quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eu acredito em fantasmas porque já vi um!

por Cleiton Heredia


Sabe quando alguém chega para você e argumenta: "Eu creio em espíritos porque eu já os vi com os meus próprios olhos?" Isto é algo que impressiona, não é mesmo? E mais ainda quando na sequência começa a lhe relatar com detalhes a experiência vivida por ele.

Muitos entendem que este tipo de testemunho é algo tão forte que poderia ser classificado como irrefutável. Será?

Sei o que você deve estar pensando: "As pessoas podem mentir ou podem ser enganadas a ver algo que não existe". Mas vamos imaginar uma situação onde podemos descartar com certeza absoluta não se tratar de uma mentira e nem de uma fraude. Ou ainda melhor, vamos imaginar que você mesmo os tenha visto. E agora? Fica difícil não acreditar, não é mesmo?

Bem, as coisas não são assim tão simples como aparentam ser. Assista a este vídeo e entenda o que pode estar por trás de grande parte das supostas aparições de espíritos, fantasmas, almas penadas, assombrações e coisas do gênero.



Agora entenda uma coisa, se você é uma destas pessoas que afirmam ter visto algo sobrenatural e inexplicável, eu não estou afirmando que você é um esquizofrênico ou tenha qualquer outro problema psicológico que necessite de tratamento. Eu não estou afirmando isto! Mas, se por acaso as tais aparições sobrenaturais que você presenciou só foram vistas por você, e mais ninguém, e também se elas não podem ser repetidas em um ambiente cientificamente controlado, bem... neste caso eu lhe aconselho a buscar ajuda médica.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Uns sofrem pela fé que professam, outros pela ausência dela

por Cleiton Heredia



Quando eu frequentava uma determinada igreja cristã protestante, constantemente ouvia testemunhos e histórias de recém-convertidos que foram abandonados por suas famílias e repudiados por seus amigos em razão da nova fé que passavam a professar.

As histórias que vinham de países como China, Oriente Médio e de algumas tribos africanas eram as que mais me impressionavam, pois falava de pessoas sendo perseguidas, maltratadas e até mortas somente por terem escolhido viver em harmonia com aquilo que a sua própria consciência aprovava.

Seus algozes eram muitas vezes seus próprios avós, pais, irmãos e parentes mais chegados. Eu pensava comigo: "Quanta coragem! Sofrer, mas não abrir mão daquilo que acha ser a decisão mais correta a ser tomada".

Lembro-me até hoje da história de uma menina de apenas 14 anos de idade que todos os sábados tinha que fugir de casa para ir até a igreja da nova fé que ela abraçara, mas sempre quando retornava para casa era espancada violentamente por seus pais. Eu pensava comigo: "Será que se eu estivesse no lugar desta menina, a minha fé suportaria tamanha provação?".

Eu queria ter aquele tipo de fé! Eu orava para que Deus me desse uma fé daquela qualidade. Sofrer, morrer se preciso for, mas nunca renunciar a aquilo que a minha consciência aprova como sendo "a verdade".

Bem, eu acho que as minhas orações foram de certa forma atendidas.

Depois de mais de 40 anos sendo um fiel seguidor de Jesus Cristo, resolvi criar coragem e sair em busca de respostas para várias perguntas que me condicionaram nunca fazer. Foi um caminho muito doloroso e difícil de ser percorrido, pois fui obrigado a ver todos os meus castelos de segurança serem destruídos, um após o outro. Precisei também atravessar certas pontes sabendo que elas ruiriam após eu atravessá-las impedindo o meu regresso. O lema que me impulsionava nesta jornada era um só: "A verdade não teme a investigação".

Cerca de dez anos após ter iniciado este processo, aqui estou eu, um agnóstico!

Alguns me perguntam, mas por que um agnóstico? A resposta é uma só: "Porque, até o momento, é a única postura que me permite continuar sendo honesto com a minha própria consciência".

Assim como as pessoas daquelas histórias que eu antes ouvia, que sofreram pela decisão de ter abraçado a verdade que a consciência delas aprovava, eu também fui obrigado a sofrer as consequências das minhas próprias escolhas pessoais. Fui abandonado pela família e rejeitado pelos muitos amigos que tinha.

Quando alguns ainda perguntam se eu me arrependo de ter tornado pública a minha novas convicções, eu penso naqueles homens e mulheres que não tiveram medo de abraçar e viver em conformidade com a verdade que descobriram para si mesmos, e então respondo: "Arrependido eu estaria se estivesse escolhido o caminho mais fácil em detrimento a aquilo que hoje eu entendo como verdade".

E você que lê estas linhas, não peço que me julgue com base no seu conjunto pessoal de verdades que sempre irão te dizer que eu estou errado e você certo. A questão aqui não é descobrir quem tem a verdade única e absoluta, mas apenas pedir um pouco de compreensão, pois se você tem coragem de viver em harmonia com a sua consciência e em conformidade com o seu próprio conjunto de verdades, eu também!

sábado, 2 de junho de 2012

Um ateu também faz uso da "fé"?

por Cleiton Heredia

Dando continuidade à postagem anterior, esta 2ª parte da entrevista, que foi ao ar no dia seguinte (31/05/12), é ainda mais interessante, pois toca em um ponto bem delicado, a saber, a humildade que os ateus precisam ter para reconhecer que eles também precisam em algum momento se valer da "fé", no sentido de acreditar em algo que não pode ainda ser provado de forma cabal e incontestável.

