano se inicia nos dizendo, entre tantas coisas, que estamos ficando mais velhos. Podemos não notar, mas caso nossa vida fosse condensada em 60 minutos, veríamos isto:
É aqui neste ponto que muitos irão parar a leitura desta postagem, pois não querem de forma alguma ser lembrados deste fato inevitável do ciclo da vida. Porém, para aqueles que continuaram lendo, quer seja por mera curiosidade ou porque sabem que fugir do problema não é a melhor forma de encará-lo, quero partilhar algumas informações interessantes.
A maioria das pessoas acredita que o envelhecimento é simplesmente um processo programado que sucede o desenvolvimento embrionário e o crescimento, ou seja, é algo que acontece inevitavelmente pela simples passagem do tempo.
A ciência tem constatado que a longevidade dos seres vivos está diretamente relacionada com o número de vezes que a célula de cada espécie é capaz de se dividir. Por exemplo, as células do camundongo dividem-se 15 vezes e este animal vive em média três anos, já as células das tartarugas das ilhas Galápagos dividem-se 110 vezes e elas vivem cerca de 175 anos.
Os cientistas já sabem que o número de divisões celulares é determinado pelo tamanho dos telômeros (um novelo de DNA localizado na extremidade dos cromossomos). A cada divisão, os cromossomos perdem parte do telômero, até que chegar o momento em que ficam tão pequenos que a célula pára de se dividir e morre. Em outras palavras, o envelhecimento é predominantemente um problema de divisão da célula (Dr.Richard Lerner do instituto de pesquisa The Scripps - La Jolla, Califórnia).
Por outro lado, alguns outros cientistas, como o Dr.Jay Olshansky, estão mais propensos a entender o envelhecimento como um processo aleatório causado por danos que vão se acumulando no organismo, apesar de ainda existir algumas complicações neste tipo de entendimento.
Para eles, não existe uma programação genética que nos conduza forçosamente ao envelhecimento. Muito pelo contrário, existem sim genes programados para combatem o envelhecimento. Eles são os responsáveis por reparar os danos causados às células e evitar ameaças. Porém, com o passar do tempo (após a idade reprodutiva) o trabalho para eles aumenta de tal forma que vão perdendo sua eficiência, chegando num ponto em que não conseguem mais dar conta do recado. Ou seja, de acordo com esta teoria, os genes influenciam no envelhecimento, mas apenas de forma indireta.
Mas o que causa e aumenta o dano às células, complicando cada vez mais o trabalho dos genes protetores?
Os cientistas estão em busca desta resposta. O que se sabe atualmente é que os radicais livres (moléculas altamente reativas produzidas aos bilhões dentro da célula como resíduo tóxico da transformação da glicose em energia) são uma ameaça para a célula porque reagem com qualquer molécula que encontram, modificando-a (elas deformam o DNA, as enzimas e as proteínas que são vitais para o nosso corpo funcionar corretamente).
Em face disto, o que podemos fazer para viver mais?
Amanhã falaremos disto.
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Cleiton Heredia
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Presente e Futuro
por Cleiton Heredia
Muitas pessoas se gabam de viver o presente sem se preocuparem muito com o futuro. Porém, estas mesmas não param para pensar que o presente do amanhã é o futuro de hoje. Desta forma, não percebem que ao viverem o presente, nada mais fazem que vivenciar aquilo que para eles ontem era chamado de futuro.
Escrevo isto como uma forma de criticar a atitude imediatista que vemos na vida de muitos jovens hoje em dia.
Eles querem se divertir hoje! Querem curtir ao máximo o seu momento presente! Porém, o fazem de tal maneira inconseqüente que muitas vezes acabam inviabilizando o presente do amanhã, ou seja, o futuro que dizem não estarem preocupados.
Para eles, encher a cara em uma balada até o dia amanhecer, consumir psicotrópicos e abusar do seu corpo em situações de potencial risco, é viver intensamente o presente. Mas estes momentos não são eternos. Eles não possuem o poder de parar o tempo e transformar o volátil presente em um eterno presente. Eles não querem pensar no amanhã que acabará se transformando inevitavelmente no seu presente. E o pior, um presente onde terão que arcar com todas as conseqüências das suas escolhas tomadas no presente de ontem.
Não adianta tentar esquecer o futuro, pois ninguém poderá fugir dele. Ele fatalmente chegará para todos aqueles que continuarem vivos. Somente um ser imortal é capaz de viver um eterno presente aonde o amanhã nunca chega. Os jovens se julgam imortais, mas não o são! Aqueles que não acreditaram nisto tiveram que verificar na sua própria pele a veracidade de sua mortalidade. É uma pena que este tipo de aprendizagem não faça mais a menor diferença em sua vida, pois esta já não mais existe.
Faço um apelo para estes jovens que se iludem com a proposta fantasiosa de viver apenas o presente sem pensar no amanhã:
O presente de hoje inevitavelmente será seguido de um presente amanhã, portanto aprenda a viver intensamente o seu presente sem permitir que esta intensidade o inviabilize de viver intensamente seus demais presentes para o resto da sua vida.
Isto sim é saber viver o presente!
Muitas pessoas se gabam de viver o presente sem se preocuparem muito com o futuro. Porém, estas mesmas não param para pensar que o presente do amanhã é o futuro de hoje. Desta forma, não percebem que ao viverem o presente, nada mais fazem que vivenciar aquilo que para eles ontem era chamado de futuro.
Escrevo isto como uma forma de criticar a atitude imediatista que vemos na vida de muitos jovens hoje em dia.
Eles querem se divertir hoje! Querem curtir ao máximo o seu momento presente! Porém, o fazem de tal maneira inconseqüente que muitas vezes acabam inviabilizando o presente do amanhã, ou seja, o futuro que dizem não estarem preocupados.
Para eles, encher a cara em uma balada até o dia amanhecer, consumir psicotrópicos e abusar do seu corpo em situações de potencial risco, é viver intensamente o presente. Mas estes momentos não são eternos. Eles não possuem o poder de parar o tempo e transformar o volátil presente em um eterno presente. Eles não querem pensar no amanhã que acabará se transformando inevitavelmente no seu presente. E o pior, um presente onde terão que arcar com todas as conseqüências das suas escolhas tomadas no presente de ontem.
Não adianta tentar esquecer o futuro, pois ninguém poderá fugir dele. Ele fatalmente chegará para todos aqueles que continuarem vivos. Somente um ser imortal é capaz de viver um eterno presente aonde o amanhã nunca chega. Os jovens se julgam imortais, mas não o são! Aqueles que não acreditaram nisto tiveram que verificar na sua própria pele a veracidade de sua mortalidade. É uma pena que este tipo de aprendizagem não faça mais a menor diferença em sua vida, pois esta já não mais existe.
Faço um apelo para estes jovens que se iludem com a proposta fantasiosa de viver apenas o presente sem pensar no amanhã:
O presente de hoje inevitavelmente será seguido de um presente amanhã, portanto aprenda a viver intensamente o seu presente sem permitir que esta intensidade o inviabilize de viver intensamente seus demais presentes para o resto da sua vida.
Isto sim é saber viver o presente!
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Cleiton Heredia
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sábado, 1 de janeiro de 2011
Minha primeira postagem em 2011
Se você acha que a festa de recepção ao ano de 2011 em Copacabana foi incrível...
... espere para ver a de 2012!
Acho que todos conhecem aquela frase jocosa que diz:
"Para que levar a vida tão a sério se não sairemos vivos dela?"
Bem, é claro que esta é uma frase humorística e deveria ser entendida como tal, porém me espanto ao ver como tem babaca que a toma como uma profunda filosofia de vida a ser seguida.
Para início de conversa, o objetivo de levar a vida a sério não é sair vivo dela, mas apenas não sair dela cedo demais.
Outra coisa, levar a vida a sério não significa ser um chato de galochas. Encarar a vida com bom humor é fundamental para uma boa saúde física e mental. Somente os sábios sabem rir dos próprios erros sem perder a chance de aprender com eles.
Em 2011 encare a vida com a seriedade e o bom humor que ela merece.
... espere para ver a de 2012!
Acho que todos conhecem aquela frase jocosa que diz:
"Para que levar a vida tão a sério se não sairemos vivos dela?"
Bem, é claro que esta é uma frase humorística e deveria ser entendida como tal, porém me espanto ao ver como tem babaca que a toma como uma profunda filosofia de vida a ser seguida.
Para início de conversa, o objetivo de levar a vida a sério não é sair vivo dela, mas apenas não sair dela cedo demais.
Outra coisa, levar a vida a sério não significa ser um chato de galochas. Encarar a vida com bom humor é fundamental para uma boa saúde física e mental. Somente os sábios sabem rir dos próprios erros sem perder a chance de aprender com eles.
Em 2011 encare a vida com a seriedade e o bom humor que ela merece.
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Cleiton Heredia
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