Outra coisa interessante é a resposta do ateísmo para aquilo que os religiosos entendem como uma dimensão transcendental existente em todo ser humano que o leva a procurar na espiritualidade um sentido maior para a sua existência: a maldição da consciência que gera a angústia existencial.




Não foi minha intenção colocar o prof. Wagner Chagas como um porta voz do ateísmo, mesmo porque isto seria impossível uma vez que existem várias ramificações dentro ateísmo, mas acredito que suas respostas nos dão uma boa noção de como pensam os ateus que se posicionam dentro do "ateísmo cético".

Gostei especialmente da parte final desta 2ª entrevista onde é explicado o porque um ateu se preocupa em fazer o bem mesmo sem a perspectiva de uma recompensa ou castigo futuro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O que leva uma pessoa a se tornar um ateu?

por Cleiton Heredia

A pergunta do título desta postagem e outras mais como:

Como os ateus vêem a Bíblia dos cristãos?
Os ateus desconsideram por completo o fator social das religiões?
Como os ateus vêem os cristãos?

Serão respondidas pelo prof. Wagner Caldas nesta 1ª parte de uma entrevista dada ao programa "9 Minutos" no dia 30/05/12:




CONTINUA...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

"Nós somos pagãos!"

por Cleiton Heredia



Sábado, dia 28 de abril por volta das 19:30h, na frente do Mosteiro de São Bento no centro da cidade São Paulo, um grupo de jovens formava uma pequena roda e discretamente conversavam entre si quando se aproxima um destes moradores de rua com uma garrafa em mãos contendo um líquido amarelado dentro. Ele se junta ao grupo e diz:

- Boa noite senhores, eu posso interromper um pouco? - sem esperar qualquer sinal de permissão ele continua - Estou há quatro dias sem comer e as pessoas nem param para me ouvir quando tento pedir-lhes qualquer tipo de ajuda. Estou muito fraco e minha situação é muito humilhante. Vocês não poderiam me ajudar com qualquer quantia para eu poder comprar algo para comer?

Apesar do forte cheiro de álcool facilmente notado em seu hálito enquanto falava, algumas pessoas do grupo levaram suas mãos ao bolso e de lá tiraram alguma quantia para ofertar ao pedinte. Não quero entrar no mérito da questão se o certo não seria dar-lhe dinheiro, devido à grande probabilidade do mesmo ser revertido em mais "cachaça", mas sim comprar-lhe um alimento. Não! Embora relevante, não é este o ponto agora! Quero apenas contar como esta história terminou.

O morador de rua pegou o dinheiro e agradeceu enfaticamente:

- Muito obrigado meus amigos! Só mesmo vocês, um grupo de jovens cristãos que tem Deus no coração, para me ouvir e me ajudar. A maioria das pessoas não quer nem parar para me ouvir, mas vocês são diferentes. Nota-se que são pessoas cristãs que amam a Deus. Muito obrigado! Que Deus continue com vocês e lhes dê em dobro todo o bem que fazem...

Um dos membros do grupo se vira para aquele homem, que não parava de agradecer, e educadamente o interrompe dizendo:

- Meu amigo, tudo bem! Vá agora se alimentar porque você está precisando. Mas só um detalhe: Nós não somos cristãos. Somos pagãos!


Religião não define caráter.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Prá Você - "Luciane"

por Cleiton Heredia



"O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia." - Honoré de Balzac

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Deus prefere ateus amáveis a cristãos desagradáveis

por Cleiton Heredia


Calma meu amigo cristão! Esta não é mais uma daquelas frases elaboradas por ateus com intuito de provocar a sua santa indignação. Ela foi elaborada pelo Pastor cristão Tom Tate da Igreja Metodista Unida de Rose City Park em Portland, Oregon nos Estados Unidos.

Seu objetivo ao estampar esta frase no letreiro principal da sua igreja foi apelar para a necessidade dos cristãos serem mais simpáticos e amorosos com as pessoas ao seu redor. Porém, acho que nem ele poderia imaginar a repercussão que isso causaria nas mídias sociais do país, levantando críticas e elogios de todos os tipos.

Por exemplo, um jovem cristão Mórmon escreveu um e-mail para a igreja dizendo: "Muito obrigado. Isso me fez repensar a forma como eu trato as pessoas". Por outro lado, um ateu também se manifestou dizendo: "Se houvesse mais igrejas como a sua, provavelmente reconsideraríamos muitas coisas".

O Pastor Tate, cuja igreja conta atualmente com 385 membros, também afirmou que esta é uma estratégia de "hospitalidade radical" para com aqueles que se sentem alienados pelos sistemas de fé.

Com certeza se perto de minha casa houvesse alguma igreja cristã com pessoas com este tipo de mentalidade aberta, eu seguramente lhes faria uma visita para conhecê-los melhor.